quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Reforma Curricular: Eis aí um Novo Internato!

A reforma do internato vem com um propósito muito bom de mudança. Dentre as quais destacam a ocupação estudantil em novos serviços e a utilização dos serviços duas vezes durante o internato. Todavia, a reforma não respeitou o período de férias.
Antes o internato era organizado da seguinte maneira, você cumpria três meses de Gineco-obstetrícia (GO), Pediatria, Clínica, Cirurgia, Medicina Preventiva, Emergência e Opcional. Atualmente você cumpre GO, Pediatria, MedPrev, Clínica, Cirurgia e Emergência durante o primeiro ano com o período de dois meses, já no segundo mês você cumpre GO, Pediatria, MedPrev, Clínica, Cirurgia e Opcional, todos com um período de dois meses, menos MedPrev e Opcional que é um mês (obs: o Opcional só existirá até a turma 91, a partir da turma 92 haverá um acréscimo de um mês em MedPrev). A reforma vinha sido discutida e planejada desde 2009 com o propósito de iniciar no ano de 2011, mas por causa da eleição de diretor no ano passado, ela foi revogada para iniciar no ano de 2012. Essa discussão vinha sendo feita através de uma Comissão de Internato (ComInt) composta por um representante do DA, um professor de cada área(GO, Pediatria etc), coord. de Internato, coord. De curso e coord. De graduação, todos com direito a um voto apenas, ou seja, totalmente desproporcional o n° de votos. Enquanto somos 900 com direito a um voto, os professores são 150 com direito a três votos de coordenadores mais cinco votos de professores de cada área obrigatória.
Novos hospitais vêm sendo construídos com o intuito da melhoria populacional e a saúde está acompanhando um momento nunca visto antes em nosso Estado. No entanto, a FCM não vinha participando do processo de desenvolvimento social através da ocupação desses novos hospitais. A reforma pode garantir para nossa instituição uma participação mais efetiva nesse processo de desenvolvimento. Ocupar os espaços que são do povo com o intuito de melhorar sua saúde, tanto no âmbito social como físico garante ao estudante uma nova forma de desenvolver seus conhecimentos, visto que a prática garante uma sensibilidade experimental. Apesar disso, devemos ter a noção da existência e dos limites impostos pelas Organizações de Saúde (OS) dentro desses hospitais e também de nossas cobranças como estudantes.
No currículo antigo, o estudante só passaria uma vez de sua área no internato. Essa nova mudança propôs ao estudante que ele passe durante duas vezes pela mesma área, mas em serviços diferentes. Durante o primeiro ano o estudante passa a ter a experiência inicial daquele serviço, garantindo uma forma adequada de aprendizagem, já no segundo ano ele pode fortalecer seus conhecimentos através de uma nova passagem, o que ocasionaria um novo impacto para seu aprendizado. A aprendizagem torna-se mais eficaz por um aumento e uma melhor distribuição do tempo e espaço durante o internato.
No entanto, as férias não existirão diante dessa reforma. Abrir mão de um mês pode não parecer problema para alguns, mas para outros parecem um grande problema, já que muitos passam a visitar suas famílias durante esse período. Férias é obrigatório para qualquer um. A CLT define férias como um período de descanso para cada trabalhador recuperar sua energia. Já para o estudante, férias é mais do que isso. É planejar o futuro e é gastar sua energia com outras coisas, como p. ex, participar de congressos, de pesquisas ou extensão. O estudante não faz parte de nenhuma classe social (baixa, alta etc), simplesmente o que os diferencia é o “bolso do pai”, a classe onde o estudante é colocado é a intelectual. Entender que os estudantes precisam de férias é respeitá-los como cidadãos e levá-los a um novo estímulo para a produção de conhecimento, melhorando o sistema social vigente no Brasil.
                    William silva vieira

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Seminário debate questões de acessibilidade na comunidade de países de língua portuguesa

Brasília – Com objetivo de estabelecer uma agenda para cooperação e divulgação dos direitos humanos das pessoas com deficiência na comunidade de países de língua portuguesa, foi aberto hoje (25) o seminário Direitos Humanos dos Deficientes na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Participam do evento representantes de Portugal, Cabo Verde, São Tomé e da Guiné-Bissau.

Além de reuniões para apresentação de projetos que promovam a melhoria da acessibilidade, o seminário também mostrará trabalhos e painéis com assuntos relacionados aos direitos das pessoas com deficiência e experiências adotadas nos países da comunidade que contribuíram e incentivaram as ações de acessibilidade.

Participaram dos debates de hoje os professores da Universidade de Brasília (UnB) que estão envolvidos em uma pesquisa interdisciplinar que envolve pessoas com deficiência visual. O projeto consiste no aperfeiçoamento da audiodescrição, que tem a finalidade de traduzir imagens em palavras. "Pensamos nesse projeto como uma forma de levar cultura para aqueles que não podem contemplá-la visualmente", disse a professora Soraia Alves.

Ela explicou que os produtos culturais, filmes, teatro, musicais, espetáculos de dança, são os objetos de estudo da pesquisa por se tratar de materiais maleáveis. "A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) está exigindo a aplicação de suas normas para os materiais áudiodescritivos, e isso dificulta o trabalho. Com cultura, temos maior liberdade por se tratar de uma obra já finalizada e comercializada. Cabe aos autores desses objetos interferirem ou não", disse.

Para o professor de fisioterapia, Emerson Martins, são necessárias políticas públicas incisivas para o apoio a audiodescrição e quaisquer outras ações que visam à acessibilidade. "É algo que exige reforço financeiro e logístico e, sem ajuda, não conseguiremos progresso nesta área".

Promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e a Universidade Luso-Afro-Brasileira, o seminário, que termina na próxima quinta-feira (27), apresentará um documento, com propostas feitas pelos países, que servirá de base para a construção de um projeto único para as questões de acessibilidade.

fonte: Agencia Brasil

Erradicação do trabalho escravo esbarra no Legislativo e no Judiciário, diz Conatrae

Brasília – A falta de sensibilização do Congresso Nacional e do Poder Judiciário são os maiores entraves para a erradicação do trabalho escravo no país, segundo o coordenador da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), José Guerra. A Proposta de Emenda à Constituição 438/01, conhecida como PEC do Trabalho Escravo, está tramitando há dez anos na Câmara dos Deputados.

Para ele, é necessário que os trabalhadores que estavam nessa condição sejam capacitados e inseridos novamente no mercado de trabalho. “As punições criminais ainda são poucas, por isso, temos de evoluir nisso. Também é preciso ter maior troca de experiências entre os estados e maior de re-inserção dos trabalhadores que viviam como escravos”, disse à Agência Brasil.

De acordo com Guerra, os empregadores devem ser punidos penal e economicamente. Atualmente, uma lista do Ministério do Trabalho, conhecida como lista suja do trabalho, detalha os empregadores que submeteram trabalhadores à condição análoga a de escravo. “Há uma lei que proíbe que empresas participem de licitações. É preciso fazer isso para prevenir e erradicar o trabalho escravo”.

O coordenador da Conatrae está participando hoje (25) do 1º Encontro Nacional das Comissões Estaduais pela Erradicação do Trabalho Escravo (Coetraes), em Cuiabá. O evento tem como objetivo analisar a atual conjuntura nacional, apresentar as comissões estaduais e suas metodologias para erradicação do trabalho escravo, além de apresentar boas práticas e experiências.

“O encontro é uma experiência nova. Pela primeira vez reunimos todas as comissões estaduais para trocar experiências. Há uma união entre as comissões e as pessoas que estão na mesma luta”, destacou.

Atualmente, há apenas oito comissões estaduais específicas para tratar do tema. Até o fim deste ano, outras duas devem ser instaladas. Segundo Guerra, a criação de comissões envolve organização da sociedade e órgãos do Estado. “O tema é controverso e assumir a existência desse fenômeno nem sempre é fácil para os estados”.
fonte: Agencia Brasil

Lei Rouanet visa a estimular, preservar e ampliar produção cultural no país

Desde 1991, a produção cultural no Brasil ganhou um apoio fixo. É a Lei Federal de Incentivo à Cultura (Nº 8.313), conhecida como Lei Rouanet, por causa do então ministro da Cultura Sérgio Paulo Rouanet. O objetivo da lei é promover, proteger e valorizar as expressões culturais nacionais por meio de incentivos fiscais.

A ideia, com a lei, é assegurar e conservar o patrimônio histórico e artístico no país por meio do estímulo à difusão da cultura brasileira e da diversidade regional e etnocultural. Na prática, assegura benefícios às empresas e pessoas que aplicarem uma parte do Imposto de Renda (IR) em ações culturais.

