sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Monção ao DCE-UPE apoiando a ocupação da reitoria na UPE

Caros amigos, a UPE hoje se encontra numa situação decadente para quem se diz Universidade e representa mais de 7 milhões de Pernambucanos. Por isso sabendo da importância que a UPE hoje tem para o desenvolvimento do Estado, venho aqui prestar minhas solidariedades ao DCE-UPE, Paulo Freire. Como dizia o próprio, teoria sem prática é blá...blá...blá, mas prática sem teoria é ativismo. Por isso, temos que conciliar as duas coisas para não escandalizar o movimento. A teoria, pela dimensão estratégica que ela pode fornecer e a prática, pela sensibilidade experimental que num movimento tem que existir.

         
       William silva vieira (8° período FCM-UPE e coord. do mov. Transformar o Sonho Em Realidade - FCM)

TODOS NA LUTA: Convocatória ao estudante de medicina da UPE

A UPE tem um grande papel no desenvolvimento do Estado, sabendo dos problemas que ela vem passando, um grupo de estudantes está se articulando fazendo cobranças por mais dignidade. Nós não somos diferentes. Por isso venho convocar aos estudantes de medicina para se manifestar diante dessa situação e colocarmos nossos problemas para serem solucionados. Entre esses problemas encontra-se:
·         Professores com qualidade e eficiência existem dentro da nossa faculdade. O que adianta ter professores com esse nível, mas não ter essa existência em sala de aula?...Vamos cobrar medidas de incentivo, e não punição, da UPE para o professor.
·         Estruturação dos espaços e melhoria dos materiais de estudos no ciclo básico. Todos sabem o quanto são decadentes nosso equipamento e nossa estrutura de ensino. Mas, para reconhecer que está errado e querer mudar, é preciso cobrar de nossos gestores.
·         Um Restaurante Universitário (RU) e uma Casa do Estudante (CE) passam a ser obrigação e dever do Estado garantir ao estudante alimentação e moradia numa universidade pública, principalmente àqueles que vieram do interior e os estudantes carentes. O primeiro por  ter que pagar aluguel, em sua maioria, e o segundo por ter dificuldades de se manter na faculdade.
·         Melhoria dos Hospitais Universitários. Hoje se sabe que nossos hospitais ainda não atendem a toda essa demanda estudantil. Falta de materiais para o assistencialismo e estudos passam a ser rotinas em nossos hospitais. Enquanto isso a reitoria junto com o Estado opta pelas parceiras privadas, ameaçando a liberdade estudantil diante da idéia de lucro. Vale colocar a situação da infra-estrutura do hospital como os alagamentos, estacionamentos etc.
·         Mais participação da FCM nos hospitais que estão sendo construídos pelo Estado. Nos últimos anos a saúde de Pernambuco vem melhorando. Mas essa melhoria está se dando pelos recursos do IMIP. Para intervier dentro do Estado é preciso cobrar internamente em nossa instituição de ensino. Não quero barrar as redes privadas de terem acesso a esses hospitais, até porque elas têm um papel estratégico para o Estado. Mas quero colocar que a intervenção da UPE é de fundamental importância para garantir nossos direitos e a representatividade do Estado diante desse quadro de privatização dos hospitais públicos.
Diante desse quadro, o que você espera da UPE daqui para frente?...Para poder modificar essa situação não basta sonhar, é preciso acreditar que ela vai ser transformada e lutar para transformá-las, isso não significar escandalizar o movimento, pois as manifestações têm que ser feitas de formas convictas. Para transformar é preciso participar dos espaços políticos sentando e conversando com nossos gestores, caso não garanta os resultados esperados, a manifestação passa a ser uma segunda opção. Por isso chamo vocês para participar ou apoiar a todos os estudantes que estão acampando na reitoria da UPE. Isso poderá fazer de nós protagonistas de uma nova história para o desenvolvimento do Estado.

 William silva vieira (8° período FCM-UPE e coord. do mov. Transformar o Sonho Em Realidade - FCM)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Reforma Psiquiátrica: Manicômios Contemporâneos.

Nessa última segunda-feira, tivemos a denúncia do Conselho Federal de Psicologia (CFP) à ONU por maus tratos aos pacientes psiquiátricos. Fora enviados um relatório que contém 76 casos de mortes, maus-tratos ou torturas ocorridos em hospitais públicos e privados e comunidades terapêuticas, entre 2002 e 2010, em todas as regiões do país. Entre os casos, há medicação forçada, negligência, privação de liberdade e abandono, segundo alguns pacientes. Essa situação já foi denunciada à nossas autoridades, mas como não houve nenhuma resposta, o CFP optou por entregar essa documentação à direção da ONU. A maioria dessas instituições é ligada às igrejas. Após 10 anos da Reforma Psiquiátrica, o Brasil ainda vive uma política contemporânea de assistencialismo psiquiátrico.

De 1848 até o início do século XX instrumentos como camisas-de-força e quartos-fortes ou "prisões-alcochoadas", choques elétricos, operações no cérebro, e outras verdadeiras torturas eram utilizados para controlar os pacientes, no que se dizia ser a psiquiatria dita científica, principalmente os mais agressivos. Philippe Pinel introduziu a medicalização como processo de acalmar os pacientes, o vinho misturado a bebidas destiladas (a bebida destilada para acalmar e o vinho para diminuir o efeito daquela no organismo). Já William Tuke, introduziu o método terapêutico pela conversa, troca de informações e experiências existenciais, o mesmo que os padres faziam no confessionário.

