quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Jovens com Haddad defendem nas ruas uma São Paulo para todos


A conquista dos espaços públicos em nome de um projeto que reconcilie São Paulo com a sua população e que coloque a maior capital do país nos rumos do desenvolvimento dos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff. Esse é um dos compromissos dos Estudantes com Haddad Prefeito 13 — grupo composto por membros da juventude do PT e universitários de diversas regiões da cidade.

Por Mariana Viel, da redação do Portal


Em entrevista à Rádio Vermelho os estudantes de Direito Frederico Haddad — filho do candidato à Prefeitura da capital, Fernando Haddad — e Marco Aurélio Purini Belém contaram um pouco da vivência de mobilização que eles vivenciaram durante o vitorioso 1º turno das eleições paulistanas e dos planos do grupo para a nova etapa da campanha.

Frederico afirmou que o número de pessoas engajadas nas propostas de governo da coligação Para Mudar e Renovar São Paulo (PT, PCdoB, PSB e PP)— que propõe significativas mudanças para a capital — tem crescido significativamente. 

“Um dos grandes fomentadores desse movimento é o plano de governo, que foi discutido com muitas pessoas e com muito diálogo. Não apenas entre os partidos coligados, mas também da sociedade civil e dos movimentos sociais”.

Baseados em suas próprias experiências e dificuldades, eles criticam com veemência a falta de expectativas e alternativas de lazer, cultura e educação que as gestões Serra-Kassab impuseram à juventude paulistana. 

“Foi uma restrição ao diálogo. Para dar um exemplo desta política proibicionista temos a questão dos artistas de rua, a Praça Roosevelt que foi pensada pelo movimento do pessoal do skate e hoje eles não podem usar, a falta de pontos culturais. Na verdade o que vimos nesses oito anos foi um retrocesso. Mais do que a ausência de políticas públicas é uma política que proibiu e excluiu a juventude do diálogo e da ocupação da cidade”. 

Frederico disse ainda que ao longo de todo o 1º turno ficou claro que as pessoas estavam dispostas e discutir política e houve um rompimento forte com a ideia de que o jovem não está interessado no seu futuro e no futuro da cidade na qual ele vive. 

Marco Aurélio ressaltou que o jovem está cansado, na verdade, da política que não pensa neles e não os inclui no movimento de transformação social. “Nesse sentido, quando apresentamos uma proposta inovadora as pessoas se envolvem, discutem, querem participar e é por isso que a mobilização hoje é grande”. 

Eles também apresentaram a proposta de mobilização dessa reta final das eleições e convidaram as pessoas que se interessam a participar de atividades a integrarem a fan page Estudante com Haddad Prefeito 13. 


Fonte: Vermelho

Dia 10 de Outubro: Dia Internacional da Saúde Mental

Diante dos transtornos sofridos por nossos pacientes psiquiátricos, principalmente esquizofrênicos, nos sanatórios e outros hospitais psiquiátricos o país organizou um relatório chamado Reforma Psiquiátrica na Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental (15 anos depois de Caracas), em 2005, para determinar os rumos da política de Saúde Mental em nosso país.

Vale lembrar que o termo "loucos" ou irracionais nasceram diante de uma época de crescimento das ciências no Iluminismo (Era da Razão), antes eram chamados de endemoniados na Idade Medieval. Atualmente louco é aquele que pensa diferente do padrão criado no Sistema Capitalista, sendo usado o dinheiro como modelo de definição de loucura (o louco é aquele que "rasga" dinheiro).

O paciente psiquiátrico representa um número maior de enfermos no mundo (a cada 100 pessoas no mundo, 01 é esquizofrênico), talvez seja a base de formação do modelo Capitalista (produção em massa e isolamento social). Diante das minhas várias "loucuras" expresso àquela, convidando a todos vocês a lutarem por uma sociedade mais justa e igualitária, principalmente pelos "insanos mentais", um dos excluídos na sociedade e determinar os rumos dessa nação.

William Silva Vieira

China chama atenção para a saúde mental dos idosos


O dia 10 de outubro marca o 21º Dia Mundial da Saúde Mental. A China possui 178 milhões de idosos com mais de 60 anos de idade e um grande número destes sofre de depressões nervosas ou da doença de Alzheimer. A saúde mental dos idosos chineses não se encontra num trajeto de evolução otimista.


O senhor Li vive na cidade de Tianjin, no leste da China, e é um doente de Alzheimer.

"Como se chama e onde mora?"

"Não me lembro."

Hoje em dia, a população idosa ocupa 13% da população total da China e o país já entrou numa fase que pode ser classificada como sociedade em envelhecimento. 

O Dia mundial da Saúde Mental debruçou-se sobre o tema "Pessoas que sofrem de doenças mentais e estão acompanhadas gozam de uma velhice feliz", visando chamar a atenção da sociedade para as questões ligadas à saúde mental na velhice. 

O Dia Mundial da Saúde Mental foi instituído no ano de 1992 e foi promovido pela Associação Mundial de Doenças Mentais. Todos os anos, países de todas as regiões do mundo realizam atividades para pedir cuidados de saúde para a saúde mental.

O Ministério da Saúde da China, por seu lado, lançou hoje um relatório sobre a situação da saúde mental dos idosos no país. A vice-diretora do departamento de prevenção e controle de doenças, Kong Lingzhi explicou:

"Segundo uma pesquisa efetuada em algumas regiões, a percentagem de idosos com mais de 60 anos que sofre de Alzheimer pode chegar aos 4,2%. E apenas em Beiijing, a taxa de depressão nervosa que afeta pessoas com mais de 65 anos estima-se que esteja em cerca de 4,4%. "

De acordo com um estudo internacional, devido ao declínio da função física e a fatores ambientais, os idosos tornam-se mais suscetíveis de sofrer de doenças mentais. Entre o grupo de idosos chineses com mais de 65 anos de idade, 26% estão sofrendo doenças mentais.

Embora não sejam calros os fatores que influenciam o desenvolvimento desse tipo de doenças, situações como aposentadoria, doenças físicas, mudanças no casamento e relações com filhos podem atuar como gatilho para as doenças mentais. 

Prevê-se que a população idosa da China atinja as 400 milhões de pessoas até 2050, um terço da população total. Neste cenário, o país enfrentará mais desafios nessa área. Quanto aos problemas, Kong Lingzhi confessou:

"Em primeiro lugar, destaca-se a falta de recursos. Na China, cada dez mil pessoas compartilham em média 1,58 cama no departamento psiquiátrico nos hospitais. A nível mundial esse número se situa nas 4,36 camas. Segundo, faltam especialistas em psiquiatria, situação que não permite atender às necessidades fundamentais do país. Além do mais, a garantia médica do país ainda precisa de ser reforçada."

Nos últimos três anos, o governo investiu 15,4 bilhões de yuans na melhoria das instituições de saúde mental e na aquisição de equipamentos relacionados, além de 6 milhões de yuans em formação de especialistas. 

No futuro, os departamentos da saúde planejam incluir a inspeção de Alzheimer no exame físico normal a idosos. 

Fonte: Rádio Internacional da China

Cine Olinda recebe retoques finais


A Prefeitura de Olinda e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançaram na última sexta-feira (5) o edital de licitação da fase final da obra de recuperação e requalificação do Cine Olinda.