A Lei Rouanet foi o instrumento encontrado pelo governo para ampliar os investimentos na área cultural no país. Porém, há críticas do uso da lei para promoção de empresas e indivíduos. Pela legislação, aquele que investir em cultura poderá ter o total ou parte do valor aplicado deduzido do imposto devido. Para empresas, a dedução pode chegar a 4% , enquanto para as pessoas físicas o limite é até 6% do imposto devido.

A lei de incentivos fiscais engloba toda a produção, a distribuição e o acesso aos produtos culturais, incluindo aprodução de CDs e DVDs, espetáculos musicais, teatrais, de dança, filmes e obras de audiovisual, exposições e livros nas áreas de ciências humanas, artes, imprensa, revistas, cursos e oficinas culturais.

Todas as informações sobre a Lei Rouanet e os procedimentos para ter acesso aos benefícios fiscais estão na página oficial do Ministério da Cultura na internet.

fonte: Agência Brasil

Movimento Armorial – 40 anos

Foi uma iniciativa caracterizada pela originalidade, uma síntese de valores populares a denominada Arte Armorial Brasileira, inspirada pelo romancista e dramaturgo Ariano Suassuna, que veio a público em 18 de outubro de 1970, com uma exposição de artes plásticas e um concerto no Pátio de São Pedro, no centro do Recife.

O objetivo principal era a valorização da cultura popular do Nordeste,  com vistas a uma arte brasileira erudita a partir das raízes populares da cultura do País. “Sendo armorial o conjunto de insígnias, brasões, estandartes e bandeiras de um povo, a heráldica é uma arte muito mais popular do qualquer coisa”.

Assim, o nome adotado significou o desejo de ligação com essas heráldicas (arte ou ciência dos brasões) raízes culturais brasileiras. O Movimento nasceu abrangente, interessado pela pintura, música, literatura, cerâmica, dança, escultura, tapeçaria, teatro, gravura e cinema.

Foi um momento de afirmação nacional opondo-se à penetração estrangeira e à cultura de massa. A Arte Armorial Brasileira, conforme afirmou o escritor Ariano Suassuna, possui um traço principal de ligação com o espírito mágico dos “folhetos” do Romanceiro Popular (a Literatura de Cordel), com a música de viola, rabeca ou pífano que acompanham seus “cantares”, e com a xilogravura que ilustra suas capas, assim com o espírito e a forma das Artes e espetáculos populares (Jornal da Semana – Recife - 20 de maio de 1975).

A importância dos folhetos do romanceiro popular nordestino, a denominada literatura de cordel explica-se porque eles são a fonte de uma arte e uma literatura que expressa as aspirações e o espírito do povo brasileiro, reunindo, ainda, três formas de arte: as narrativas de sua poesia, a xilogravura constante de suas capas e a música, por intermédio dos cantos dos seus versos, acompanhada por rabeca ou viola, no dizer de Lúcia Gaspar, bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco.  

Outros elementos compõem o Movimento Armorial, a exemplo dos espetáculos populares do Nordeste, encenados ao ar livre, com personagens míticas, cantos, roupagens principescas costuradas a partir de farrapos, músicas, animais misteriosos como o boi e o cavalo-marinho do bumba-meu-boi. O mamulengo ou o teatro de bonecos também são fonte de sua inspiração.

Grupos como o Balé Armorial do Nordeste, a Orquestra Armorial de Câmara, a Orquestra Romançal e o
Quinteto Armorial e inúmeros intelectuais, pintores, ceramistas, gravadores completam esse amplo mosaico imaginado e posto em prática por Ariano Suassuna, detentor de uma visão da verdadeira nação que somos todos nós brasileiros.

fonte: FolhaPE

ENEM: Ferramenta Avaliativa.

Neste último domingo milhões de estudantes foram fazer o Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM). O ENEM tem representado uma ferramenta importante de comparações entre as escolas públicas e privadas. Além de fornecer um meio rápido de entrada na Universidade.

Como avaliador das escolas, o ENEM tem se tornado principal fonte estratégica de correção de falhas escolares para o Estado, principalmente as públicas. Estados com mais deficiências sociais são os que mais apresentam notas baixas no exame, constituindo os principais lócus de investimento educacional. Mas isso pode mostrar erro ao passo que as escolas fazem aulas extras com a intenção de melhorar as notas.

Muitos querem ingressar logo cedo no mercado de trabalho. O ENEM vem se tornando referencia entre os vestibulares com a praticidade de suas provas, onde seus quesitos cobram situações do dia-dia. Além disso, a unificação dos vestibulares de algumas universidades federais pelo ENEM somado ao PROUNI torna-o mais concorrido com o passar dos tempos. No entanto, fraudes nas suas provas têm se tornado rotina.

Diante disso, O ENEM mostra ser uma ferramenta mais ou menos adequada. As pessoas têm que ter reconhecer no exame uma forma de se avaliar, e não de se aprovar, constituindo as principais razões das fraudes. Já as deficiências educacionais não localizadas, mas previstas, cabe a direção da escola e ao Estado fiscalizar o desempenho de seus alunos diante de uma prova avaliativa.

             William silva vieira

Assembléia Legislativa Homenageia os Vinte anos da UPE.

Clique na imagem para vê-la em seu tamanho originalHá duas décadas, a Universidade de Pernambuco (UPE) forma profissionais em diversas áreas do conhecimento. A instituição ganhou homenagem especial no Legislativo, a partir da proposta apresentada pela deputada Teresa Leitão (PT).

"Ciente da importância de estender o Ensino Superior ao Interior, a universidade está presente em vários municípios como Garanhuns, Nazaré da Mata, Salgueiro e Petrolina", lembrou a deputada Isabel Cristina (PT), ao conduzir a abertura do evento. Em breve, Serra Talhada e Palmares serão as mais novas localidades a sediar campi da UPE. A instituição oferece 44 cursos de Graduação e mais de 115 Pós-Graduações. Além disso, 15 polos de ensino a distância ajudam a evitar que o estudante se desloque do Interior à Capital. Jovens da cidade paraibana de Campina Grande e do Arquipélago de Fernando de Noronha também são contemplados. Em 2009, o governador Eduardo Campos (PSB) decretou gratuidade para a Graduação. Este ano, a isenção foi estendida à Pós-Graduação e ao Programa Especial de Graduação em Pedagogia (Progrape). A UPE teve origem com a Fundação de Ensino Superior de Pernambuco (Fesp). Educadora, a deputada Teresa Leitão lembrou momentos da vida profissional ligados à unidade de ensino. Lá, participou da implantação da Escola do Recife, cursou Especialização em Magistério de 2º grau e, na condição de deputada, compôs o Conselho Social da UPE, representando o Poder Legislativo. "Essas passagens me ajudaram a formar um conceito respeitoso em relação à trajetória, missão e desafios que a UPE se dispõe a enfrentar. Parabéns", enfatizou Teresa. O reitor Carlos Calado comentou o compromisso com o desenvolvimento. "Somos gratos a todos que contribuíram para a UPE chegar ao atual estágio. A homenagem da Assembleia só aumenta nossa responsabilidade", enfatizou, agradecido.
fonte: Assembléia Legislativa de Pernambuco.

Médicos do SUS fazem protesto por melhores salários em 18 estados.

Brasília - Em protesto contra os baixos salários e por melhores condições de trabalho, os médicos vão deixar de atender hoje (25) serviços marcados no Sistema Único de Saúde (SUS) em 18 estados – Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia e Sergipe. A paralisação vai durar 24 horas.

No Piauí, a suspensão vai valer três dias. Em Santa Catarina e São Paulo, algumas unidades de saúde devem parar o atendimento por algumas horas. No Distrito Federal, em Mato Grosso do Sul, no Paraná, Rio de Janeiro, Tocantins e em Roraima, estão previstas apenas manifestações e atos públicos.

O movimento nacional é liderado pela Associação Médica Brasileira (AMB), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Dos 195 mil médicos que trabalham no SUS, a estimativa é que 100 mil deixem de atender.

Os médicos reivindicam mais financiamento para a saúde pública, reajuste salarial e melhores condições de trabalho, como aumento no número de leitos nos hospitais.

Para o vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, os salários defasados têm desestimulado os profissionais a ingressar na rede pública. As entidades médicas calculam que o salário médio pago a um médico do SUS é de R$ 1,9 mil por 20 horas de trabalho semanais. A categoria estipula um piso de R$ 9,6 mil.

Os médicos defendem também, pelo menos, dobrar o montante de dinheiro destinado pelos governos federal, estaduais e municipais ao sistema público de saúde.

As entidades são contrárias ao projeto de regulamentação da Emenda 29, aprovado pela Câmara dos Deputados, que define percentuais mínimos de repasse à saúde pela União, pelos estados e municípios.