Devemos chamar a atenção para o conceito de normalidade, vigente hoje na sociedade. Criar uma idéia de normalidade pode ser desaconselhável quando alguns não concordam. Ex, "rasgar dinheiro" é atitude de doido, "cuspir no chão" é atitude de sujo. Mas se considerarmos que cada um desses pudesse ser colocado em contextos diferentes, anormalidade aqui não se aplicaria, p ex, se quem rasgasse dinheiro fosse um rico e quem cuspisse no chão fosse um pobre, diríamos aqui que a assimilação da cultura explicaria tais atitudes. Segundo Marx, as idéias e as culturas da classe dominante são impostas na classe submetida, as regras sociais que num Estado soberano é regulamentada por lei, fazem parte dessa convicção marxista.  Por isso para se criar uma idéia de normalidade é preciso ter um padrão racional de forma que respeite o pluralismo social.

O link da reforma psiquiátrica encontra-se logo abaixo:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Relatorio15_anos_Caracas.pdf

                                             William silva vieira, 8º período, FCM-UPE.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Em manifestação em frente ao Planalto, defensores do SUS pedem mais recursos para a saúde

Brasília – Representantes estaduais e municipais do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e membros da Frente Parlamentar da Saúde e do Conselho Federal de Medicina (CFM), fizeram uma manifestação hoje (27) em frente ao Palácio do Planalto, para pedir mais recursos para o setor.

Inicialmente, a ideia era dar um abraço simbólico na sede da Presidência da República, o que não foi possível por causa da segurança no local.

A ação faz parte do movimento Primavera da Saúde, que surgiu após a realização de ato público no Congresso Nacional em favor da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, no final de agosto.

“Estamos com flores para levar à presidenta [Dilma Rousseff], dizendo que a sociedade brasileira compreende e está se somando a esse esforço de encontrar uma solução para o problema do subfinanciamento da saúde”, destacou o conselheiro e representante da Federação Nacional dos Farmacêuticos, Ronald Ferreira dos Santos. Ele é um dos que participariam do abraço simbólico no Palácio do Planalto.

Segundo Santos, há praticamente um consenso entre o atores sociais de que a saúde é uma das principais áreas problemáticas no país atualmente. Para ele, a regulamentação da Emenda 29, aprovada na semana passada na Câmara, servirá como uma oportunidade de apresentar uma solução concreta para a atual situação.

“Do orçamento federal de mais de R$ 1 trilhão, 3,9% vão para a saúde, enquanto para o sistema financeiro, para a amortização da dívida e para o pagamento de juros, são 44%. Há várias possibilidades [de financiamento para a saúde], mas que dependem de vontade política”, destacou.

O conselheiro e diretor da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), Pedro Tourinho, disse que é preciso sensibilizar os governantes brasileiros em relação à necessidade de melhorias na saúde pública.

“O SUS conta com menos de R$ 2 por dia por habitante para garantir saúde a todos os cidadãos. Uma internação sozinha custa mais de R$ 3 mil por dia. A gente olha e sabe que há problemas graves de gestão mas, se tivéssemos a melhor gestão do mundo, com o dinheiro que temos, não daríamos conta, não seria suficiente”, disse.

fonte: Agencia Brasil

Ministério da Saúde destina R$ 250 milhões a 44 hospitais universitários federais

Brasília - O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, estabeleceu recursos financeiros no montante de R$ 250 milhões a serem disponibilizados a 44 hospitais universitários federais. A portaria foi publicada hoje (26) no Diário Oficial da União.

A medida faz parte do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais, que dispõe sobre o financiamento compartilhado dos hospitais universitários federais pelos ministérios da Saúde, da Educação e da Planejamento.

A descentralização dos recursos está condicionada ao envio ao Ministério da Saúde e ao Ministério da Educação dos termos de compromissos firmados entre os hospitais e os gestores estaduais e municipais. O Fundo Nacional de Saúde deverá providenciar a transferência do montante em três parcelas, a partir da competência setembro de 2011.

Os nomes dos municípios contemplados estão disponíveis na página do Diário Oficial da União.

fonte:Agencia Brasil

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Paralisação dos médicos de planos de saúde chega a 100 mil, diz associação

Brasília – Mais de 100 mil médicos aderiram à paralisação de quarta-feira (21) que suspendeu atendimento em parte dos planos de saúde do país, equivalente a 70% dos profissionais do setor. A estimativa é do diretor de Saúde Pública e futuro presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Florentino Cardoso.

Organizada pela AMB, Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a paralisação dá continuidade ao movimento iniciado em abril contra as operadoras, quando a categoria interrompeu o atendimento aos usuários de todos os planos para cobrar reajuste dos honorários médicos.

O protesto surpreendeu clientes que tinham consultas agendadas. De acordo com as entidades, os usuários que não foram atendidos, podem marcar as consultas novamente. O atendimento de urgência e emergência continuou durante a paralisação, segundo a categoria.

Os médicos deixaram de atender em 23 estados e no Distrito Federal. Em nove deles, a suspensão atingiu os usuários de todas as operadoras. Amazonas, Roraima e o Rio Grande do Norte ficaram de fora do protesto por causa da negociação mais avançada com as operadoras. Na Bahia, a paralisação vai continuar por seis dias.

Na paralisação que durou o dia todo, os médicos suspenderam o atendimento aos planos que não entraram em acordo com a categoria nos últimos meses. Cada estado selecionou os alvos do boicote. As entidades médicas alegam que as mensalidades dos planos aumentaram cerca de 150%, enquanto o reajuste da remuneração médica foi 50%. Os médicos pedem que o valor pago pela consulta passe dos atuais R$ 40 para, no mínimo, R$ 60.

Para Cardoso, a paralisação mostrou à população “como as operadoras tratam os médicos”. As comissões estaduais vão se reunir nos próximos dias para avaliar a repercussão da paralisação.

As entidades querem que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) regule o reajuste dos honorários pagos pelos planos aos médicos credenciados e consideram que a agência reguladora tem sido omissa com a questão.