  
Essa etapa vai concluir os serviços de climatização, acústica, equipamentos e mobiliário do espaço. Dos R$ 2.173,913,04 que serão investidos nessa etapa, R$ 2 milhões são oriundos de emendas parlamentares dos deputados federais Luciana Santos (PCdoB), R$ 1,5 milhão, e João Paulo (PT), R$ 500 mil.

Localizado na entrada do Sítio Histórico de Olinda, em frente à Praça do Carmo, o Cine Olinda foi um dos mais movimentados cinemas do estado entre as décadas de 1930 e 1960. Em 2002, quando Luciana era prefeita de Olinda, o cinema passou por uma reforma para a recuperação do piso e do telhado do prédio. O investimento que chegou a R$850 mil. 

O novo Cine Olinda vai trazer uma nova vida para o Sítio Histórico e resgatar a cultura de cinema em bairros tão importante para a difusão de produções locais. “Olinda é um polo elevado de produção, tem uma juventude emergente, um núcleo de cinema de animação. A cidade não pode ficar sem cinema”, destaca a deputada.

Nessa última etapa da obra, prevista para começar em dezembro, serão finalizados os serviços de climatização, acústica, equipamentos e mobiliário do espaço. O cinema será reaberto para o público no segundo semestre de 2013 e passará a se chamar Cine Olinda Convenções. A mudança no nome está ligada às novas características do espaço que vai abrigar uma sala de cinema-teatro com capacidade de 320 lugares, um auditório, uma sala multifuncional para 80 pessoas, uma sala multimídia, sala de reuniões, cabine de projeção, depósito, copa e lanchonete. 


Fonte: Vermelho

Outubro, o mês de quê mesmo?

Dia 12,15 e 18 de Outubro comemoramos o dia das crianças, professor e médico respectivamente.

O que esses três tem em comum?

O médico (pediatra) tem a função de garantir uma saúde apropriada ao desenvolvimento da criança, já o professor (pedagogo) tem a função de desenvolvê-la diante de sua natureza.

Toda criança tem direito ao esporte, lazer, educação e saúde. "Principio da Universalidade"
Mas vale lembrar que toda criança está jogada num mundo das desigualdades de oportunidades, isso faz com que só quem tenha direito a uma saúde de qualidade e educação de qualidade sejam poucos.

Antes da formação adulta, passamos pelo estágio infantil, o qual começamos a aprender sobre as coisas, seja colocando-as na boca ou quebrando algum objeto de vidro. Nessa fase é fundamental a participação do pedagogo e do pediatra para determinar o futuro de seu desenvolvimento.

Se analisarmos como a sociedade funciona, perceberemos um ciclo entre estes três de interdependência. O professor ensinando, o médico tratando/cuidando e a criança trazendo algo novo aos dois anteriores, algo não aprendido em suas épocas.

Talvez o papel fundamental do professor seria ensinar que nosso país foi um dos que mais massacrou crianças no pós-Guerra do Paraguai, com um dos nossos "heróis" do exército brasileiro, Duque de Caxias.

Talvez o papel do médico será mostrar que  nosso Estado encontra-se doente no que concerne à saúde e que não são adequadas para o bom atendimento pediátrico diante de interesses privatistas.

Precisamos lutar para a consolidação do Estatuto da criança e do adolescente por acreditar que esses "pequeninos" são o futuro de nossa nação. Para quem defende a juventude como futuro, esquece que a fase anterior é mais importante na definição do ser humano. Por isso, "Vamos a luta pelo bem da nação".

William Silva Vieira

Matheus Lins para Deputado Estadual, 65000!!

Diante da gloriosa campanha eleitoral de Matheus Lins para vereador em Olinda-PE, pensei em escrever esse texto apoiando Matheus na política estadual. Cito alguns argumentos abaixo:

1. O projeto de Matheus, por se tratar de um projeto coletivo, garantiria uma defesa pela soberania de nosso Estado  como representação do interesse do povo e não dos interesses privados.

2. Pensando na integração e unificação política da UJS pelo Socialismo, Matheus representaria um nome bastante aceito por todos pela sua forma diferenciada de manter sua liderança.

3. A facilidade que Matheus tem de articular com a classe trabalhadora, principalmente aos oprimidos.

4. A energia que Matheus consegue passar para quem está do seu lado, uma liderança diferencial.

5. Como o PC do B, "o partidão", estaria com poucas opções de nomes para manter sua luta diante do Sistema Capitalista, Matheus representaria uma "Luz" para lutarmos pelo fortalecimento do partido.

Por isso cito apenas alguns pontos mostrando o porquê de sua defesa como Deputado Estadual, não quero insultar ninguém, só mostrar que Matheus não é encontrado nas prateleiras das lojas, é preciso olhar para nossas pessoas como se olhássemos para algo novo, sempre tentando encontrar uma surpresa por trás daquilo que nos parece natural. "É assim que vamos fazer o Socialismo acontecer."

William Silva Vieira

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Luciana Santos: nossa vitória consagra um ciclo virtuoso em PE


“Estamos consagrando um ciclo virtuoso da nossa participação política e da contribuição dos comunistas no estado de Pernambuco”, afirmou Luciana Santos, vice-presidenta do Partido Comunista do Brasil, à Rádio Vermelho, ao falar sobre as vitórias conquistadas nestas eleições em Pernambuco.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo 
Luciana, que é líder do Partido na Câmara Federal, afirmou que o PCdoB tem sido protagonista em momentos importantes naquele estado. “O PCdoB em Pernambuco é pautado pela convicção de que não se governa e de que não se muda nada sozinho. Compomos um Partido que possui uma marca, que tem em seu DNA uma postura de governo amplo, que valoriza todas as forças políticas que objetivam governo com crescimento e inclusão”.

Uma gestão de mudança

A comunista afirmou que em Olinda há um processo de mudanças muitos significativas. Ela explica que “Olinda é uma cidade muito complexa para se governar, porque se trata de um município de problemas de cidade grande com uma receita de cidade pequena”.

Porém, Luciana frisa que “graças à justeza das políticas adotadas, que tem como base fundamental governar junto ao povo, com frentes amplas de política, a partir da ausculta e participação popular, estamos conseguindo implantar um projeto mudancista em Olinda. E é bom destacar que essa não e uma postura única do PCdoB, mas de toda uma frente que, unida, objetiva mudar o estado de Pernambuco”.

A vice-presidenta do PCdoB acrescenta que “a vitória de Renildo em Olinda é uma vitória que consagra um esforço conjunto, coletivo de um processo muito rico que está sendo vivenciado em Pernambuco, especialmente em Olinda. E digo Renildo já entrou para a história de Olinda, tanto por sua forma de governar, como pela sua credibilidade junto aos diversos setores do cenário político de Olinda”. 

Um novo horizonte

Sobre a vitória já no primeiro turno de Geraldo Julio e Luciano Siqueira, a vice-presidenta do PCdoB afirmou que o PCdoB volta à cena em Recife com muita força. “Geraldo esteve à frente de grandes projetos como secretário, ao lado de Eduardo Campos colocou Pernambuco em um novo patamar, o que dá base para fazer o mesmo pela capital pernambucana”, salienta.

Segundo ela, “Luciano Siqueira possui muito prestígio em Pernambuco e sua dedicação, experiência e capacidade de formulação política irá contribuir, significativamente, para o sucesso da nova gestão de Recife”.