O projeto obriga, por exemplo, a União a repassar à saúde pública valor equivalente ao previsto no Orçamento do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) daquele ano. No entanto, os médicos defendem o texto original de regulamentação, que destinava 10% das receitas correntes brutas da União para as ações de saúde, um acréscimo de aproximadamente R$ 31 bilhões ao orçamento anual da pasta.

“O projeto da Câmara não acrescenta nenhum centavo para a saúde”, disse Tibiriçá à Agência Brasil. O projeto tramita agora no Senado.

A categoria queixa-se ainda da falta de leitos nos hospitais. De acordo com a organização do movimento, 20 estados têm número de unidades de terapia intensiva (UTIs) inferior à média nacional, que é de 1,3 leito por 10 mil habitantes.

Nos estados onde haverá paralisação, serão suspensos os exames, as consultas, as cirurgias e outros procedimentos agendados com antecedência. Os médicos garantem a manutenção do atendimento de urgência e emergência aos pacientes. “Estamos fazendo [o movimento] com toda a responsabilidade. É um compromisso com a saúde do povo brasileiro”, disse o presidente da Fenam, Cid Carvalhaes.

fonte: Agência Brasil

25 de Outubro: Dia da Democracia,O Que É Isso?

Democracia ("demo+kratos") é um regime de governo em que o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual. Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico.

As Democracias podem ser divididas em diferentes tipos, baseado em um número de distinções. A distinção mais importante acontece entre democracia direta (algumas vezes chamada "democracia pura"), onde o povo expressa a sua vontade por voto direto em cada assunto particular, e a democracia representativa (algumas vezes chamada "democracia indireta"), onde o povo expressa sua vontade através da eleição de representantes que tomam decisões em nome daqueles que os elegeram.

Num processo de Abertura Democrática tem que haver uma divulgação daquilo que está acontecendo. Para isso é necessário contar com a mídia. No entanto, pela defesa de interesses privados, a mídia vem tomando um caminho antidemocrático.

A Wikileaks é um dos símbolos de Democracia no mundo. Sua importância pode ser percebida pelas transparências de informações que ela divulgava. Não é a toa que já o chamavam de uma nova forma de fazer notícias. No entanto, a Wikileaks vem apresentando um déficit financeiro perdendo assim um grande parceiro por uma democracia adequada. Segundo ela, o Bank of America, Visa, MasterCard, PayPal e Western Union dificultaram seu acesso a fontes de financiamento o que se chamou de “bloqueio arbitrário e ilegal” onde destruiu 95% de sua receita custando bilhões de euros pela perda de doações durante um período de 11 meses.
Reconhecendo que nossa Democracia está pautada apenas no voto, a reforma política visa fortalecê-la através da participação popular. Também caberá na reforma, a defesa pela diminuição da desigualdade social, onde os partidos têm que ter 30% de seus candidatos constituídos por negros, homossexuais etc. Caberá ao Estado o financiamento de seus candidatos, o que proporcionará igualdade de campanha.
Mas uma dúvida fica, Será que a reforma irá garantir uma Democracia mais consistente, baseada na participação popular? Será que os candidatos defendendo interesses privados, irão apoiar essa reforma? Essas e outras perguntas ainda não poderão ser respondidas agora, mas poderão ser previstas.
                 
                            William silva vieira

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Democratização da Líbia: Uma Revolução Popular?

Nestes últimos 6 meses, vimos as grandes lutas do povo líbio pela instalação de uma nova democracia. Um vídeo mostra como foi a trágica morte do ditador Muamar Kadafi. Após 2 meses de tomar o poder a população ainda não se conformava com as atitudes do ditador.
Veja abaixo a tortura de Kadafi, antes da morte:


No ano de 1969 o governo de Idris I passava por uma crise de impopularidade, pois grandes quantidades de petróleo líbio estavam sendo utilizadas pelos Estados Unidos, sem qualquer compensação à Líbia. Admirador do líder egípcio e nacionalista árabe Gamal Abdel Nasser, Muammar al-Gadhafi, aos 27 anos de idade, foi naquele membro das tropas revolucionárias que tomaram o governo do país, no dia 1º de setembro de 1969, tendo como líder Mahmud Sulayman al-Maghribi. Coronéis do exército líbio invadiram Trípoli e obrigaram Idris a renunciar. Logo após o golpe de estado, Al Magrabbi sai de cena e Qadhafi, como líder da revolução líbia, com a patente de coronel, toma o poder, substituindo o príncipe regente Ridah e o rei ausente (licenciado para fins médicos na Grécia e no Egito), Ídris I, tio de Ridah.

Durante seu governo tentou desafiar interesses norteamericanos, o que fez  ganhar a fama de “cachorro doido”. O ditador tentou instaurar uma república popular, onde a participação da mulher se fez importante. Em seu Livro Verde, lançado na década de 1970, Gaddafi expôs sua filosofia política, apresentando uma alternativa nacional ao socialismo e ao capitalismo, combinada com aspectos do islamismo. Em 1977 criou "Grande Jamahiriya Árabe Líbia Popular e Socialista", o conceito de Jamahiriya que quer dizer república ou "Estado das massas", em que o poder é exercido através de milhares de "comitês populares”. Sua proteção é dada pela Guarda Amazônica líbia, pequeno corpo de segurança feminino supostamente virgens e de 30 a 40 unidades com direito aos aposentos do ditador, responsável pela proteção direta à vida e à integridade física do presidente da Líbia, Muammar al-Khadaffi.

Com a mudança de atitude do ditador abrindo mãos para os interesses norteamericanos, as insatisfações populares começaram a ocorrer e várias manifestações surgiram pela tomada do poder. Movimentos estes com a cara da juventude por uma unidade nacional. O apoio de alguns países foram importantes para a democratização da Líbia, com por ex os EUA.

Diante das  melhorias esperadas na Líbia, estão a unificação das 140 tribos existentes, além da boa relação com os grandes países capitalistas. Mas o que se espera dessa nova “democracia” é a participação da população nos espaços políticos sem as influências religiosas. Nós sabemos que a principal incógnita é saber se os interesses privilegiados foram os da população ou os dos norteamericanos, pelo aumento de suas influências no petróleo líbio. 

           William silva vieira.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Investimentos Crescem Em Pesquisa.

CNI vai investir R$ 1,5 bilhão e abrir 34 centros de pesquisa até 2014

São Paulo – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai investir R$ 1,5 bilhão na construção de 34 centros de pesquisa em todo o país. O investimento foi divulgado hoje (17) pelo presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, e pretende auxiliar a inovação em empresas brasileiras.

A CNI mantém 89 centros de pesquisa. Com a abertura dos novos centros, a entidade passará a ser responsável por 123 laboratórios até 2014.

De acordo com Andrade, os novos laboratórios serão distribuídos em todas as regiões do país e deverão atender a demandas locais. No Sul, por exemplo, a CNI pretende abrir um laboratório voltado a pesquisas de materiais óticos, de alta precisão.

Andrade disse ainda que espera que os centros de pesquisa da CNI recebam apoio do governo federal, por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). A nova estatal deve investir verbas públicas no desenvolvimento de produtos e tecnologias.

Inicialmente, a Embrapii vai apoiar três centros de pesquisas: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo; o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro; e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), na Bahia. Até 2014, a CNI espera que seus laboratórios também recebam investimentos da Embrapii.

Ministério formaliza criação da Embrapii nesta semana, diz secretário executivo


São Paulo – O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Rodrigues Elias, disse hoje (17) que o governo vai formalizar, nesta semana, a criação da nova empresa pública destinada ao incentivo à inovação. A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) terá como objetivo auxiliar companhias nacionais a desenvolver produtos e tecnologias que aumentem sua competitividade no mercado mundial.

Elias discutiu detalhes sobre o projeto da Embrapii nesta segunda-feira, em reunião com empresários na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo. Após a reunião, ele disse a jornalistas que a criação da empresa será concretizada até sexta-feira. “O termo de referência [que cria a empresa] será assinado nesta semana”, afirmou ele.

Com isso, a Embrapii entrará em sua fase de projeto piloto. Por três anos, três laboratórios nacionais receberão verbas da empresa para fazer pesquisas direcionadas aos interesses da indústria. As três instituições que vão participar desta fase do projeto são: Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo; o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de Janeiro; e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia (Cimatec), da Bahia.

Para fazer essas pesquisas, esses três laboratórios vão receber, nos próximos dois anos, até R$ 90 milhões do governo federal. Esse montante será cerca de um terço do orçamento da Embrapii. Empresas beneficiadas pelas pesquisas feitas nos laboratórios credenciados da Embrapii e os próprios laboratórios devem arcar com os dois terços restantes dos gastos.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a indústria está preparada e esperando a criação da Embrapii para investir no projeto. Ele disse que a Embrapii será importante porque nasce para apoiar justamente os investimentos em inovação que mais necessitam de apoio: os pré-competitivos.