Em nota, a ANS informou que não é da sua responsabilidade definir o percentual de aumento da remuneração dos médicos conveniados aos planos e nega ineficiência ou omissão. A agência disse considerar legítima a mobilização da categoria, desde que não prejudique os usuários

fonte: Agencia Brasil

Emenda 29: senadores vão debater uso de recursos do Fundeb na saúde

Brasília - A volta da permissão de usar na saúde recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) deverá ser um dos principais desafios da base governista, no Senado, durante a apreciação do projeto de lei que regulamenta a Emenda à Constituição 29, aprovada ontem (21) na Câmara. O líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), disse hoje (22) que o tema será debatido com todos os partidos e destacou que existe um pedido do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para que o Fundeb volte a ser incluído como gasto em saúde pública.

Jucá acrescentou que esse assunto terá que ser analisado “com atenção”, uma vez que os senadores não poderão acrescentar qualquer texto ao projeto, por ser a Casa revisora. A matéria original, de autoria do então senador Tião Viana (PT-AC) foi aprovada em 2008, por unanimidade, no Senado e totalmente alterada na Câmara.

O líder do PT, Humberto Costa (PE), disse que os senadores terão o desafio de encontrar as fontes de financiamento para o Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as possibilidades, ele admitiu estar a supressão do destaque, incluído pelo DEM, que retirou o Fundeb dos gastos com saúde pelos governos estaduais.

Como a Contribuição Social da Saúde (CSS) está mantida no texto, o petista defendeu a criação de um projeto de lei complementar, por um deputado ou senador, que estabeleça percentuais de contribuição para viabilizar o tributo. Ele considerou pouco provável que a presidenta Dilma Rousseff tome a iniciativa que, segundo ele, deve ser da base.

Humberto Costa disse ainda que antes de apreciar a matéria a intenção é promover uma série de debates com especialistas e autoridades da área para tentar encontrar uma solução que garanta mais recursos à saúde.

O presidente do Democratas, senador José Agripino Maia (RN), destacou que a oposição defenderá o arquivamento do projeto da Câmara e a restituição integral da proposta “aprovada por unanimidade” de Tião Viana, ou seja, “a vinculação de 10% da receita bruta da União para a saúde, sem a criação de um imposto”.

O destaque do DEM retira do texto já aprovado o dispositivo que trata da alíquota a ser cobrada nas movimentações financeiras. Com a aprovação do destaque, ficou no texto do projeto apenas a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), sem uma base de cálculo

fonte: Agencia Brasil

Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC): Prós e Contras da Atual Gestão.

Fundado em 23 de novembro de 1884, cuja finalidade inicial era o tratamento de doenças infecciosas, e localizada em Recife no bairro de Santo Amaro, o Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) acolhe a Faculdade de Ciências Médicas (FCM), a Faculdade Nossa Senhora das Graças (FENSG), a Escola Superior de Educação Física (ESEF), o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e a Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP), apesar desta não se encontrar no Campus Santo Amaro.

Como qualquer hospital universitário, o HUOC se sustenta no seguinte tripé: Pesquisa, Ensino e Assistencialismo. O HUOC vem se tornando cada vez mais importante para o desenvolvimento do Estado. No entanto, tem se observado imensas crises nesses últimos tempos. De um lado acusações de corrupção e do outro, fraude no processo eleitoral. Embaixo vamos abordar alguns prós e contras dessa gestão.




Pontos Positivos:


Ampliação dos leitos: Com a ampliação dos leitos os estudantes passam a ter mais espaços de estudo, sempre respeitando a imagem e autonomia do paciente. Já o paciente passa a ser acompanhado diariamente com o estudante e seu preceptor.

 Fortalecimento da Unipeclin (Unidade de Pesquisa Clínica): O estudo em tratamentos clínicos (medicamentosos e não-medicamentosos) faz dessa unidade uma importante fonte de aplicação de conhecimentos científicos com foco no desenvolvimento da saúde e sustentabilidade do Estado garantido um fortalecimento assistencialista.

 Inauguração de um espaço de pesquisa cirúrgica: As cirurgias passam a ter importância quando o tratamento medicamentoso é limitante de alguma doença. Investir em pesquisa cirúrgica, igual ao citado acima, garante mais dignidade para a população, já que algumas vezes as doenças é um fator limitante social.


Inauguração do Conselho Gestor do HUOC: O Conselho Gestor é uma entidade responsável pela fiscalização dos atos e gerências de recursos pela direção. À medida que se fiscaliza as ações de um diretor, permitiria uma transparência de sua administração com bons resultados para a comunidade do hospital.

Garantia à comunidade evangélica seu direito de culto: Como nós sabemos, o direito de culto é um direito garantido por lei e respeitado por todos. Há um ano e três meses, a comunidade evangélica tem conquistado seu espaço no hospital.

 Melhoria da biblioteca: Aumento de livros e compras de computadores foram mais uma vantagem conquistada pela atual direção do hospital.

Mais participação estudantil nos espaços políticos: A Ocupação estudantil nesses espaços proporcionou uma maior participação destes no desenvolvimento do hospital.



Pontos Negativos:


Melhoria das canalizações do hospital: Um reflexo disso são as inundações que ocorrem dentro do hospital por acúmulo de água em locais de passagem.


Falta de iluminação: Isto tem possibilitado uma falta de segurança durante a noite, principalmente para aqueles que saem tarde e que tem veículo.


Falta de acessibilidade estudantil: Alguns dos ambientes inaugurados têm distanciado o acadêmico de seu espaço de estudo, só garantindo acesso aos médicos e pacientes.


Influência de determinadas empresas privadas: Como está se tornando moda setores públicos entregarem parte de seus direitos às empresas privadas, com o HUOC não está sendo diferente. Isso tem possibilitado uma maior modificação na relação médico-paciente e uma prática acadêmica deficiente pelo espaço restrito proporcionado pelas concessionárias “sem fins lucrativos”.


Falta de fiscalização sanitária: Sujeiras, infestações de gatos etc, são reflexo dessa falta de atenção e cuidado por parte da diretoria com o nosso hospital.