Fonte: Vermelho

Líderes latino-americanos parabenizam Chávez pela vitória

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reeleito para o terceiro mandato, recebeu os parabéns de vários líderes políticos latino-americanos. Os presidentes Cristina Kirchner (Argentina), Raúl Castro (Cuba), Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) enviaram mensagens desejando sorte e felicidades a Chávez. As felicitações foram feitas por mensagens em redes sociais e telefonemas.

Cristina Kirchner usou a rede social do Twitter para comemorar a vitória de Chávez. "[Felicito] o povo venezuelano pela jornada democrática exemplar. Pela a alegria e paz. O amor é mais forte que o ódio ", disse ela, na sua mensagem e depois telefonou para o presidente reeleito."Hugo, hoje [ontem] eu quero dizer a você que depois de arar a terra, semeamos e você regou e hoje faz a colheita.”

Correa, também usou sua conta no Twitter para felicitar Chávez. "Vencedor Chávez com diferença de quase dez pontos! Viva a Venezuela, viva a Grande Pátria, viva a Revolução Bolivariana", disse o presidente do Equador. "Mais uma vez derrubamos as mentiras. Que venham os outros. Estamos prontos. Venceremos.”

Em mensagem, Raúl Castro ressaltou o apoio popular dado a Chávez. "Em nome do governo e do povo de Cuba, quero felicitá-lo sobre este triunfo histórico, demonstrando a força da Revolução Bolivariana e o apoio popular que é inquestionável", disse o cubando. “[A sua vitória] garante a continuidade da luta por uma verdadeira integração das Américas. Reiteramos nossa solidariedade e apoio inabalável".

Para Evo Morales, a vitória de Chávez é um triunfo da democracia. "Não é só o triunfo do povo da Venezuela, mas também o triunfo dos países da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América)", disse ele. "A vitória de Chávez é também a vitória dos povos da América Latina, que lutam por sua dignidade, soberania e para forjar o seu próprio destino."

O presidente foi reeleito com o apoio de 20 dos 24 estados da Venezuela. Chávez venceu as eleições presidenciais ontem (7) conquistando 7,4 milhões de votos, enquanto seu principal opositor, Henrique Capriles Radonski, obteve 6,1 milhões (44,97%), e os demais candidatos Reina Sequera, Luís Alfonso Reyes, Maria Josefina Bolívar e Orlando Chirinos ficaram com menos de 1%.

Fonte: Agência Brasil


Venezuela: Socialismo triunfa e enche América Latina de esperança


Com 54,42% dos votos, o presidente Hugo Chávez Frías foi reeleito na Venezuela e governará o país no período de 2013 a 2019. Há 14 anos no poder, este será o seu terceiro mandato. O candidato da oposição, Henrique Capriles, obteve 44,97% e ganhou em apenas quatro dos 24 estados que compõem a Venezuela. Em uma verdadeira festa cívica, 81% dos venezuelanos compareceram às urnas, mesmo o voto não sendo obrigatório no país. 

Por Vanessa Silva* e Leonardo Wexell Severo, de Caracas-Venezuela


AVN
Chávez vitória
Multidão saúda vitória de Chávez no Palácio de Miraflores: "foi a vitória perfeita", afirmou Chávez
Apesar da expectativa de que o candidato da oposição pudesse não reconhecer o resultado revelado pelas urnas, Capriles admitiu sua derrota e rejeitou a ação de setores radicais. O candidato fez também um chamado para que "nosso povo não se sinta perdedor. Quem foi derrotado fui eu”, afirmou. E agradeceu aos mais de seis milhões de venezuelanos que votaram nele.

Diante de dezenas de milhares de manifestantes que tomaram a frente e as imediações do Palácio de Miraflores na noite de domingo (7), o presidente Hugo Chávez agradeceu aos mais de oito milhões de venezuelanos que lhe garantiram um novo mandato. 

Acompanhado pela família e por lideranças no balcão presidencial, o líder bolivariano agradeceu à multidão e ressaltou que o povo "votou pela revolução, pelo socialismo e pela grandeza da Venezuela”. 

Independência e integração

Chávez fez questão de ressaltar que o primeiro e principal objetivo de seu novo mandato já foi alcançado, sendo “não outro que ter conservado o bem mais precioso que conquistamos depois de 500 anos de luta: a independência nacional”. 

A expressiva vitória nas urnas, enfatizou o presidente, demonstra que “não haverá força imperialista, por mais forte que seja, que possa com o povo bolivariano. A Venezuela nunca mais voltará ao neoliberalismo, seguirá transitando para o socialismo bolivariano do século 21". E reiterou que “hoje ganhou a América Latina”. 

Imediatamente, milhares de vozes entoaram o grito “alerta, alerta que caminha a espada de Bolívar pela América Latina”, fazendo tremular bandeiras do Brasil, Cuba e Argentina, entre outras, num colorido que expressava o espírito da integração solidária do continente.

Cordialidade

Em tom cordial, Capriles pediu que Chávez trabalhe por todos os venezuelanos e parabenizou o comandante por sua vitória. “O que o povo diz está dado e respeito sua palavra”. Por sua vez, o presidente também fez um “reconhecimento especial à oposição, que não fez planos desestabilizadores. Assim que se joga na democracia”, exclamou.

* Vanessa Silva é jornalista, enviada especial do Vermelho a Caracas, e integrante do ComunicaSul
** Leonardo Wexell Severo é jornalista e integra em Caracas a equipe do ComunicaSul



Fonte: Vermelho

Uma Nuvem Vermelha

"Eis que eu tive uma visão:
Uma nuvem vermelha sobre nossas cabeças
Passava neste dia 07 de Outubro por Olinda
Tive a sensação de viver um passado de lutas
Lutas pela garantia das nossas liberdades

Essas nuvens vermelhas estava por toda a cidade
O céu estava tomado dessas maravilhosas nuvens
A terra estava tomado de comunistas
Comunistas que lutam pela liberdade de sua população
Esses comunistas eram o PC do B mostrando pra que veio"

william silva vieira

O Consagrado

"No inicio era simplesmente um chapéu.
Um chapéu cujas faixas eram coladas com adesivo
Cujas abas eram desfiadas
Estivemos juntos durante as várias lutas
Principalmente aquelas mais importantes




Remendava-lhe todos os seus problemas
Um dia desses ele pensou alto
Não sei se era a pouca liberdade que eu lhe dava
Saiu da minha cabeça
E parou na cabeça do Gov. Eduardo Campos





O mais importante de nossas lutas
Foi saber o quanto ele se consagrou
Foi saber o quanto ele significou
Foi saber que ele estava num lugar mais alto do corpo
Lendo nossas mentes e declarando apoio a Matheus Lins"

william silva vieira

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Sobre a Proposta de Izabel Urquiza quanto ao Hospital Duarte Coelho.

Caros amigos, sei como é justo uma proposta de um hospital para nossa cidade, no entanto, discordo quando essa proposta está ligada às pretensões eleitoreiras.

Para quem não sabe sobre o SUS, precisa-se entender que seu surgimento veio com a Lei Orgânica e antes só quem tinha direito ao atendimento era a classe trabalhadora que contribuísse com a previdência social (vale ressaltar que o desempregado era excluído), era o antigo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). 