Esse tipo de investimento, explicou Andrade, é aquele em que a industria faz na tentativa de desenvolver um novo produto ou forma de produção. Segundo ele, os investimentos da fase pré-competitiva são de alto risco. Por isso, sem apoio, as empresas acabam não investindo e ficando para trás de suas concorrentes de outras partes do mundo.

“Nos Estados Unidos, por exemplo, os investimentos pré-competitivos são 100% financiados pelo governo. Já no Brasil, são 100% pagos pelas empresas”, comparou Andrade. “A Embrapii deve causar uma mudança neste cenário”, disse ele.

fonte: Ag Brasil

Dia do Médico: profissionais pedem mais leitos de UTI em hospitais públicos

Brasília – No dia em que se comemora o Dia do Médico, profissionais de saúde cobraram hoje (18) a ampliação do número de leitos disponibilizados em unidades de terapia intensiva (UTI) de hospitais filiados ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, a coordenadora-geral de Atenção Hospitalar do Ministério da Saúde, Ana Paula Cavalcante, admitiu que a pasta registra déficit de leitos em quase todos os estados.

Segundo ela, a definição utilizada pelo ministério atualmente – de destinar 4% do total de leitos para urgências e emergências – representa o “cálculo mínimo” do que é necessário para o funcionamento de uma UTI.

Para o representante do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz Ribeiro, uma das “faces mais perversas” da crise que atinge o SUS trata exatamente do atendimento na urgência e emergência e, portanto, se reflete nos pacientes que mais precisam do suporte do Estado.

“Pacientes graves, hoje, estão ficando nas salas de atendimento das emergências, entubados”, alertou. “Estamos aceitando isso como uma coisa normal. Esses pacientes morrem a granel. Essas salas não são leitos de UTI, estão muito longe disso”, completou.

Para Ribeiro, além de mais leitos, o país precisa de capacitação para os profissionais que atendem nas urgências e emergências. De acordo com o representante da Associação Médica Brasileira, Fernando Dias, dos 20 mil médicos que trabalham em UTI atualmente, apenas 4 mil são especializados nesse tipo de atendimento.

“Para se tornar especialista, são necessários dois anos em clínica médica e mais dois em terapia intensiva”, explicou. “Levar especialistas para áreas mais distantes tem um custo. É preciso suporte e implementação de políticas públicas”, completou.

O representante da Associação de Medicina Intensivista Brasileira, Ederlon Rezende Alves, avaliou que há um consenso entre médicos brasileiros em relação à escassez de leitos no SUS, mas lembrou que foram feitos progressos nos últimos seis anos. Segundo ele, nesse período o número de leitos foi pelo menos duplicado.

“Bastante foi feito, entretanto muito ainda precisa ser feito”, ressaltou. “A questão, neste momento, não é apenas abrir novos leitos. É preciso estimular e formar profissionais habilitados para cuidar desses pacientes”, concluiu

fonte: Agência Brasil

Dilma sobre Orlando: "nós presumimos a inocência do ministro"

Pouco depois de chegar à capital administrativa da África do Sul, Pretória, a presidente Dilma Rousseff declarou que, "ao contrário de muita gente por aí, temos um princípio democrático e civilizatório: nós presumimos a inocência, inclusive a do ministro, que tem se manifestado muito indignado com as acusações feitas contra ele". 




A pedido do ministro Orlando, o Ministério da Justiça vai determinar à Polícia Federal que abra um inquérito para investigar as denúncias de pagamento de propina no Ministério do Esporte.

fonte: Vermelho

Ato pela Democratização da Comunicação repudia Veja

Nesta terça (18) movimentos no Rio e São Paulo realizam atividades pela Semana do Dia Mundial da Democratização da Comunicação. Em São Paulo, o ponto alto será o repúdio a recentes reportagens escandalosas de Veja, como a que denunciou o Ministro do Esporte, Orlando Silva. No Rio, a maior expectativa é pela “faxina” da Globo, nesta quarta (19).


A faxina da emissora de TV representa o descontentamento popular com a leviandade dos veículos de massa.

Leia também:
José de Abreu: Civita quer derrubar governo Dilma

No ato da avenida Paulista, em São Paulo, os manifestantes farão um novo Tuitaço #SouOrlandoSouBrasil, em solidariedade ao ministro – mais recente vitima da Veja – e em defesa de princípios éticos e leis para a prática do jornalismo. “A mídia sem regulamentação altera a realidade, mostra apenas uma parte da história e faz o leitor acreditar no que não existe”, alegam os organizadores do ato.



Na capital fluminense, a “Fale Rio”, Frente Ampla pela Liberdade de Expressão e pelo Direito à Comunicação - Estadual do Rio de Janeiro, organizou uma agenda intensa de atividades na semana. A Frente congrega mais de 80 entidades da sociedade civil não empresarial: centrais sindicais, sindicatos, partidos, movimentos sociais, ong's, institutos, associações, entidades acadêmicas, rádios e tv's comunitárias, rádios públicas, além de ativistas e militantes de luta pela democratização da comunicação no Estado.

No dia 18 de outubro, Dia Mundial pela Democratização da Comunicação, haverá o lançamento simbólico da 'Plataforma por um novo Marco Regulatório das Comunicações no Brasil, , às 16 horas, no Buraco do Lume (Rua S. José),. Este evento também ocorrerá em outras capitais e no Distrito Federal nesta terça..

Será um ato político-lúdico-cultural, com música, dança, teatro, poesia e algumas falas políticas. Já na quarta (19), às 13 horas, haverá a 'faxina' na porta da TV Globo, na rua Von Martius. Iniciativa dos estudantes, que a Fale Rio decidiu apoiar.

fonte: Vermelho

Encontro Pedagógico FCM-UPE 2011.

Dia 18 de outubro de 2011 foi realizado o Encontro Pedagógico da FCM. Esta data comemora o dia de nossa profissão, o dia do médico. No entanto, o Encontro Pedagógico foi tomado por uma pequena quantidade de estudantes totalizando 15 e uma imensidão de professores, 41.  NUNCA UM ENCONTRO PEDAGÓGICO FOI TÃO POUCO DIVULGADO COMO ESTE.
Encontros Pedagógicos anteriores sempre discutiram problemas por sala da FCM e levados ao público onde cada um daria opiniões de melhorias, atualmente esse método foi perdido. Esse ano querendo inovar, a direção optou por separar os temas. Alguns deles mal compreendidos pelos professores.
Outra barreira ao estudante, ser colocado num dia onde acontecia a Semana Universitária. A Semana Universitária é um espaço onde muitos aproveitam para rever a família, viajar ou até mesmo atualizar o assunto, onde a principal função é trazer para o estudante um espaço de convivência cultural e científica.

O que mais me indignou foi saber que o DA não tinha informado ao estudante sobre o Encontro Acadêmico. Segundo o presidente, ele teria entrado em uma desavença com a direção, aí resolveu não informar aos estudantes sobre o encontro.
1º Não é função do DA selecionar quem vai ou quem não vai.
2º Colocar problemas pessoais num interesse coletivo são praticas “mesquinhas”.
3º O DA estaria jogando o estudante contra a direção com essas práticas.

Fazer movimento estudantil não é só está no posto de presidente, e sim, considerar que a participação individual por uma luta coletiva é mais importante do que tal cargo. Mas não venho aqui só falar mal. Confesso que as colocações do prof° Rivaldo, Fernando Gusmão e Otávio foram boas. Além da presença da conselheira municipal de saúde, mostrando que a FCM não é só dos professores, alunos e servidores, mas também é da comunidade que está presente em nosso cotidiano, na nossa luta.

          William silva vieira, 8º período FCM-UPE (Campus Santo Amaro)

domingo, 16 de outubro de 2011

Estatuto Da Juventude: Mais Um Passo Para O Desenvolvimento Do Brasil.

Confira o artigo do presidente do Conselho Nacional da Juventude sobre o Estatuto da Juventude
O dia 6 de outubro de 2011 marcará as atuais e futuras gerações. A aprovação do Estatuto da Juventude na Câmara dos Deputados é sem dúvida a maior conquista do Século para a juventue e um marco na história brasileira.

A primeira conquista aconteceu na constituição de 1988, com a aprovação do voto facultativo de jovens entre 16 e 17 anos.

No ano de 2010, ano marcado pelo maior número absoluto de jovens, aconteceu a inclusão do termo juventude na constituição brasileira, a chamada PEC da Juventude, que indicou a necessidade de aprovação de Marcos Legais no país: o Estatuto da Juventude e o Plano Nacional de Juventude.

O Estatuto é fundamental pois define quais são os direitos específicos desse período da vida, marcado pela faixa etária de 15 a 29 anos, que hoje é composta por cerca de 50 milhões de brasileiros.