Falta de um ambiente arborizado: A Agenda 21, assinada no Rio de Janeiro em 1992, é um documento que estabeleceu a importância de cada país a se comprometer a refletir, global e localmente, sobre a forma pela qual governos, empresas, organizações não-governamentais e todos os setores da sociedade poderiam cooperar no estudo de soluções para os problemas sócio-ambientais.


Falta de um estacionamento adequado: Carros estacionados em locais proibidos e em meios a passagens de pedestres é atualmente uma realidade absurda.
                                                                     
                                                    William silva vieira, 8º período de medicina-UPE.

Brasil e Cuba: Acordos vão permitir novos medicamentos ao SUS

Parceria representa um marco na cooperação tecnológica entre os dois países, que lideram o setor de pesquisa e tecnologia em saúde na América Latina. Cooperação envolve 58 projetos e 12 produtos de alta tecnologia para o tratamento de diferentes doenças, como câncer e diabetes

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, estava em Cuba, ontem (22), para a assinatura de acordos de cooperação bilateral que envolvem pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos e outros produtos para a saúde. As parcerias envolvem 58 projetos de pesquisa e desenvolvimento, com 12 novos medicamentos relacionados, principalmente, à terapia e diagnóstico de diferentes tipos de câncer, prevenção de amputações decorrentes de diabetes, além de vacinas. Brasil e Cuba também vão firmar cooperações em pesquisa clínica na área oncológica e para a articulação das únicas plataformas de ensaios clínicos da América Latina - certificadas pela Organização Mundial da Saúde -, e que estarão disponíveis, de maneira inédita, em português e inglês. Esta iniciativa torna a região mais forte nas atividades de pesquisa voltadas  ao desenvolvimento de produtos em saúde.

 “É uma prioridade para o Brasil a ampliação dos acordos internacionais e as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) para transferência de tecnologia e produção nacional de novos medicamentos voltados ao tratamento de doenças prevalentes na população brasileira”, afirma o ministro Alexandre Padilha. “As PDPs têm contribuído para a redução do déficit na balança comercial, já que o Brasil importava quase que a totalidade de seus insumos. Esta estratégia se insere nas diretrizes do Plano Brasil Maior ao colocar a inovação em saúde no centro da política nacional de desenvolvimento”, acrescenta.

Além de ampliar a assistência à saúde da população dos dois países, as parcerias vão resultar no aumento das exportações na área da saúde tanto de Cuba para o Brasil, em 50 milhões de dólares por ano, como do Brasil para outros países, em duas vezes este valor.

ACORDOS -Entre os acordos prioritários, está a transferência de tecnologia de Cuba para o Brasil para a produção de um medicamento que promete reduzir em mais de 50% as amputações em diabéticos: o Heberprot-P, indicado para o tratamento da chamada “úlcera do pé diabético”. Outro destaque é a cooperação para o desenvolvimento de anticorpos monoclonais. Eles são capazes de reconhecer as células cancerígenas, poupando aqueles que estão saudáveis e resultando em efeitos menos tóxicos do que a quimioterapia tradicional.

 “Este processo de cooperação representa a entrada do Brasil e da América Latina nas tecnologias de fronteira para uma doença que hoje representa a segunda causa de morte nos dois países e que requer para o seu controle e tratamento de biotecnologias de altíssima sofisticação e cujos produtos vão ser priorizados para registro e incorporação no Brasil”, destaca o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

Os acordos de cooperação bilateral assinados com Cuba envolvem a atuação de diferentes órgãos de saúde do Brasil e são coordenados pelo Ministério da Saúde. Do lado brasileiro, também estão envolvidos o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Ministério da Ciência e Tecnologia, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e grandes empresas brasileiras do setor saúde.

Em 2006, Brasil e Cuba iniciaram parcerias de transferência de tecnologia para a produção de dois medicamentos: o Alfainterferona 2b Humana Recombinante, para o tratamento das hepatites B e C, e o Alfapoetina Humana e Recombinante, contra anemia e insuficiência renal crônica. Além disso, os países desenvolvem o Interferon Peguilado, medicamento contra as hepatites B e C, que deve entrar no mercado em 2014.

CÂNCER –Sete inovadores medicamentos oncológicos pesquisados e desenvolvidos em Cuba estão entre as prioridades para a cooperação com o Brasil, sendo esta a área de maior destaque da cooperação tecnológica entre os dois países. Os acordos prevêem prioridade para o registro deles na Anvisa e a conseqüente avaliação tecnológica deles para possível incorporação no SUS. A maioria dos medicamentos é composta por anticorpos monoclonais, que estão na fronteira da biotecnologia mundial. Os medicamentos vão tratar principalmente de tumores de origem epitelial, de pulmão, leucemia, mama e colo retal.

DIABETES –Além de ampliar a assistência aos diabéticos atendidos pelo SUS com o Heberprot-P, o acordo de cooperação para a produção deste medicamento impactará na economia brasileira ao permitir que o produto seja exportado a outros países. “Este processo constitui mais um passo decisivo para a redução da dependência tecnológica do Brasil na área e do déficit comercial que hoje ultrapassa U$S 10 bilhões”, afirma Carlos Gadelha.

A “úlcera do pé diabético”, para a qual o Heberprot-P é indicado, atinge até 10% dos diabéticos e é responsável por 70% das amputações de membros inferiores dos pacientes assistidos pelo SUS. A tecnologia para a produção deste medicamento será transferido, ao Brasil, pelo laboratório cubano CIGB, detentor da patente do produto e, por isso, restrito à população de Cuba.

O diabetes está entre as principais causas de morte entre os brasileiros, sendo responsável por mais de 57 mil óbitos por ano no país. Atualmente, a doença atinge 6,3% dos adultos e é ainda mais freqüente entre as mulheres: 7% delas são diabéticas, enquanto, nos homens, esse percentual é de 5,4%. O diagnóstico da doença se torna mais comum com o avanço da idade, alcançando mais de 20% dos brasileiros a partir dos 65 anos.