Nossa população sofre muito com as desigualdades sociais, um hospital não resolve seus problemas reais. Cito uma frase de um prof° de medicina da UFMG: "Tudo na saúde tem que ser primário". Defendendo esse ponto de vista, vejo que a população precisa mais de um PSF do que um hospital. Vamos aos pontos:

1º O Investimento num hospital municipal é alto, às vezes o custo ultrapassa a verba da cidade.
2º O interesse de um hospital sempre vem alinhado com interesses privados de lucro (máquinas de tomografia, radiografia, ultra-som, medicações, terceirizações e outros).
3° O médico hospitalar não fiscaliza seu paciente dentro de sua comunidade.
4° O termo "hospitalização" perde a força para uma medicina humanizada, já que muitas vezes afastam o paciente de sua família.
5° A Educação Popular é essencial para o esclarecimento da população sobre sua saúde, ou seja, a Educação atua promovendo saúde, isso é evidente num PSF.

"Para melhor crítica prefiro pontuar pouco, assim a leitura não fica cansativa."

Meu nome é William Silva Vieira sou estudante de medicina da FCM-UPE e de ciências da computação do CIn-UFPE. Faço parte de uma militância forte e coerente, luto por um Estado Comunista contra a burguesia nacional e as forças norte-americanas.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Faculdades de medicina deveriam ensinar cuidados paliativos


Desde o ano passado, o Brasil elevou os cuidados paliativos na área de atuação médica ligada às especialidades de clínica médica, cancerologia, anestesiologia, pediatria, geriatria e medicina de família. Já há esboços de uma residência na área que pode começar em 2013.
De acordo com a diretora da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, Dalva Yukie Matsumoto, o foco desta área de atuação é o controle primoroso de sintomas como dor, falta de ar, fadiga e náusea. Os cuidados, no entanto, devem abranger mais sintomas. “A equipe multiprofissional deve saber abordar os aspectos emocionais, sociais, espirituais porque a gente entende que o paciente é um todo e se você não cuidar de cada pedacinho você não consegue melhorar a qualidade de vida e minimizar o sofrimento”, disse Dalva.
Pesquisa realizada pela consultoria Economist Intelligence Unit e publicada pela revista inglesa The Economistem 2010, coloca o Brasil em 38º lugar num ranking de 40 países quando o assunto é qualidade de morte. O país fica na frente apenas de Uganda e da Índia. Esse dado indica que o brasileiro em estado terminal ainda sofre muito no seu processo de morte.
São cerca de 80 instituições médicas que dispõem dessa área de recurso no Brasil, o que é considerado pouco pelos especialistas, já que todo paciente terminal deveria ter acesso a esses cuidados.
“No Reino Unido [primeiro colocado no índice de qualidade de morte da pesquisa] há um sistema de saúde pública bastante abrangente. Toda a medicina é regionalizada e socializada. Todo paciente tem acesso a esses cuidados. As equipes de assistência domiciliar são regionalizadas, bastante abrangentes e podem oferecer os cuidados no domicílio do enfermo. Existe ainda uma política publica que dispensa o medicamento. Todos os pacientes têm direito a uma equipe multiprofissional para acompanhá-los em casa. As enfermeiras têm um poder maior do que os enfermeiros têm aqui no Brasil. Tem um categoria [de enfermeiros] que pode prescrever opióides inclusive. Isso facilita muito essa assistência ao paciente”, explica a médica.
Hélio Bergo, chefe do Núcleo de Cuidados Paliativos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, diz que o tema ainda é novo no mundo, no Brasil mais ainda. Ele acredita que o primeiro passo a ser dado passa por ações educativas. “Nós precisamos fazer com que cuidados paliativos sejam conhecidos”.
"Com a intenção de melhorar mais ainda a qualidade da morte foi aprovado o testamento vital"

Fonte: Agencia Brasil

MEC anuncia parceria com Conselho Federal de Psicologia para combater violência nas escolas


Para enfrentar a violência nas escolas brasileiras, o Ministério da Educação assinou hoje (20) uma parceria com o Conselho Federal de Psicologia. A parceria prevê um estudo sobre violência nas escolas, elaboração de materiais didáticos e formação de professores para o combate à violência no ambiente escolar.
De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, oito universidades também vão colaborar com o projeto. Entre os temas que serão trabalhados dentro das escolas estão enfrentamento às drogas, gravidez precoce, homofobia, racismo, discriminação, bullying bullying eletrônico (feito por meio das redes sociais).
“Temos estimado em torno de 8 mil jovens, meninos e meninas, que voltam para casa com todo tipo de constrangimento e que muitas vezes são vítimas de bullying na escola. Precisamos tratar esses temas com responsabilidade e cuidado, mas enfrentá-los no sentido de respeito à diversidade, ao outro, a valores como os direitos humanos. Os professores e alunos também precisam aprender a solução dos conflitos por meio de diálogo”, disse o ministro.
Segundo Mercadante, o trabalho de campo será feito em todo o país. “Vamos trabalhar em todas as regiões do país, nos vários níveis do processo educacional - com pais, alunos e professores - e elaborar materiais pedagógicos, programas de prevenção e subsídios para aprimorar a prática pedagógica e criar uma escola mais atrativa, feliz, respeitosa e pacífica”, disse.
O projeto, de acordo com o ministro, terá início em breve. “Em duas semanas estaremos iniciando o processo de trabalho, mas eu diria que o desenvolvimento pleno desse trabalho é para 2013”.
A expectativa do ministro é que, com esse projeto, os “professores tenham mais subsídios e melhores condições para lidar com esses desafios”. Os novos materiais didáticos, voltados para o combate da violência nas escolas, estará disponível logo após a pesquisa de campo ser finalizada. Também será desenvolvido um trabalho de formação de professores para trabalhar com esses temas nas escolas.
Para Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e conselheiro do Conselho Nacional LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), a parceria é positiva.
“Vejo com bons olhos a ampliação dessa parceria. É fundamental não só para a questão da homofobia como também para a que envolve drogas, bullying etc. É fundamental que a escola seja um lugar seguro para que as pessoas possam estudar, não sejam discriminadas e não sofram a violência que muitas vezes faz parte do cotidiano escolar”, falou.
Segundo Reis, a escola é um dos ambientes mais importante para que esse trabalho seja desenvolvido. “A escola é um momento em que as pessoas convivem e as pessoas têm que aprender a respeitar o outro e esse outro pode ser evangélico, católico, ateu, de uma religião africana, judeu ou indígena, mas as pessoas têm que aprender a respeitar o ser humano como um todo”, disse.
Durante a 2ª Mostra Nacional de Práticas de Psicologia, que ocorre até o dia 22 no Anhembi, em São Paulo, o presidente do conselho, Humberto Verona, anunciou também uma parceria entre o órgão e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para ajudar na criação de comitês de combate à homofobia em todos os estados brasileiros.
Fonte: Agencia Brasil

A era Collor: Rodrigo de Carvalho lança livro na próxima segunda


“O livro A era Collor – da eleição ao impeachment, é um resgate histórico dos acontecimentos políticos e sociais que culminaram no afastamento do presidente Fernando Collor de Mello”. Foi como resumiu, em entrevista à Rádio Vermelho, o sociólogo Rodrigo de Carvalho, ao falar sobre o lançamento se seu livro na próxima segunda-feira (24), na livraria Martins Fontes, em São Paulo.

Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo


Segundo ele, o importante desta obra é conseguir trazer para os leitores um elemento histórico como o impeachment de um presidente da República. Ele também lembrou que “desde o período da redemocratização os dois movimentos de massa que ocorreram ‘As Diretas Já’ e o ‘Impeachment’ foram de suma importância para a consolidação da democracia, dessa democracia que vivemos hoje”, refletiu.