É um marco para constituir uma nova compreensão sobre o que é ser jovem, período que carregou estereótipos negativos, visto como problema ou mera fase de transição da infância para a vida adulta.
Chegou a hora da sociedade e do Estado reconhecerem os jovens como portadores de direitos específicos, capazes de participar do projeto de país.

O Conselho Nacional de Juventude, criado em 2005, foi protagonista da construção e pressão para a votação do projeto e contribuiu para qualificar a peça, por exemplo, com a inclusão dos temas: do direito a comunicação e liberdade de expressão, à cidade e a mobilidade, à segurança pública e a necessidade de implementação da Agenda Nacional de Trabalho Decente para a juventude. O PL também assegura o direito a diversidade e pluralidade, à cidadania, à participação social e garantia do desenvolvimento integral com políticas públicas nas mais variadas áreas do Estado.

O Estatuto define a criação de um Sistema Nacional de Juventude que ainda precisará ser regulamentado pelo Estado, mas que aponta para a necessidade de um pacto federativo entre Municípios, Estados e a Federação para a execução de políticas de juventude. O Sistema prevê ainda que o controle social e a participação são fundamentais e devem ser exercidos por meio dos Conselhos de Juventude.

A votação só foi possível por um esforço da relatora Manuela D’avila, que com o apoio da Frente Parlamentar de Juventude criou as condições com as lideranças partidárias para um cenário favorável que permitiu sua aprovação por unanimidade, além de outros deputados que mostraram sensibilidade ao tema e ao público da juventude.

Os desafios agora passam por construir uma pressão política sobre o Senado e viabilizar que seja sancionado pela Presidente Dilma antes da 2ª Conferência Nacional de Juventude, que acontecerá de 9 a 12 de Dezembro em Brasília.

Ao Congresso cabe acelerar a votação do Estatuto da Juventude e dar continuidade a tramitação do Plano Nacional de Juventude, conjunto de políticas, programas e metas a ser executado pelo Governo. É preciso que o Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Juventude apresente uma proposta de regulamentação do Sistema Nacional de Juventude, com a garantia de recursos, atribuições e competência dos Municípios, Estados e Federação que coloquem como centro a participação plural da juventude na definição das políticas e do marcos legais.

A 2ª Conferência Nacional que tem o slogan “Conquistar Direitos e Desenvolver o Brasil”, tem como eixo fundamental do seu temário a necessidade do avanço dos Marcos Legais e para além de comemorar a aprovação do Estatuto, apontará as demandas da juventude para o aperfeiçoamento do Plano Nacional de Juventude e regulamentação do Sistema Nacional de Juventude.

O Conselho Nacional de Juventude comemora mais esta vitória, que aponta para um pacto intergeracional para a construção de um Brasil que respeite e valorize as novas gerações e criem as condições para a promoção de um país que assegure os direitos plenos a todos os cidadãos.

fonte: UNE

Bruno Peron: Cooperação em saúde na nossa América

Os países latino-americanos e caribenhos têm fomentado mais frequentemente foros internacionais onde representantes de áreas diversas trocam figurinhas a fim de reduzir as lacunas do álbum. O intercâmbio de experiências, desta forma, inibe a reincidência em erros e termina em propostas de cooperação que fortalecem políticas sociais.

Por Bruno Peron Loureiro, em seu blog


A Cidade do Panamá recebeu, entre 29 e 30 de setembro de 2011, a 22ª Reunião de Diretores de Cooperação Internacional da América Latina e o Caribe. O Sistema Econômico Latino-americano e do Caribe (SELA) organizou este evento, cujo tema central foi sobre "Integração, Cooperação e Convergência em Saúde na América Latina e no Caribe".

A saúde é um tema preocupante nesta região, porquanto há uma pressão grande de empresários do setor para que os sistemas públicos não melhorem, o orçamento estatal que se lhe dedica é exíguo, e a maioria dos países não prioriza a profilaxia (prevenção de doenças) sobre o tratamento pontual da patologia a exemplo de Cuba.

O raciocínio é o seguinte: um país poupa dinheiro se investe no preparo de seus habitantes para que não fiquem doentes de modo a reduzir a probabilidade de incidência de enfermidades e preveni-los em menos tempo e com menos recursos. Esta prática requer que políticas instrutivas se alinhem às políticas sanitárias.

A 22ª Reunião destaca a "cooperação" entre os participantes que representam os 28 Estados-membros do SELA, Ministérios de Saúde, acadêmicos e agentes sanitários. Unem-se no desejo de impulsionar ações de cooperação Sul-Sul ou ditas "horizontais".

Alguns dos objetivos deste encontro foram: fomentar a cooperação internacional em saúde, trocar experiências sobre casos bem sucedidos de cooperação nesta área, expor os avanços em integração sanitária no âmbito dos países membros do SELA.

Houve destaque aos trabalhos de redução da mortalidade infantil, o combate à Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (SIDA/AIDS) e outras doenças, a instrução à saúde materna, entre outros temas que não são menos importantes por proporcionar qualidade melhor de vida aos latino-americanos e caribenhos.

Os eventos de cooperação internacional em "Nossa América" mostram que a troca de experiências é pré-requisito em políticas sociais, entre as quais está a sanitária, com o propósito de avançar com celeridade na matéria. Há que tomar em conta, porém, a disposição de cada governo de investir mais ou menos no sistema público de saúde, uma vez que alguns posicionamentos ideológicos precarizam-no em benefício de convênios e planos privados por julgar que saúde não é responsabilidade de Estado.

A despesa pública em saúde na América Latina e no Caribe está muito abaixo da de países que estão próximos da universalização do acesso aos recursos sanitários e investem mais de 6% do Produto Interno Bruto (PIB). Um dos caminhos administrativos propostos é reduzir a evasão fiscal a fim de aumentar o orçamento público em saúde.

Os participantes da 22ª Reunião reconhecem que a cooperação internacional em saúde permite-lhes ganhar tempo em lugar de arriscar-se a realizar propostas que deram errado alhures, além de propor e aprofundar medidas que melhorem os sistemas públicos de saúde sem negligenciar as particularidades de cada país ou região.

Belize sediará em 2012 a próxima 23ª Reunião de Diretores de Cooperação Internacional da América Latina e o Caribe sob o tema "Cooperação Agrícola e Segurança Alimentar na América Latina e o Caribe".

Esperamos até lá que as parcerias "horizontais" entre países latino-americanos e caribenhos brindem-nos melhoras substantivas nos sistemas públicos de saúde e reorientem a importância atribuída a estas políticas sociais.


fonte: Vermelho.

39º Congresso da UBES - CONUBES 2011

O 39º CONUBES acontecerá 24 e 27 de novembro em São Paulo. A UBES é uma entidade responsável pelo ensino básico (fundamental e médio), técnico e pré-vestibular. Os grêmios escolares é a representatividade de base política da UBES. Um Congresso tem caráter deliberativo, ou seja, os delegados debatem os temas e as propostas organizadas em teses ou por grupos de discussão e depois votam, participando efetivamente das decisões tomadas.
Ultimamente o país vem crescendo muito. As Universidades estão sempre em primeiro lugar. No entanto, as escolas continuam nas mesmas situações. Os famosos “cursinhos” e “isoladas” estão se tornando rotina em nosso dia-dia sem nenhum compromisso com a sociedade.
O tradicionalismo educacional é um dos problemas enfrentados pelos estudantes e professores. A falta de uma tecnologia adequada e metodologias sem ser baseadas em evidencias passam a se tornar do nosso ensino uma estrutura defasada. “O tradicionalismo é o obstáculo da modernidade”. Isso não quer dizer que devemos esquecer alguns métodos antigos, mas melhorá-los diante da realidade vivida. O turno integral e o aumento de carga horária extracurricular noturna é uma das defesas.
O desemprego estrutural é uma dos piores indicadores educacionais. Ter emprego e não poder trabalhar é diferente do que não tê-lo. Acesso às Instituições como o Senai,Senac etc  após a formação escolar do ensino público somados ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec)  são soluções imediatas.
Sabemos que a base do problema social está na educação, a UBES tem a obrigação de enxergar esses problemas vivenciados pelos estudantes e pela sociedade além propor soluções. É tarefa nossa vigiarmos a luta proposta pela UBES e participarmos dela.
                 william silva vieira.

sábado, 15 de outubro de 2011

Dia do Consumo Consciente tem atividades para estimular preservação ambiental

Brasília - O Ministério do Meio Ambiente promove hoje (15) o Dia do Consumo Consciente. Uma série de atividades para estimular o uso da sacola retornável e reduzir o consumo de sacos plásticos que prejudicam o meio ambiente. A ideia é recusar, durante as 24h do dia, as tão famosas sacolinhas. O objetivo é despertar a consciência do público para os problemas sociais, econômicos, ambientais e políticos causados por padrões de produção, consumo excessivo e insustentáveis praticados.