O Ministério da Saúde vem desenvolvendo diferentes ações para  reduzir o percentual de diabéticos, com o objetivo de atingir a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS): reduzir em 50% as taxas de amputação. Entre as medidas, está a organização da rede básica de saúde para o diagnóstico precoce da doença, uma vez que o tratamento oportuno e os autocuidados evitam a maioria das complicações e garantem maior qualidade de vida aos pacientes.

fonte: Ministério da Saúde

Ministério da Saúde investe mais R$ 400 mi nos hospitais universitários

Verba extra será liberada até outubro pelo Ministério da Saúde e faz parte do Programa de Expansão e Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF)

O Ministério da Saúde vai liberar mais R$ 400 milhões, até outubro,para dar seqüência ao processo de melhorias ereestruturação dos 45 Hospitais Universitários Federais do país. Com este aporte financeiro, o investimento extra do governo federal nessas unidades chegará a R$ 500 milhões em 2011 – 66,6% a mais do que ano passado. Os recursos fazem parte Programa de Expansão e Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (REHUF) e devem ser empregados na aquisição de equipamentos, reformas e na ampliação do atendimento à população. A iniciativa é coordenada pelos ministérios da Saúde e de Educação, com o apoio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

Os R$ 400 milhões serão repassadosem duas parcelas: a primeira - R$ 250 milhões (veja quanto cada unidade receberá no fim do texto) - será liberada na segunda-feira (23) e os outros R$ 150 milhões em outubro. No primeiro semestre deste ano, foram aplicados R$ 100 milhões para a melhoria dessas unidades. No ano passado, quando foi criado o REHUF, o Ministério da Saúde liberou R$ 300 milhões aos Hospitais Universitários Federais.

“Fizemos um esforço muito grande para ampliar os recursos para os Hospitais Universitários Federais e atender as suas necessidades. Muitas dessas unidades são referências no atendimento pelo SUS e, este ano, estamos firmando o compromisso dos hospitais com as redes prioritárias do Ministério da Saúde”, destaca o Secretário de Atenção a Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães. “Estamos ampliando os recursos para as unidades e procurando integra-las cada vez mais ao SUS”, reforça.

Para receberem parte dos recursos, os hospitais universitários precisaram se comprometer com o fortalecimento das redes de assistência lançadas pelo Ministério da Saúde, entre elas, a Estratégia Rede Cegonha, para a atenção integral de gestantes e bebês; a rede Saúde a Toda Hora, voltada ao fortalecimento da rede de urgência; a rede de atenção psicossocial para o enfrentamento do crack e outras drogas; além dos programas nacionais de controle do câncer de mama e de colo do útero.

REHUF -O programa prevê o aumento gradual do investimento do governo federal nas unidades, além dos valores repassados mensalmente para custear o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – em 2010, foi R$ 1,23 bilhão. O objetivo é, a partir do esforço dos dois ministérios, instituir mecanismos adequados de financiamento desses hospitais que atuam simultaneamente na assistência à população, na formação dos profissionais de saúde e no desenvolvimento de pesquisa e inovação.

O valor destinado a cada unidade é definido conforme o plano de reestruturação elaborado pelo gestor do hospital, com a participação da secretaria de saúde municipal e estadual e da reitoria da universidade a que está vinculado.  Cada uma das 45 unidades de saúde fez um diagnóstico da situação e elencou prioridades.
Parcela dos R$ 250 milhões destinada a cada unidade


INSTITUIÇÕES FEDERAIS  
VALORES
UNIFESPHospital de São Paulo
R$ 26,604
milhões
HCPAHospital de Clínicas de Porto Alegre
R$ 21,569
milhões
UFPRHospital de Clínicas
R$ 16,458
milhões
UFMAHospital Universitário
R$ 15,409
milhões
UFMGHospital de Clínicas
R$ 13,357
milhões
UFUHospital de Clínicas
R$ 16,153
milhões
UFPEHospital das Clínicas
R$ 9,437
milhões
UFSMHospital Universitário
R$ 9,416
milhões
UFRJHospital Universitário Clementino Fraga Filho
R$ 6,922
milhões
UFTMHospital Escola
R$ 7,757
milhões
UFGHospital das Clínicas
R$ 8,651
milhões
UFSCHospital Universitário Polidoro Ernani de São Thiago
R$ 7,261
milhões
UFESHospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes
R$ 6,063
milhões
UFMSHospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian
R$ 6,655
milhões
UFFHospital Universitário Antônio Pedro
R$ 6,040
milhões
UNBHospital Universitário
R$ 4,746
milhões
UFCHospital Universitário Walter Cantídio
R$ 5,640
milhões
UFPAHospital Univeristário João de Barros Barreto
R$ 5,316
milhões
UFCMaternidade Escola Assis Chateaubriand
R$ 5,259
milhões
FURGHospital Univeristário Dr. Miguel Riet Correia Júnior
R$ 4,706
milhões
UFALHospital Universitário Professor Alberto Antunes
R$ 4,063
milhões
UFBAHospital Universitário Professor Edgard Santos
R$ 3,878
milhões
UFPBHospital Universitário Lauro Wanderley
R$ 3,720
milhões
UFRNHospital Universitário Onofre Lopes
R$ 3,840
milhões
UFPELHospital Escola
R$ 2,888
milhões
UFAMHospital Universitário Getúlio Vargas
R$ 3,212
milhões
UNIRIOHospital Universitário Gaffrée e Guinle
R$ 3,639
milhões
UFCGHospital Universitário Alcides Carneiro
R$ 3,297
milhões
UFJFHospital Universitário
R$ 2,707
milhões
UFMTHospital Universitário Julio Muller
R$ 1,849
milhões
UFSHospital Univesritário
R$ 1,837
milhões
UFRJMaternidade Escola
R$ 1,748
milhões
UFRNMaternidade Escola Januário Cicco
R$ 2,144
milhões
UFBAMaternidade Clemério de Oliveira
R$ 1,661
milhões
UFRJInstituto de Psiquiatria
R$ 1,499
milhões
UFGDHospital Universitário
R$ 2,113
milhões
UFRNHospital Universitário Ana Bezerra
R$ 408,770
mil
UFRJInstituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira
R$ 956,187
mil
UFPRMaternidade Vitor Ferreira do Amaral
R$ 427,296
mil
UFRJInstituto de Neurologia Deolindo Couto
R$ 161,356
mil
UFRNHospital de Pediatria Professor Heriberto F. Bezerra
R$ 351,398
mil
UFPAHospital Universitário Bettina Ferro de Souza
R$ 83,666
mil
UFRJInstituto de Doenças do Tórax
R$ 53,785
mil
UFRJHospital Escola São Francisco de Assis
R$ 26,892
mil