Rodrigo de Carvalho destacou que a escolha de falar sobre o impeachment se deve por verificar que o tema ainda não foi explorado como se devia. “Escolhi o impeachment por achar que o meio acadêmico, a intelectualidade, carecia de uma exploração mais ampla sobre o tema, como foi, por exemplo, ocorreram As Diretas Já”, externou o sociólogo.

“O livro reúne um amplo levantamento histórico, com entrevista importantes, inclusive do então presidente do PCdoB, primeiro partido a expor sua defesa pelo afastamento do ex-presidente Collor. Além de fazer um debate sobre as questão de modelo política vivíamos naquela época e se foi ou não um derrota temporária do neoliberalismo”, enfatiza Rodrigo. 

O autor ainda ressaltou que procurou compreender o impeachment de Collor a partir da atuação dos movimentos sociais, destacadamente o papel dos estudantes e o que considera a fragmentação das classes dominantes, como elementos centrais da atuação da sociedade nesse processo. 

Serviço
Lançamento: A era Collor – da eleição ao impeachment
Quando: 24 de setembro, às 19h
Onde: Livraria Martins Fontes, Av Paulista


Fonte: Vermelho

Evo Morales tem a aprovação de 60% dos bolivianos


Segundo pesquisa recente realizada na Bolívia, o presidente Evo Morales conta com o apoio de 64,2% da população, que considera sua gestão como muito boa. A pesquisa ecoou em diversos veículos de imprensa no país andino.


Evo morales
Evo Morales tem a aprovação da maior parte dos bolivianos
Os resultados do Estudo sobre Cultura Política e Democracia na Bolívia, Barômetro das Américas 2012 do Projeto de Opinião Pública da América Latina (Lapop), publicados no diário La Razón.

A pesquisa, realizada pela Universidade Vanderbuilt de Nashville, en Tennessee, Estados Unidos, estabelece também que 52,4% da população creem que o governo promove os direitos dos povos indígenas.

Da mesma forma, 47,8% consideram que acertou na política de proteção da Pachamama (Mãe Terra), enquanto 45% classifica como positiva a gestão econômica do executivo. O trabalho da Assembleia Legislativa Plurinacional e o Órgão eleitoral receberam o respaldo de 48% dos bolivianos.

No combate às drogas, 37,5% consideram o trabalho governamental eficaz. Desde que assumiu o poder em 2006, até a saída do país do programa da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA em sua sigla em inglês), são conseguidos recordes na destruição de plantações de coca e também no confisco de narcóticos.

Da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva, com Prensa Latina

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Centrais lançam Jornal do Trabalhador para atingir as massas


A partir de agosto, a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, União Geral de Trabalhadores (UGT) e Nova Central irão levar às ruas o “Jornal do Trabalhador”, publicação bimestral que será distribuída gratuitamente em todos os estados brasileiros, com o objetivo de aproximar as quatro centrais sindicais da classe trabalhadora.




Em maio, as centrais já haviam publicado uma versão especial do periódico, dedicada à pauta do Dia do Trabalhador. Consolidado o formato, a cada dois meses uma nova edição será produzida.

Para o secretário de Imprensa e Comunicação da CTB, Eduardo Navarro, o jornal será um importante instrumento para promover o debate sobre o mundo do trabalho junto a diferentes categorias profissionais.

“Ao somarmos esforços, teremos condições de produzir um material que atingirá o peão no chão de fábrica, o bancário, o atendente de telemarketing, o homem do campo, os servidores públicos e todas as categorias”, defende o dirigente, procurando destacar a tiragem de 500 mil exemplares como um importante trunfo para o sindicalismo brasileiro.

Para o presidente da CTB, Wagner Gomes, o novo jornal é mais uma demonstração da unidade de luta das centrais sindicais. “Temos uma pauta bem definida, que precisa ser cada vez mais divulgada por toda a sociedade”, afirmou.

Com a publicação do “Jornal do Trabalhador”, a “Tribuna Sindical”, produzida pela CTB, deixará de ter circulação mensal e passará a ser distribuída a cada dois meses. Seu próximo número sairá em setembro.

Clique aqui para ler o “Jornal do Trabalhador”

Fonte: CTB

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Conhecendo um pouco de Cuidados Paliativos


       Conceito
          Segundo a definição da OMS, Cuidado Paliativo é “uma abordagem que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida, por meio da prevenção e do alívio do sofrimento.Requer identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”.

Um pouco de História
O relato mais antigo remonta ao século V, quando Fabíola, discípula de São Jerônimo, cuidava de viajantes vindos da Ásia, da África e dos países do leste no Hospício do Porto de Roma. O Movimento Hóspice Moderno foi introduzido pela inglesa Cicely Saunders, com formação humanista e medica, que em 1967 fundou o St. Christopher’s Hospice. Na década de 1970, o encontro de Cicely Saunders com Elisabeth Kluber-Ross, nos Estados Unidos, fez com que o Movimento Hospice também crescesse naquele pais. Em 1982, o Comitê de Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS) criou um grupo de trabalho responsável por definir políticas para o alivio da dor e cuidados do tipo hospice que fossem recomendados em todos os países para pacientes com câncer. O termo Cuidados Paliativos, já utilizado no Canadá, passou a ser adotado pela OMS devido a dificuldade de tradução adequada do termo hospice em alguns idiomas.

        Cura x Cuidados Paliativos
         “Na ética da cura, as virtudes militares eram predominantes: não se dar por vencido, perseverar, ser ‘duro’. Já na ética da atenção, o valor central e a dignidade humana, enfatiza a solidariedade entre o paciente e o profissional da saúde, em atitude que resulta numa compaixão afetiva” (Halina Bortnowska, filosofa e escritora polonesa). Na ética da cura, o medico é o “general”, na ética da atenção, o paciente é o soberano.

O médico e suas incógnitas
Dr. Robert Twycross fala sobre a dificuldade do medico em dizer a verdade ao paciente, quando essa verdade desnuda a terminalidade da vida e a ausência de perspectiva de cura. Colocam-se em jogo o seu próprio medo da morte e as pressões culturais a ela associadas. Fica a idéia de que, com a verdade dolorosa, podemos destruir a esperança e levar o paciente irreversivelmente ao desespero e a depressão.

Dizer ou não dizer: Eis a questão
Com base no principio bioético da autonomia do paciente por meio do consentimento informado, possibilitando que ele tome suas próprias decisões, no principio da beneficência e da não-maleficência, os Cuidados Paliativos desenvolvem o cuidado ao paciente visando a qualidade de vida e a manutenção da dignidade humana no decorrer da doença, na terminalidade da vida, na morte e no período de luto. “A mentira e a evasão são o que realmente isolam o paciente atrás de um muro de palavras ou no silencio que impede a adesão terapêutica e a possibilidade de compartilhar seus medos, angustias e preocupações”.