“Um consumidor consciente é aquele que faz escolhas inteligentes para sua qualidade de vida, para respeitar os limites do planeta e para respeitar as outras pessoas”, disse a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Samira Crespo

O ministério está promovendo uma campanha em quatro cidades brasileiras: Brasília, São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Em parceria com o Metrô, estão sendo colocados contêineres e coletores em estações definidas. Do dia 14 até o dia 26 de outubro, serão coletados todos os materiais eletroeletrônicos que os consumidores quiserem descartar. A meta é coletar 50 toneladas de lixo eletrônico. O material recolhido será reaproveitado ou descartado de forma correta, sem danos para o meio ambiente.

“Tudo que a gente joga fora hoje pode voltar para economia, pode ter uma utilidade, tem valor econômico. Não tem mais nada na nossa sociedade que a gente possa desperdiçar”, disse Samira Crespo em entrevista ao programa Revista Brasil. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, 17,5% da população brasileira têm lixo eletrônico em casa.

O Instituto Akatu (organização não governamental que trabalha pela conscientização e mobilização da sociedade para o consumo consciente) quer comemorar o Dia do Consumo Consciente de uma forma diferente, ocupando praças e parques em todo o país no domingo (16), com um convite para realizar piqueniques.

fonte: Agencia Brasil

15 de Outubro, Dia do Professor: Para Que Comemorar?

Professor é uma pessoa que ensina uma ciência, arte, técnica ou outro conhecimento. Para dependem dela. Já Platão, na sua obra A República, alertava para a importância do papel do professor na formação do cidadão. o exercício dessa profissão, requer-se qualificações acadêmicas e pedagógicas, para que consiga transmitir/ensinar a matéria de estudo da melhor forma possível ao aluno. É uma das profissões mais antigas e mais importantes, sendo responsáveis pela formação de outros profissionais.

15 de outubro é comemorado no Brasil o dia do Professor. No entanto, um dia só não é o bastante para pensar a situação do professor no Brasil. Condições precárias de trabalho e baixa remuneração profissional tornam situações lamentáveis para um profissional que tem a responsabilidade de formar cidadãos.

A condição de trabalho do professor hoje é precária. Insegurança e estrutura tradicional de trabalho remetem nosso “mestre” a uma situação deplorável. Quadros de giz, janelas/ portas quebradas e falta de ventilação, tudo isso ameaça a integridade física e psicológia do profissional. Nessas situações, ocorrem distanciamentos do ensino público, dando-se prioridade ao ensino privado. Nas condições de trabalho podem ser levados em consideração o assédio profissional, vitimados por muitos estudantes e diretores.

A baixa renda é um dos problemas sociais não só dos professores como de outros profissionais da rede pública. A remuneração é vista em lei como a situação onde a pessoa possa garantir a sua alimentação, transporte e moradia. Leva-se quatro anos, no mínimo, para formar um educador. Em alguns Estados paga-se 800,00 R$ a um professor em outros, 1.500,00 R$. Também temos que observar a concentrações desses profissionais na capital e no Sul-Sudeste. Mas, não é o salário que definirá o profissional e sim sua forma de preparar o estudante para os enfrentamentos sociaisda realidade.

Educar não é só ensinar, é também aprender, envolvendo-se com o estudante. É também socializar e culturalizar o cidadão. Desejar um feliz dia dos professores é hipocrisia e esquecer de seus problemas enfrentados em sala de aula e fazer ele acreditar que a sociedade o reconhece nesse dia, mas rejeitando sua luta diante dessas situações por uma educação de qualidade e garantindo seus direitos de educador. Por isso não basta só apoiar a luta, é preciso se envolver no processo de transformação.

                            william silva vieira

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

18 de Outubro, Dia do Médico: O Que Comemorar Nesse Dia?

O conceito de Medicina tradicional refere-se a práticas, abordagens e conhecimentos, incorporando conceitos materiais e espirituais, técnicas manuais e exercícios, aplicados individualmente ou combinados, a indivíduos ou a colectividades, de maneira a tratar, diagnosticar e prevenir doenças, ou visando a manter o bem-estar.


Já o conceito de saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não é apenas a ausência de doença. Consiste no bem-estar físico, mental, psicológico e social do indivíduo. É um estado cumulativo, que deve ser promovido durante toda a vida, de maneira a assegurar-se de que seus benefícios sejam integralmente desfrutados em dias posteriores. Nesse contexto, diretrizes de organizações supra-nacionais compostas por eminentes intelectuais do globo relacionados à área de saúde estabeleceram um novo paradigma de abordagem em medicina.


A medicina é uma das muitas áreas do conhecimento ligada à manutenção e restauração da saúde. O médico passa a se tornar um dos profissionais responsavéis pela saúde do indivíduo. No entanto, o SUS, nosso sistema de saúde, vem mostrando suas limitações, os quais ameaçam o trabalho médico e as escolas médicas.


Formar médico é caro, a mensalidade mais cara é do Centro Universitário de Belo Horizonte: R$ 7.143,50 e a mais barata é da Escola Bahiana de Medicina: R$ 2.075,00. As duas universidades que mais formam médicos são, respectivamente, a Universidade Gama Filho no Rio de Janeiro, com 400 vagas anuais, e a Universidade Federal de Minas Gerais com 320 vagas anuais. Já a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte em Mossoró com somente 26 vagas/ano, é a que menos forma médicos. E então, o que dizer da concorrência no vestibular? Essa diferença só mostra que a classe média concentra nas mãos os cursos de medicina, principalmente o Sul e o Sudeste. Formação médica é o resultado da política pública de saúde somada com o empenho do estudante e a gestão universitária. A política pública de saúde, sendo precária, dificulta o acesso adequado aos espaços pelos estudantes, como resultado dos maus treinamentos vem a agressão aos pacientes.


 Se formar médico é caro e desigual, imagina sua distribuição? A desigualdade na distribuição de médicos no Brasil acompanha outros abismos sociais existentes no país. Há cerca de 347 mil médicos espalhados por todo o Brasil, um médico para cada 549 brasileiros, índice superior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), um para cada mil pessoas. Sete em cada dez profissionais habilitados para atuar no país trabalham nas regiões Sul e Sudeste. Com isso, enquanto no Rio de Janeiro há um profissional para cada 289 habitantes, no outro extremo, os maranhenses dispõem de um médico para cada 1.848 pessoas. Se o médico não tem boas condições de trabalho e péssima remuneração para o seu ambiente, a primeira relação afetada é a do médico-paciente e depois a do médico-equipe e por último a do médico-patrão. Nessa situação o médico fica vulnerável a desenvolver Síndrome de Burnout, depressão que atinge a maioria dos trabalhadores.


Ainda falta tempo para essa data comemorativa, mas nunca é tarde para colocar os problemas sociais da saúde enfrentados pelos médicos nos dias de hoje. Dia do médico é todo o dia ao lado do paciente, lutando pelos seus direitos trabalhistas e sociais da nação. Escolher uma data para se comemorar, é achar que o trabalho daquele profissional tem que ser lembrada naquele dia. Não precisamos de data comemorativa, precisamos de dignidade no trabalho e nas escolas médicas para não “vitimarmos” o paciente.

                           William Silva Vieira

SUS: relator propõe dobrar investimento anual por habitante.

Foto: Divulgação/Internet

O secretário de assuntos jurídicos da FENAM, Antônio José Francisco Pereira dos Santos, representou a entidade no seminário "Caminhos para o SUS da Universalidade e da Integralidade", realizado na tarde da última segunda-feira (10) na Câmara dos Deputados.

O dirigente elogiou o relatório apresentado pelo deputado Rogério Carvalho (PT-SE), relator da subcomissão especial sobre reestruturação do Sistema Único de Saúde (SUS). A ideia principal da proposta do deputado é assegurar um acesso universal e integral ao sistema. O deputado afirmou ainda que é preciso dobrar o gasto público com saúde. Atualmente, o investimento por habitantes ao ano é de R$ 800.

"O deputado apresentou um belíssimo relatório em que priorizou os conceitos de Universalidade e Integralidade que interessam ao SUS, de excelente qualidade, garantido pela Constituição Federal - "Direito de todos e obrigação do Estado"- que pretende, alem das diretrizes de funcionamento - provável comissão tripartite - dando ênfase a gestão e ao financiamento," relatou Antônio José.

O relatório de Carvalho também foi elogiado pelo coordenador da Frente Parlamentar da Saúde, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), mas que fez uma ressalva quanto ao financiamento do setor.