Recursos repassados por meio do REHUF
2011
R$ 100 milhões – em julho de 2011
R$ 250 milhões – em setembro de 2011
R$ 150 milhões – em outubro de 2011
Total: R$ 500 milhões
2010
R$ 100 milhões – em julho de 2010
R$ 200 milhões – em fevereiro de 2011
Total: 300 milhões 

fonte: Ministerio da saude.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Camara de Olinda vai manter os 17 vereadores.

Os vereadores de Olinda decidiram manter em 17 o número de cadeiras da Casa Bernardo Vieira de Melo. Embora este número possa ser ampliado para 23, os parlamentares discutiram e chegaram à conclusão que a Câmara não dispõe de recursos financeiros para ampliar o número de vereadores. Segundo o vereador Jorge Federal, líder do Governo na Câmara, foi feita uma consulta ao TSE, através da União de Vereadores de Pernambuco (UVP) na qual basearam sua decisão. Uma vez que o número de vereadores em Olinda pode ser no mínimo de 17 e o máximo de 23, eles decidiram manter o número mínimo. "Acho interessante que a cidade possa ter um número maior de representantes, proporcional ao número de habitantes, mas nossa Câmara não tem recursos para ampliar o número de legisladores, agora. Além disso, segundo a consulta que a UVP fez ao TSE, as câmaras municipais têm até as convenções de 2012 para modificar a Lei Orgânica, então há tempo e a possibilidade de voltarmos a discutir a questão não está descartada", comenta.

Lei Orgânica de 2009:   http://vereadorjorgeprestanista.com.br/leiorganicaolinda2009.pdf

fonte: AME-PE.

Anvisa proíbe uso e venda de nove produtos fitoterápicos

Brasília – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso e a venda de nove produtos fitoterápicos no país. Alguns indicados para tratamento de obesidade, celulite, impotência sexual e infecção renal, segundo os fabricantes. Nenhum dos produtos tem registro.

De acordo com a Anvisa, a suspensão já está valendo em todo o território nacional. A medida foi publicada hoje (14) no Diário Oficial da União. Quem tem um dos produtos suspensos deve interromper o uso, recomenda a agência.

Abaixo os fitoterápicos suspensos pela Anvisa:

1) Chá Sete Ervas (130g)
Empresa: Rouxinol Produtos Naturais (São Paulo)
Indicação: Obesidade, gordura localizada, celulite,colesterol

2) Xarope Flor da Índia (500 ml)
Empresa: Nutri Plantas (Manaus).
Indicação: Boca amarga, cólica de fígado ou rins, prisão
de ventre e dores de cabeça

3) Xarope Flor do Sertão (500ml).
Empresa: Elis Natu’s.
Indicação: Hepatite, úlcera gástrica, pedras na vesícula e ácido úrico

4) Flor da Catingueira (500 ml)
Empresa: Bonature Produtos Naturais (Belo Horizonte).
Indicação: Bebida com extratos vegetais e vitamina C

5) Umburana (500 ml).
Empresa: Não consta
Indicação: Infecções dos rins, fígado e vesículas

6) Nutri Plantas (compostas de ervas medicinais 500 ml)
Empresa: Nutri plantas (Manaus)
Indicação: Empachamento, úlcera, azia, boca amarga e
dores gástricas

7) Folha Santa (200 ml)
Empresa: Natureza Viva
Indicação: Evita derrame, palpitação no coração, tônico
do coração

8)Elixir de Pai João (250 ml)
Empresa: Não consta
Indicação: Dores de Barriga, impotência sexual, perda de
memória,

9) Tayu Caroba (Elixir natural composto de 250 ml).
Empresa: Não consta.
Indicação: Depurativo do sangue, elimina cravos, espinhas,
tumores e feridas

fonte: Agencia Brasil.



  • COMENTÁRIOS:

A proibição da Anvisa do uso  dos fitoterápicos, só vem mostrando quanto é grande a influência das indústrias farmacêuticas na saúde pública e em seu ensino. Proibir os fitoterápicos é colocar os pacientes na dependência dos medicamentos, levando a muitos a se auto-medicarem principalmente os hipocondríacos. Ninguém na faculdade de medicina, aprende a tratar doentes e sim doenças com o uso de medicamentos. Não se ensina tratar com usos de plantas, ninguém ensina que é se alimentar direito,mas se ensina em que horários tomar os medicamentos por onde tomar e como preparar. É ASSIM QUE ESTÃO NOS FAZENDO MÉDICOS. A fitoterapia está conosco antes da colonização, proibir seu uso é como se um pedacinho de nossa história fosse jogado para bem longe, onde não se possa mais vê-la.

Código Florestal: especialista defende fundo do clima para compensar produtores que preservarem

Brasília - Os mecanismos de compensação ao setor agrícola pela necessidade de se preservar matas e florestas, especialmente as localizadas em áreas de mananciais e nascentes, foram o foco do debate promovido hoje (15) pelas comissões de Agricultura, Ciência e Tecnologia e de Meio Ambiente do Senado.