Princípios dos Cuidados Paliativos
1. Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis
2. Afirmar a vida e considerar a morte um processo normal da vida
3. Não acelerar nem adiar a morte
4. Integrar os aspectos psicológicos e espirituais no cuidado ao paciente
5. Iniciar o mais precocemente possível o Cuidado Paliativo, juntamente com outras medidas de prolongamento da vida, como quimioterapia e radioterapia, e incluir todas as investigações necessárias para melhor compreender e controlar situações clínicas estressantes
6. Oferecer sistema de suporte para auxiliar os familiares durante a doença do paciente e o luto
7. Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível até o momento da sua morte
8. Oferecer abordagem multiprofissional para focar as necessidades dos pacientes e seus familiares, incluindo acompanhamento no luto
9. Melhorar a qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença


"Resumo do Seminário apresentado por mim no rodízio de Cirurgia Geral no Hospital da Restauração, com duração de 2 horas". (william silva vieira- 10° período FCM.UPE)


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Andes divulga comunicado rejeitando proposta de reajuste do governo

A Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), principal entidade representativa dos professores de instituições federais de ensino, divulgou hoje (26) comunicado oficial rejeitando a nova proposta do Ministério do Planejamento.

De acordo com o sindicato, o texto foi encaminhado às universidades de todo o país, a fim de embasar assembleias que acontecerão entre hoje e segunda-feira (30). Nos encontros, será votado o posicionamento de cada instituição sobre o fim ou continuidade da greve dos docentes, que já dura 71 dias.

O comando nacional de greve da Andes reuniu-se ontem ainda pela manhã para debater a proposta do governo, e as discussões se estenderam até a madrugada de hoje. O documento afirma que as alterações nos percentuais de aumento apresentadas pelo Planejamento “foram dirigidas às situações que demonstravam maior perda de valor real até 2015″, mas que, mesmo assim, “a maioria dos docentes terá valor real reduzido nos seus salários”.

O texto alega ainda que questões consideradas importantes pelos docentes, tais como a estruturação e a progressão de carreira; a gratificação por projetos institucionais e atividade de preceptoria; e os critérios para promoção de professores foram jogadas para frente, ficando sob a dependência da criação de grupos de trabalho.

Para a Andes, isso evidencia “o esforço do governo para retirar os pontos polêmicos da mesa de negociações durante a greve, avocando a si, no futuro, a discricionariedade para tomar as decisões”.
Marinalva Oliveira, presidenta da Andes, afirma que os percentuais de reajuste apresentados pelo governo – de 25% a 40%, segundo a nova proposta – aparentam ser elevados, mas têm como referência o mês de julho de 2010. “Além disso, a proposta é parcelada em três anos. Se considerada a inflação do período, esses reajustes não cobrem”, disse.

A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), sindicato que representa parcela menor da categoria dos docentes, decidiu apoiar a proposta governamental e recomendar o encerramento da greve. A Agência Brasil tentou contato com membros da diretoria da entidade, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.

Fonte: Agência Brasil

Em carta, Fidel parabeniza Chávez por aniversário

O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez, aniversaria nesta sábado (28), quando completa 58 anos. Dez dias antes, o líder da Revolução cubana, Fidel Castro, enviou-lhe carta em que expressa sentimentos de amizade e, embora em poucas palavras, faz profundas reflexões políticas e ideológicas. Leia a íntegra.

Querido Hugo, te escutei hoje pela tarde quando falaste em Guárico, surpresa total, pensei que o farias em Barinas, boa tática, o fator surpresa desconcerta a aliança, nada subestimável, dos ianques e oligarcas na Venezuela.

Soube assim, por essa via, que dentro de 10 dias completarás 58 anos. Tinha alguma dúvida sobre o número exato de anos que somarias nessa data, pensava que talvez fosse 59, de todas as formas nesse dia não te felicitarei por teu 58° aniversário, já que o faço agora mesmo, com o invariável e sincero afeto de sempre.
Creio que eu já era velho quando fiz algumas coisas que muitas pessoas atribuíam simplesmente a minha juventude. Certamente é uma vergonha que tivesse perdido tanto tempo quando terminei o ensino médio, ao que se acrescentou um ano até somar doze, já tinha completado 19 anos e não tinha nem sequer noções da disciplina e experiência militar. Tu, ao contrario, já estavas graduado como oficial da Academia Militar.

Menos mal que os medíocres políticos burgueses da Venezuela admitiam que um cidadão, apesar de sua condição social e origem étnica, podia ser guardião da ordem oligárquica, confiavam em que o dinheiro, as honras e o interesse pessoal prevaleceriam na instituição militar de um país latino-americano.

Durante quase 200 anos congelaram os sonhos do Libertador, que desta vez voltaram a ter vigência plena somente 210 anos depois e quando o mais poderoso império já era dono do mundo.

Eu tinha 26 anos quando ocorreu o golpe militar pró-ianque de Batista, partindo somente das ideais investi um ano, quatro meses e 16 dias em organizar, treinar e armar os jovens patriotas que atacaram os quartéis de Santiago de Cuba e de Bayamo.
Quando tu tinhas a mesma idade, já possuías um nível de conhecimentos militares e políticos, em especial os que emanavam das ideias de Miranda, de Bolívar e de toda uma geração de patriotas que escreveram uma das mais brilhantes histórias do planeta em prol da liberdade e da justiça para os povos oprimidos.

Assombra-me como ainda hoje seguimos aprendendo com eles, especialmente tu que representas o povo bolivariano neste instante singular de sua história. 58 anos não é nada, Hugo, eu que tenho quase 28 anos mais, vivi uma parte importante dos últimos 100 anos posso dar fé do que significa o tempo nesta época.

Honra especial merece o povo venezuelano por sua imensa capacidade de compreender a façanha que leva a cabo junto a ti. Não importa que minhas mensagens se acumulem, algum dia talvez tenham determinado valor como testemunho desta época singular que ambos os povos, me atreveria a dizer, nosso único povo, o de Bolívar e Martí, está vivendo.

Até a vitória, sempre!
Fidel Castro,
18 de julio de 2012
Fonte: Vermelho

Por que decidir apoiar Matheus "Mago" Lins?

Desde minha entrada no movimento estudantil tive grande apoio de Matheus. Foi apartir daí que iniciei minhas jornadas de lutas com o mago, entendendo seus príncipios Socialistas.

Sempre acreditei que Olinda poderia ser mais do que um atrativo turístico e sim uma cidade com investimentos em educação e saúde. No entanto os problemas de Olinda eram nossos vereadores que nunca entendiam a história de nosso povo e construiam projetos fantasiosos que so serviam para firmar os eleitores. Esses eram os padrinhos políticos, dava materiais em busca de votos.

Quando colocaram o nome do mago para eleição comecei a perceber que nossa hitória poderia mudar para melhor. O mago é uma pessoa simples e batalhadora e nunca deixa de lado o seu camarada.

Por isso encerro minhas palavras dizendo: "Apóio o Mago, Voto 65000".

william silva vieira

terça-feira, 19 de junho de 2012

Frei Betto: Os desafios à Rio+20


Iniciada há poucos dias, Rio+20 abriga chefes de Estado e ambientalistas e movimentos sociais na Cúpula dos Povos. O evento corre o risco de frustrar expectativas caso não tenha, como ponto de partida, compromissos assumidos na Agenda 21 e acordos firmados na Eco-92 e reiterados na Conferência de Johanesburgo, em 2010. 

Por Frei Betto, em Adital


Há verdadeira conspiração de bastidores para, na Rio+20, escantear os princípios do desenvolvimento sustentável e os Objetivos do Milênio, e impor as novas teses da "economia verde”, sofisma para encobrir a privatização dos recursos naturais, como a água, e a mercantilização da natureza.

O enfoque dos trabalhos deverá estar centrado não nos direitos do capital, e sim na urgência de definir instrumentos normativos internacionais que assegurem a defesa dos direitos universais de 7 bilhões de habitantes do planeta e a preservação ambiental.