Presente no evento, o 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá, destacou que, após 23 anos, o Brasil ainda busca meios de garantir acesso universal ao SUS, e que o Estado precisa apresentar respostas à população. "Nós precisamos construir as alianças necessárias com a responsabilidade de quem tem que dar respostas. Precisamos, como médicos que somos, e entidade que agrega todos os médicos do Brasil, estar ombreados aqui com vocês nessa luta. Nós apoiamos a regulamentação da EC 29 – o projeto do Tião Viana –, vamos dar uma resposta ao povo brasileiro sobre financiamento, sair do discurso e ir para a prática das prioridades", afirmou o conselheiro.

A presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Beatriz Dobashi, afirmou durante o seminário que o maior problema do sistema é a falta de recursos. Opinião com a qual concorda o representante dos usuários no Conselho Nacional de Saúde, Fernando Luiz Eliotério. Segundo ele, também existe problema de gestão no setor, que também poderá ser resolvido com a destinação de mais recursos. "Não se pode melhorar a gestão com poucos recursos", observou.

A promotora Isabel Porto, representante do Conselho Nacional do Ministério Público, defendeu um sistema eficaz de auditoria. Para ela, além da má gestão, há a corrupção. "O cidadão precisa ter o seu direito constitucional garantido", afirmou.

Democratização

O presidente da subcomissão, deputado João Ananias (PCdoB-CE), ressaltou que a proposta em análise no colegiado tem como objetivo democratizar o SUS. "Com essa preocupação, a subcomissão passou 180 dias ouvindo sugestões da sociedade", informou. Além de debates em audiências, o colegiado abriu uma comunidade virtual no portal e-Democracia para participação dos usuários do SUS em fóruns específicos.

Para o presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, deputado Saraiva Felipe (PMDB-MG), o SUS precisa ser reestruturado, caso contrário, deixará de existir. Já o presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), Luiz Augusto Facchini, defendeu um SUS que atenda a todos, e não apenas os pobres. O evento foi promovido pela Comissão de Seguridade Social e Família e pela Subcomissão Especial do SUS.
 
fonte: FENAM

Mobilização nacional é destaque no boletim eletrônico da Comissão Nacional Pró-SUS

Está disponível no Portal Médico o boletim do mês de outubro da Comissão Nacional Pró-SUS, integrada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB) e Federação Nacional dos Médicos (Fenam). A publicação eletrônica traz informações sobre a mobilização nacional dos médicos que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS), no dia 25 de outubro.

O informe aponta os eixos do movimento, que irá protestar por mais recursos para a saúde; melhor remuneração no SUS e assistência digna à população. O boletim traz ainda um panorama sobre a situação dos médicos nos municípios, as reivindicações dos médicos, além de outras informações sobre o movimento. A publicação eletrônica está acessível na seção Informes Pró-SUS e pode ser conferida  aqui


Fonte: CFM

FrentePE: A VII CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO

ABERTURA

O discurso de John Pontes, representante do Sindsaúde no CES, deu a linha da conferência.  Também representante de PE na Coordenação Nacional de Plenárias, eleito com 70% dos votos na recente Plenária estadual, Pontes não decepcionou. Em breves 15 minutos, fez uma fala contundente em defesa do SUS e contra a privatização da saúde – correspondendo plenamente ao espírito dos conferencistas, que o ovacionaram o tempo inteiro.

Por outro lado, o secretário de saúde Antonio Carlos Figueira, mal conseguiu articular as palavras durante a leitura de seu discurso. Visivelmente afetado, vaiado todo o tempo, o secretário deu a impressão de finalizar a fala antes do seu término. As vaias era o desagravo contra a política privatista do governo que usando a soberba declarada impôs o mandatário maior da “OS” IMIP no comando da secretaria, privatizando-a. “O IMIP é a OS do governo”  -  é o que se escuta – “temos o emprego dos trabalhadores da saúde na mão” dizem no IMIP.

Já o ministro da saúde Alexandre Padilha iniciou seu discurso também debaixo de vaias. Evocando o espírito democrático, fez-se ouvir durante uma hora. Porém,  apresentando uma fala que oscilava entre o  contraditório (acusava a situação privatista dos bancos de sangue que pagavam pelo sangue das pessoas no período pré-sus, enquanto defendia o privatismo atual via OS’s) ao vazio (ao citar números soltos que nada dizem por não comparar-se com parâmetros ideais). Nos seus 60minutos, nenhuma palavra sobre o modelo de financiamento como, nem sobre a política de valorização dos trabalhadores do SUS (carreira, concurso, salário, atualização, prestígio, isonomia, paridade, etc), tampouco sobre saúde do trabalhador.  Despindo seu paletó para passar a idéia de assumir o papel de “conselheiro” (?), como se fosse possível servir a dois senhores, o ministro tentou em vão afinar um sentimento com a platéia. Difícil, porque o discurso e a prática do MS e de muitos estados estão em dissonância com o espírito das leis e os anseios dos que fazem e vivem o SUS.

Por sua vez, os delegados conferencistas,  usuários e trabalhadores, e muitos gestores, que já fizeram uma leitura da atual conjuntura, deram uma demonstração de rara unidade ao passarem um recado explícito: sabem o que querem, e não é o que estão nos empurrando  goela abaixo.  Fizeram uma defesa inafastável do SUS público, estatal, universal, integral, equânime e sob a égide do controle social deliberativo.

CONDUÇÃO DA CONFERÊNCIA

MANIPULAÇÃO.  Foi esta a palavra mais usada para definir a condução da conferência.  Conselheiros do CES fizeram um resgate:

A coordenação da conferência foi arrancada de dentro do CES e levada a funcionar em uma sala vizinha à do Secretário, na nova sede da SES.

Definida por alguns como a mais chapa branca do país, a programação foi recheada de expositores defensores do privatismo.  Nomes sugeridos que polemizariam foram sumariamente retirados.

A condução dos trabalhos nos grupos e na plenária foi tendenciosa e recheada de manobras. Teve grupo onde o interesse da gestão era tão grande que 70% era compostos de gestores (atenção Ministério Público!). Todos tentando evitar a rejeição da privatização!

As propostas saídas dos grupos totalizaram 179. Como precisavam se consolidar em 30 (a regra da nacional impõe 5 propostas por eixo temático x 5 eixos = 30), manobraram retirando as propostas que rejeitavam a privatização no SUS, principalmente.

As propostas da discussão estadual foram remetidas a uma segunda data de conferência, a ser convocada posteriormente, com “quem quiser vir” (?). Alegou-se ‘tempo esgotado’.  Só para lembrar: apesar dos horários previstos, todas as conferências acabaram de madrugada. Não que isso seja o adequado. Mas porque não se destacou mais tempo, sabendo da demanda de importância e da necessidade de discussão dos temas?

Mudaram uma cadência histórica: primeiro apreciava-se os relatórios e as moções; depois, procedia-se a eleição dos delegados à nacional. Desta vez, inverteu-se: dispersou-se tempo com as sempre concorridas eleições às vagas (propositalmente?) para só depois apreciar-se os resultados dos trabalhos  -  mesmo assim, ainda havia margem de tempo. Isso entre outras tantas coisas.

Interessante foi  observar como se desconstrói a coerência:  militantes que no passado lutavam contra a tirania hegemônica, agora passam a usar e abusar de manobras e manipulação .


CONCLUSÕES DA CONFERÊNCIA:

a)      A defesa intransigente do SUS público, estatal, universal, integral e equânime;

b)      O respeito ao caráter deliberativo do controle social através dos conselhos; e a eleição de não gestor para a presidência, para ser legítimo;

c)      A reprovação às diferentes formas de privatização no SUS (OS’s, OSCIPS, Fundação Estatal, Empresa brasileira de serviços hospitalares, S/As, PPPs, e outras), chegando a resultados de votação no painel eletrônico de 96 e 98% (CONTRA A PRIVATIZAÇÃO!)

d)      Aprovação do uso de recursos públicos só no serviço público

e)      Merece menção, ainda, o questionamento legal e ético dos delegados sobre a indicação do SES Antonio Carlos Figueira – entendida como a explicitação de um projeto equivocado do governador Eduardo Campos para se apoderar do estado e na saúde continuar mandando mesmo depois de deixar o governo.  E esse não é o estado democrático de direito da CF, nem o espírito dos constituintes, muito menos o desejo dos cidadãos.

f)       Houve, ainda, denúncia entre os delegados conferencistas, do fechamento do laboratório do IMIP, com a demissão e desemprego de 90 profissionais. Fala-se que as demandas de laboratório seriam terceirizadas para um laboratório conhecido que teria na sua composição societária capital estrangeira – o que é proibido por nossas leis. Esperamos a devida apuração pelos órgãos competentes, e o acompanhamento pelas entidades sindicais e conselhos de saúde.

g)      A comunidade indígena pôs-se a denunciar, ainda, o direcionamento de todos os recursos da Saúde Indígena no estado para os cofres do IMIP, mais uma vez na contramão do SUS, desmunicipalizando e reconcentrando, desta vez na “OS do governador”.