O representante da Fundação Amazônia Sustentável, Virgílio Viana, por exemplo, defendeu a cobrança aos consumidores brasileiros de 1% do valor da conta de água e de energia para formar o Fundo do Clima que atuaria como mecanismo de compensação aos produtores brasileiros pela proteção de áreas de preservação permanente (APPs) e recomposição de reserva legal.

O representante da fundação ressaltou que manter as florestas "é um pressuposto" ao desenvolvimento agropecuário, uma vez que são elas quem garantem o abastecimento de água, a preservação de rios, córregos e nascentes. Ele defendeu a "amazonização" do projeto de lei. Segundo ele, a proposta consolidada pelos deputados atendeu "aos interesses dos pequenos produtores do Sul e Sudeste e dos interesses do setor agropecuário do Centro-Oeste."

O ex-ministro de Meio Ambiente José Carlos Carvalho, do governo Fernando Henrique Cardoso, destacou a necessidade de os senadores consolidarem um Código Florestal que – além de tentar resolver os problemas do passado, como desmatamentos em APPs e desrespeito à manutenção da reserva legal – possa ter "perspectivas para o futuro". Ele frisou que é impossível plantar ou criar gado sem água e com solo degradado.

"No momento em que a China enfrenta problemas por falta de água, temos que ter a consciência de que não poderemos ter uma agricultura sem água e sem solo. Água e florestas estão intrinsecamente ligadas", ressaltou o ex-ministro. Carvalho disse que, desde 1965, quando elaborou-se o código vigente, foram feitas várias tentativas "frustradas" de recuperação de áreas degradadas.

Para ele, o desafio do Senado e também do governo é construir um Código Florestal capaz de ter políticas públicas para a consolidação de uma agricultura sustentável, em que o setor agropecuário possa ter mecanismos de compensação ambiental. "É possível criar um código sem anistia ampla, geral e irrestrita."

O economista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Carlos Eduardo Young defendeu a criação de estímulos financeiros aos agricultores para que preservem matas e florestas. Mas, é preciso definir quem pagará a conta e quem terá direito a recebê-los. "Vou premiar quem sempre desmatou e prejudicar em preservou? Preciso criar estímulo para que quem desmatou preserve e, também, para não cair na cilada de quem preservou se sentir prejudicado e passar a desmatar."

Eduardo Condorelli, da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), disse que é preciso ter cautela no debate do pagamento de compensações ambientais. Como exemplo, ele apresentou dados levantados pela entidade que mostram uma redução da atual área de cultivo de grãos que retornaria para safras equivalentes as colhidas em 2003, caso seja mantida a necessidade de recomposição de APPs e reservas legais.

"Haveria uma redução nas áreas de café, cana, bovinos, frangos e suínos. Também teríamos uma redução nas exportações da ordem de R$ 37 bilhões. Temos que ter parâmetros para recompor essa renda no caso de ter que se manter obrigação de recuperar passivos ambientais", disse Condorelli.

fonte: Ag. Brasil

O Direito de Não Votar.

Fala-se muito que o direito maior do cidadão é o voto. Mas a participação popular nos espaços políticos passa a se tornar tão importante quanto o direito de votar para a sua cidadania. Mas os confrontos sociais e a obrigatoriedade de registros pelo Título de eleitor são uns dos principais inibidores de seu direito. E a garantia dele seria o respeito de sua liberdade de forma onde pudesse escolher primeiro seu desejo de votar e depois em quem votar, como se é feito em outros países desenvolvidos.

Vamos distiguir a democracia representativa e a participativa. A Democracia Representativa acontece quando é dado o direito dos cidadãos escolherem seus representantes, a principal forma é o voto, mas isso o desresponsabiliza das ações do Estado. Já a Democracia Participativa acontece quando o cidadão oculpa seus espaços políticos, isso o responsabiliza de qualquer ato praticado pelo governo, já que ele o compõe.

O confronto entre o dominador e o dominado passa a ser vistos nas relações sociais, onde as idéias daqueles passam a ser absorvidas por estes. Nas escolas e em qualquer outros espaços educativos passam a ensinar essas ideias. Isso faz com que ocorra uma perda de sua autonômia, para a construão de seus ideiais. Mas também seus espaços passam a ser desrespeitados pelas autoridades, sendo intensificado sua restrição aos espaços políticos e culturais. Se tornando mais e mais vulnerável aos princípios da burguêsia.

Uma outra forma que existe para impossibilitar o direito de cidadânia, é a obrigatoriedade de registros pelo Título de eleitor. Se o cidadão não vota ele não passa a ter acesso aos espaços onde lhe compete em direito, como p. ex., emprego, cursos técnicos e superiores, fato esse que muitas vezes se "jogam" na criminalidade e no tráfico de drogas para garantir sua alimentação. Também isso faz com que o indivíduo, cansado da politicagem praticada, ofereça seu voto por um "pedaço de papel".

Seria importante que todos pudessem escolher sobre sua liberdade. Mas infelismente não é assim. Garantir o direito de não-votar passa a ser irrelevante para uma Nação que se diz democrática e popular. Se quisermos resolver isso, temos que nos manifestar por um direito igual de todos entre nós, caso contrário nossa prática não se passará de teorias fabulosas, onde o encanto da prosa perderá sua convicção.


                                                                                  william silva vieira

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

João Paulo e as mudanças no mundo global: Filho de João Paulo critica o PT e o prefeito.

Seria interessante se pudessemos pensar o caso local de João Paulo, articulando-o com o momento da política global. Vivemos um momento  - da crise europeia à primavera árabe – de redifinição dos canais de mediação política . Parece que estamos chegando a um estágio de esgotamento do atual modelo de representação política. No Brasil, esse momento está chegando, sem talvez atingir por ora a mesma força que teve em outros lugares. Talvez seja na cidade do Recife onde podemos ver com mais nitidez essa dinâmica, em decorrência de um intenso sentimento coletivo de desamparo diante do desgoverno de João da Costa.  Desacreditadas com a política institucional, as pessoas estão se organizando para mostrar o seu descontentamento de várias maneiras. A vontade de falar mal do prefeito João da Costa é hoje o grande dínamo da socialização recifense.