Cabe aos governos reunidos no Rio priorizar os direitos de sustentabilidade, bem-estar e progresso da sociedade, entendidos como dever de garantir a todos os cidadãos serviços essenciais à melhor qualidade de vida. Faz-se necessário modificar os indicadores de desenvolvimento, de modo a levarem em conta os custos ambientais, a equidade social e o desenvolvimento humano (IDH).

A humanidade não terá futuro sem que se mudem os padrões de produção, consumo e distribuição de renda. O atual paradigma capitalista, de acumulação crescente da riqueza e produção em função do mercado, e não das necessidades sociais, jamais haverá de erradicar a miséria, a desigualdade, a destruição do meio ambiente. Migrar para tecnologias não poluentes e fontes energéticas alternativas à fóssil e à nuclear é imperativo prioritário.

Nada mais cínico que as propostas "limpas” dos países ricos do hemisfério Norte. Empenham-se em culpar os países do hemisfério Sul quanto à degradação ambiental, no esforço de ocultar sua responsabilidade histórica nas atividades de suas transnacionais em países emergentes e pobres. Há que desconfiar de todas as patentes e marcas qualificadas de "verdes”. Eis aí um novo mecanismo de reafirmar a dominação globocolonialista.

O momento requer uma convenção mundial para controle das novas tecnologias, baseada nos princípios da precaução e da avaliação participativa. Urge denunciar a obsolescência programada, de modo a dispormos de tecnologias que assegurem o máximo de vida útil aos produtos e beneficiem a reciclagem, tendo em vista a satisfação das necessidades humanas com o menor custo ambiental.

À Rio+20 se impõe também o desafio de condenar o controle do comércio mundial pelas empresas transnacionais e o papel da OMC (Organização Mundial do Comércio) na imposição de acordos que legitimam a desigualdade e a exclusão sociais, impedindo o exercício de políticas soberanas. Temos direito a um comércio internacional mais justo e em consonância com a preservação ambiental.

Sem medidas concretas para frear a volatilidade dos preços dos alimentos e a especulação nos mercados de produtos básicos, não haverá erradicação da fome e da pobreza, como preveem, até 2015, os Objetivos do Milênio.

Devido à crise financeira, parcela considerável do capital especulativo se dirige, agora, à compra de terras em países do Sul, fomentando projetos de exploração de recursos naturais prejudiciais ao meio ambiente e ao equilíbrio dos ecossistemas.

A Rio+20 terá dado um passo importante se admitir que, hoje, as maiores ameaças à preservação da espécie humana e da natureza são as guerras, a corrida armamentista, as políticas neocolonialistas. O uso da energia nuclear para fins pacíficos ou bélicos deveria ser considerado crime de lesa-humanidade.

Participarei da Cúpula dos Povos para reforçar a proposta de maior controle da publicidade comercial, da incitação ao consumismo desmedido, da criação de falsas necessidades, em especial quando dirigidas a crianças e jovens.

Educação e ciência precisam estar a serviço do desenvolvimento humano e não do mercado. Uma nova ética do consumo deve rejeitar produtos decorrentes de práticas ecologicamente agressivas, trabalho escravo e outras formas de exploração.

Enfim, que se faça uma reavaliação completa do sistema atual de governança ambiental, hoje incapaz de frear a catástrofe ecológica. Um novo sistema, democrático e participativo, deve atacar as causas profundas da crise e ser capaz de apresentar soluções reais que façam da Terra um lar promissor para as futuras gerações.


fonte: Vermelho

Assange foge de prisão domiciliar e pede asilo ao Equador

Fundador do Wikileaks estava detido no Reino Unido sob ameaça de ser extraditado para a Suécia


Após ter sua extradição para a Suécia determinada em última instância pela Justiça britânica, o fundador do Wikileaks, Julian Assange, fugiu de sua prisão domiciliar e se alojou na Embaixada do Equador no Reino Unido. Ele agora pede asilo político ao governo de Rafael Correa.

A informação é do chanceler do Equador, Ricardo Patiño, que informou nesta terça-feira (19/06) que o jornalista solicitou asilo político ao país. De acordo com o diplomata, o requerimento já está sendo avaliado.

Patiño disse à imprensa que Assange enviou uma carta ao presidente do país andino, Rafael Correa, na qual afirma que existe "perseguição" política contra ele.

A Corte Suprema britânica anunciou na última quinta-feira (14/06) que o recurso feito por Assange após ser condenado à extradição para a Suécia foi negado. A partir de agora não restam mais possibilidades de reversão da sentença do jornalista dentro da Justiça do Reino Unido.


Com a apelação julgada “sem mérito” pelos magistrados britânicos e com a autorização para extradição, a equipe de advogados de Assange havia ficado apenas com a opção de recorrer à Corte Europeia de Direitos Humanos em Estrasburgo.

"A Corte Suprema do Reino Unido desestimou o pedido apresentado por Dinah Rose, advogada do Sr. Julian Assange, que buscava reabrir sua apelação", declarou a máxima instancia judicial do país na ocasião.

Os magistrados haviam aprovado a extradição de Assange no fim do último mês de maio. Contudo, sua defesa decidiu reabrir imediatamente a causa requerendo a revisão da sentença que autorizava a extradição.

O fundador do WikiLeaks, que revelou milhares de documentos confidenciais da cúpula política, diplomática e militar dos EUA, foi detido em Londres mediante uma ordem de extradição movida pelas autoridades da Suécia. Durante todo o decorrer de seu julgamento, viveu sob fortes medidas de segurança na mansão de um amigo seu no sudeste da Inglaterra. Ele recorreu da decisão ao Supremo depois de o Tribunal Superior aprovar seu envio à Estocolmo em novembro do ano passado.

Fonte: Opera Mundi

Eduardo Guimarães: A ditadura ainda tortura

“Eu tinha 19 anos; eu fiquei três anos na cadeia e eu fui barbaramente torturada”. Foi assim que a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, respondeu ao senador José Agripino Maia (DEM-RN) ao ser afrontada por ele, em 2008, com insinuação de que poderia estar mentindo no depoimento que estava dando a uma comissão do Senado que a convocara para explicar acusações de que teria mandado fazer um “dossiê” contra o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Por Eduardo Guimarães*, em seu blog


A tese de Agripino era a de que lera declaração pretérita de Dilma de que mentira aos torturadores quando fora presa durante a ditadura militar e de que, por isso, poderia estar mentindo também agora ao negar a confecção de um “dossiê” contra FHC que jamais se comprovou ter existido, assim como o grampo sem áudio do Gilmar Mendes e de outras invenções que o esquema Veja-Cachoeira produziu ao longo da década passada.

Cortemos para o tempo presente.

No fim de semana, os jornais Estado de Minas e Correio Brasiliense publicaram relato que Dilma fez em 2001 em entrevista a Conselho de Direitos Humanos mineiro que o ex-presidente Itamar Franco criou para definir reparações a vítimas do regime militar no Brasil.

Note-se, assim, que não se tratou de uma jogada política que alguns andaram especulando que pretenderia vitimizar a presidente da República de forma a angariar simpatias a ela, até porque Dilma não está precisando de estratégias extremadas nesse sentido, haja vista que sua popularidade está no auge, batendo todos os recordes desde que assumiu o cargo.