COMENTÁRIOS:

A nossa conferência seguiu a tônica de todas as já realizadas nos outros estados: a de defesa do SUS; e contra a privatização e o desmonte do estado.

Há que se ter limite para tudo. O governante não recebe cheque em branco para fazer o que bem quiser. Os limites são a lei, o programa com o qual foi eleito, o respeito aos cidadãos com a ausculta à sociedade, através de plebiscito, referendo e às deliberações do controle social, e a construção orçamentária coletiva.

Há instituições que precisam se manifestar, e não estão fazendo isso. A história julgará a omissão e as concessões prejudiciais. Assim como os traidores.

Entretanto, no seio popular, o inconformismo latente,  violentamente reprimido, dá sinais de acordar. Após conviver com as contradições – projetos eleitos para fazerem uma coisa e estarem fazendo o contrário  – as pessoas, cidadãs, estão despertando e se manifestando. Não há mais cabresto que segure os movimentos sociais legítimos, independentes, verdadeiros.

fonte: FrentePE

De Madri a Nova York, 'indignados' se mobilizam em todo o mundo

Sob o lema "Unidos por uma mudança global", no próximo sábado, 15 de Outubro, os "indignados" vão se manifestar pelo mundo inteiro, explicitando a dimensão internacional deste protesto inédito que nasceu na Espanha no dia 15 de maio. 


Desde Madri até Nova York, manifestações foram convocadas em 719 cidades de 71 países, segundo o site 15october.net, apoiando-se em uma ampla difusão através das redes sociais: "United for #Globalchange", dizem os apoiadores.

Cinco meses depois do nascimento do movimento, os "indignados" e outros grupos querem fazer do dia 15 de outubro uma jornada simbólica, ocupando lugares emblemáticos das finanças como Wall Street, City, o coração financeiro de Londres, e o Banco Central Europeu em Frankfurt.

“Qual é o ponto de encontro em Hanôver, na Alemanha?”, pergunta Guadalupe Cases na página do Facebook sobre os protestos de 15 de Outubro. “E em Hamburgo?”, quer saber Mac Fähland. Miriam Roura promete estar na rua em Barcelona, há mensagens em grego e em árabe. Sebastián Celis deixa informações sobre os protestos no Chile e Sérgio Vitorino, da organização contra a homofobia Panteras Rosa, apela às pessoas para que saiam à rua em Portugal. Pelo que tudo indica, vai ser mesmo um protesto global.

Em Madri, desde distantes bairros da periferia e seus arredores, os manifestantes voltaram a marchar em direção a Porta do Sol, a praça central que foi ocupada durante um mês, onde é previsto que passem a noite de sábado para domingo.

"Faremos com que os políticos e as elites financeiras, às quais eles servem, saibam que a partir de agora seremos nós, o povo, que vamos decidir nosso futuro", proclama um manifestante que pede por movimentos em toda a Espanha.

A extensão do movimento, nos Estados Unidos especialmente, demonstra "que isto não é uma questão meramente espanhola, e sim uma questão que atinge o mundo inteiro, pois a crise é uma crise global, os mercados atuam em nível global", explicou Jon Aguirre Such, porta-voz do movimento na Espanha.

Após as grandes manifestações da primavera passada, o movimento se espalhou por vários países, mas com diferentes proporções, na França, por exemplo, ele ainda é muito pequeno.

"A palavra ''indignado'' é uma espécie de etiqueta, os laços, porém, são muito frágeis. Não ter reivindicações comuns é a fragilidade do movimento", afirma Arnaud Zacharie, ex-presidente da Attac Bélgica.

Na Espanha, um país afetado por um desemprego recorde de 20,89%, a voz dos "indignados", sustentada por um amplo apoio popular, encontrou espaço, como nas manifestações que impediram o despejo de dezenas de proprietários endividados.

Refletiu-se também na promessa do candidato socialista nas eleições legislativas, Alfredo Pérez Rubalcaba, de reformar a lei eleitoral para aumentar o peso dos pequenos partidos políticos.

"É um fenômeno extremamente promissor, que busca renovar profundamente a forma de participação dos cidadãos na política", analisa o economista francês Thomas Coutrot, co-presidente do movimento Attac.

"Os Estados Unidos estão na origem da crise, e é onde as consequências serão maiores, o que explica a mobilização", disse Zacharie.

O movimento Occupy Wall Street, que se alimentou nos Estados Unidos do desemprego dos jovens e do aumento das desigualdades, chamou a população para uma manifestação no sábado na Times Square em Nova York.

Na Europa, os "indignados" ocuparam as ruas de muitas cidades, como Lisboa, onde o movimento "geração precária" se apresentou como a liderança da mobilização.

Centenas ou milhares deles também devem desfilar pelas ruas de Bruxelas, ponto de chegada da marcha que atravessou a Espanha e a França, em Zurique, Genebra e Basileia, onde o poder dos bancos será o centro das atenções, ou na Place de la Bourse em Amsterdã, Viena e Praga.

O manifesto do movimento, que está no site agregador de todas os protestos ( http://15october.net/),  já foi traduzido em 18 idiomas. Leia abaixo:


“No dia 15 de Outubro pessoas de todo o mundo tomarão as ruas e as praças. Da América à Ásia, de África à Europa, as pessoas estão a erguer-se para lutar pelos seus direitos e pedir uma autêntica democracia. Agora chegou o momento de nos unirmos num protesto não violento à escala global.

Os poderes estabelecidos atuam em benefício de uns poucos, ignorando a vontade da grande maioria e sem se importarem com o custo humano ou ecológico que tenhamos que pagar. Há que pôr fim a esta situação intolerável.

Unidos em uma só voz, faremos saber aos políticos e às elites financeiras que eles servem, que agora somos nós, o povo, que decidirá o nosso futuro. Não somos mercadorias nas mãos de políticos e banqueiros que não nos representam.

No dia 15 de Outubro encontramo-nos nas ruas para pôr em marcha a mudança global que queremos. Vamos manifestar-nos pacificamente e vamos nos organizar até atingirmos o nosso objetivo.

Chegou a hora de nos unirmos. Chegou a hora de nos ouvirem.”
fonte: Vermelho

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ministério da Saúde Adverte, Lê "O Globo" faz mal à Saúde.

Após a fala do Ministro da Saúde Alexandre Padilha sobre a possibilidade de investir menos em leitos para ampliar o Programa Academia da Saúde, o jornal “o Globo” se manifestou. O jornal disse que considera desnecessários, os investimentos surpreendentes nas academias da saúde, sendo o ideal o investimento nos leitos hospitalares. O investimento é de R$ 143 milhões para o projeto das academias em 2011 e R$160 milhões na proposta de 2012 dentro do programa de Reestruturação da Rede de Serviços de Atenção Básica de Saúde. Até 2014 a meta é construir quatro mil academias.


Recriar a Contribuição Provisória de Movimentação Financeira (CPMF) é mesmo uma irresponsabilidade, disse o jornal criticando a Emenda 29 e a Contribuição Social para a Saúde (CSS), ex-CPMF. “O Senado soube entender os clamores diante de uma carga tributária recorde no bloco dos emergentes - acima de 35% do PIB, mais, inclusive, que países desenvolvidos - e eliminou o imposto”, disse. O fim da CPMF tirou da previsão orçamentária de 2008 estimados R$ 40 bilhões, valor este importantíssimo para a contribuição social.


Em resposta o ministro disse que o programa é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), onde se reduziu o custo de até 50% do uso de medicamentos entre as pessoas que fizeram parte desse programa, destacou dando ênfase à ação preventiva como forma adequada de gerenciamento. Ironizando o jornal, o ministro fala que isso é o Ministério da Saúde, não da doença, que busca a prevenção e a melhoria da qualidade de vida.

Ainda para o jornal, “enquanto a coleta de impostos aumentou 18,8%, os gastos com Saúde subiram apenas 4,5%. Foi mais importante, por exemplo, nas prioridades oficiais, o salário dos servidores, cuja conta, no mesmo período, deu um salto de 10,3%”. Priorizar o servidor é priorizar aquele que coloca na prática a saúde para funcionar.
 

“A saúde não tem preço, pagar um pouco a mais para manter sua vida é importante”. As críticas colocadas pelo jornal mostram que o meio de comunicação não está preocupado em passar informações, e sim defender interesses privados. A maioria dos investidores desse jornal são empresas preocupadas com o próprio bolso. Sabemos o quanto é difícil tirar 1,00R$ de quem não tem. Por isso a CSS pode se tornar um meio de distribuição de renda enquanto os impostos são aumentados para a classe média e alta, respeitando o valor contribuído pela classe baixa. Fazer isso não significaria que estaríamos sectarizando as classes, e sim fazendo “justiça social”.


                     william silva vieira