Dilma fez aquele relato há mais de uma década e ele repercutiu internacionalmente no fim de semana após ser difundido por dois jornais absolutamente insuspeitos de serem simpáticos ao governo federal, pois um escreve o que Aécio Neves manda e o outro integra o que se convencionou chamar de Partido da Imprensa Golpista (PIG), um conluio entre impérios de comunicação e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) – ou, ao menos, as suas principais lideranças.

Suponho que todos os que se interessam por política, que são os que estão lendo este texto agora, já saibam do teor do relato de Dilma sobre as sevícias que verdugos do regime militar praticaram contra si, verdugos que tal regime encarregou de extrair informações daquela bela jovem de 19 anos, de classe média, esclarecida, estudada, branca e de ascendência européia que não tinha motivos escusos para se envolver na política brasileira, tendo apenas, então, ideais libertários que a tantos como ela envolveram naqueles anos trágicos de nossa história.

O relato de Dilma é quase insuportável porque faz visualizar o que era praticado de hediondo nos porões de um regime que a grande imprensa brasileira incensou e com o qual colaborou durante boa parte da época em que vigeu até que descobrisse que ninguém ganha com ditaduras a não ser os próprios ditadores, pois nunca precisam respeitar as alianças que fazem já que têm um poder inquestionável e incontrastável com qualquer contrapeso democrático como a Justiça, por exemplo.

Pretendo poupar o leitor dos horrores que Dilma relatou porque, de domingo para segunda-feira, durante o sono, tive pesadelos com aqueles detalhes macabros. Todavia, escrevo porque os pesadelos não ocorreram só por isso. Na verdade, o tipo de tortura que policiais e militares aplicaram naquela menina de 19 anos entre 1970 e 1972, há cerca de quarenta anos, não foi o que de principal me fez acordar com o coração batendo forte e o suor escorrendo pelas têmporas.

Uma espécie de curiosidade mórbida fez com que, no domingo, após ler em vários portais e blogs a matéria que saiu nos dois jornais supracitados, resolvesse ler, também, os comentários a ela. O teor do que dezenas, talvez centenas de pessoas escreveram é digno de um filme de terror.

Também pretendo poupar o leitor do tipo de comentário que essas “pessoas” fizeram em blogs das Organizações Globo ou em portais como os de Terra, UOL, Veja etc. sobre o sofrimento físico que Dilma relatou, há mais de uma década, que sofreu durante o regime militar. Basta dizer que continham de uma insensibilidade desumana diante da imagem que aquela matéria produziu de uma bela menina de 19 anos sendo torturada com requintes de crueldade até verdadeiro prazer sombrio de chocar as pessoas.

Em vez disso, relato o que tentei fazer para purgar aqueles sentimentos e que acabou desembocando neste texto. Ao chegar ao escritório, na manhã posterior ao pesadelo, tentei, pela enésima vez, conversar sobre a ditadura com um conhecido já idoso que a viveu como vítima. E, mais uma vez, ele se negou a falar do assunto.

Apesar de lhe explicar que precisava escrever para agravar elementos que estão ironizando e até comemorando o sofrimento a que, como Dilma, fora submetido um dia, respondeu, apenas, que não queria saber de nada porque, à diferença de muitos dos que passaram o que passou, não pretendia se deixar torturar de novo.

Diante de tal argumento, não havia o que dizer. Quedou-me a alternativa de encerrar respeitosamente a conversa com um lacônico “entendo…”.

Sobreveio, assim, reflexão sobre o grau de sofrimento que a relativização, a ironia ou até a comemoração do sofrimento das vítimas da ditadura deveria provocar nas que sobreviveram. Se eu, que não estive entre as vítimas, tenho pesadelos após ler sobre o que era praticado contra belas meninas idealistas, contra idosos, religiosos, estudantes e, sobretudo, contra pessoas que nada mais fizeram além de discordar do regime de exceção, imaginei o que estaria se passando na alma de quem foi vitimado.

Nesse aspecto, lembrei-me de evento de que participei na semana passada. Estive em audiência pública na Assembléia Legislativa de São Paulo em que o Secretário Nacional de Justiça, Paulo Abrão, proferiu aula magna sobre o período autoritário que se abateu sobre este país e sobre as providências que o Estado brasileiro está tomando para ressarcir, moral e materialmente, as vítimas do… Estado brasileiro.

A mesa de palestrantes de que o doutor Paulo participou contou, por exemplo, com vítimas da ditadura como Ivan Seixas, hoje presidente do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana), que, aos 16 anos, viu o pai ser trucidado pela ditadura, tendo chegado a ler a notícia de sua morte em jornal coligado ao Grupo Folha antes mesmo de ele ser assassinado.

Durante a audiência a platéia também pôde se manifestar. Eu mesmo fiz ao doutor Paulo uma questão sobre o comportamento da mídia em relação ao período autoritário. Mas isso não importa, agora. Foi Rose Nogueira, presidente da Organização Tortura Nunca Mais, que emocionou a todos. Ela deixou ver um fato que não chega a ser surpreendente, mas que exaspera.

Rose não falou do período de exceção ou do que fazer no futuro não só para indenizar ou reparar os crimes do Estado naquele período da história, mas para impedir que algo similar àquele horror volte a ocorrer. Ela, simplesmente, leu uma poesia. Como um lenitivo à própria alma que a cada dia, a cada noite, revive aqueles momentos – muitos deles intermináveis, que duraram anos -, Rose declamou.

Antes de escrever este texto, consegui visualizar seu olhar do alto daquela tribuna naquela Casa Legislativa. Imaginei-a lendo os comentários desumanos sobre a tortura da companheira Dilma e suportando as mentiras que a imprensa que ajudou a torturá-la ainda difunde e, de repente, o termo Comissão da Verdade fez todo sentido.

A ditadura ainda tortura Roses, Dilmas e Ivans. Daquele passado remoto, coloca-lhas as almas no pau-de-arara a cada vez que seus descendentes mentem descarada e impiedosamente, como quando pretendem criar “dois lados” que teriam cometido crimes de lesa-humanidade naquele período, quando o que houve de erros praticados pelo lado dos que resistiram ao regime ilegal que estuprou a vontade democrática dos brasileiros restringiu-se a casos isolados.

No último domingo, por exemplo, a concessão ilegal de espaço na tevê pública de São Paulo que o governo do Estado deu a um daqueles jornais que colaboraram com a ditadura, a Folha de São Paulo, torturou os sobreviventes da ditadura e amigos e familiares deles ou dos que não resistiram. A tal “TV Folha” apresentou matéria sobre supostos crimes praticados pela resistência à ditadura.

De fato, em algum momento ocorreram alguns poucos casos em que a resistência à ditadura militar matou quem colaborou com a ditadura ou integrou um regime de exceção que tanto aprisionava o Brasil que o impedia de escolher seu governo nas urnas. Todavia, o homem são entende que se o Estado desencadeia uma era de horror em que belas meninas de 19 anos são torturadas, desfiguradas, estupradas e até assassinadas, evidentemente que alguém pode perder a cabeça.

Contudo, a conta que a matéria da “TV Folha” apresentou dá bem a dimensão de como os excessos da resistência à ditadura foram isolados: o jornal buscou, buscou, mas só encontrou 4 (quatro!) casos, enquanto que, entre mortos e desaparecidos formais do lado que resistiu à ditadura, as baixas chegam às centenas, sem falar dos muitos torturados, perseguidos e encarcerados sem justa causa que sobreviveram para contar a história, tais como Dilma, Rose ou Ivan.


Fonte: Vermelho