Mas as pessoas não estão interessadas em saber do partido do prefeito, pois a maioria absoluta dos recifenses ainda votaria em João Paulo, independente do partido em que estivesse. Ora, ainda que se mantivesse no PT,  o mesmo partido do impopularíssimo João da Costa, João Paulo ganharia a eleição de 2012. Em certo sentido, a população sabe que os partidos hoje em dia não passam de facções cartoriais manipuladas pelos interesses das oligarquias. E o que são hoje certas alas do PT senão neo-oligarquias? O drama de João Paulo é que ele foi educado politicamente numa tradição de esquerda que entendia o partido como setor de vanguarda da sociedade, que munido de disciplina revolucionária e organicidade ideológica, atingiria os seus objetivos. O mundo é outro, a esquerda é outra, e são os próprios petistas de Pernambuco que transformaram o partido naquilo que ele é hoje: um lugar sem nenhuma organicidade ideológica e cheio de interesses particulares. Como João da Costa pode ter feito uma administração com prioridades sociais e políticas tão diferentes daquelas de João Paulo, sendo os dois do mesmo partido? Isso mostra a falta de organicidade do partido, sem dúvida.

É importante enfatizar o novo momento da história global em que estamos vivendo, no qual certos rótulos já não dizem tantas coisas, e os partidos parecem se apequenar diante do papel que teriam que desempenhar diante do mundo complexo em que vivemos. Não se trata de dizer que esquerda e direita não existem. Não é isso. Mas de dizer que nem sempre um partido “teoricamente” de esquerda, e “teoricamente” popular, vai ser um partido cuja gestão vai se pautar por práticas de fato populares e de esquerda. João Paulo pode abraçar uma ideia de partido já ultrapassada e se achar pertencente a um projeto “nacional”, ou pode de fato usar o grande descontentamento diante da política e a mobilização social que há hoje em dia em torno desse descontentamento para reafirmar um projeto popular e de esquerda – que marcou sua gestão – ainda que fora do partido que tradicionalmente empunhava tais ideias como bandeira.
Temos tempos interessantes à nossa frente.

PS. se você veio até aqui pela repercussão na mídia, seja bem vindo, mas discuta os argumentos. Agressões pessoais e assuntos fora de pauta não são bem vindos.

COMENTÁRIOS DE JAMPA:

Na minha análise, João Paulo era filiado a uma ala enfraquecida do PT. Ao se candidatar, ninguém acreditava que ele fosse vencer. O próprio Humberto Costa disputou a vereança (o mais votado da história até hoje). Uma vez que JP conseguiu a prefeitura, as disputas internas pelo poder dentro do PT começaram a se acirrar. JP disputou a reeleição legitimamente mas a sucessão abriria novamente o debate interno. JP não cedeu e conseguiu manter a hegemonia de seu grupo político indicando o Secretário João da Costa (eleito deputado estadual com total empenho de JP). Com a derrota de Humberto Costa para o governo do Estado, essa pressão sobre JP passou a ser ainda maior! O grupo de Humberto queria a PCR e JP não estava disposto a fazê-lo.

Eduardo Campos tem uma aliança forte com PT, PTB e PDT. Logo, nenhum desses partidos irá abrigar JP para disputar a PCR em 2012. PSDB e Democratas é impossível. Restam PCdoB e PMDB.

No PCdoB João Paulo teria o Deputado Luciano Siqueira ao seu lado, faria uma campanha popular, porém de partido único. Para piorar, o partido poderia perder Olinda com o PT lançando candidato próprio. E isso não seria impossível, pois a gestão de Renildo não tem uma boa avaliação.

No PMDB, João Paulo não ficaria politicamente descaracterizado pelo fato de o partido estar na Vice-presidência e ser aliado do PT no plano nacional (e o argumento da nacionalização das alianças seria interessante). Mas o problema seria convencer o PSDB, o Democratas e o PPS a não lançarem candidato próprio, aumentando as chances de eleição de JP. E, após eleito, JP não estaria tão livre para implementar uma gestão nos moldes da anterior devido ao apoio de partidos tão diferentes de sua visão política.

Logo, só resta a João Paulo continuar em Brasília, o que é uma perda enorme para o Recife. Hoje não há candidato à altura dos problemas que a cidade enfrenta.

fonte: Blog do Jampa

Para Dilma, Alckmin é 'parceiro excepcional'

A presidente Dilma Rousseff e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinaram nesta terça-feira no Palácio dos Bandeirantes a liberação pelo governo federal de R$ 1,72 bilhão para as obras do trecho norte do Rodoanel. O investimento total da obra é de R$ 6,11 bilhões.

Esse foi o segundo encontro da presidente com o governador no dia. Pela manhã, eles estiveram juntos em Araçatuba (SP), onde lançaram a pedra fundamental do Estaleiro Rio Tietê, cujas primeiras embarcações devem ser entregues em 2012.

País enfrentará crise com consumo e produção, diz Dilma

Jorge Araújo/Folhapress
Tucano Geraldo Alckmin e petista Dilma Rousseff trocaram afagos em cerimônia no Palácio do Bandeirantes
Tucano Geraldo Alckmin e petista Dilma Rousseff trocaram afagos em cerimônia no Palácio do Bandeirantes


O ex-governador José Serra (PSDB), secretários de Estado e deputado tucanos e petistas assistiram a cerimônia em que Dilma e Alckmin trocaram afagos

Em seu discurso, a presidente chamou Alckmin de "parceiro excepcional".

"Sozinhos temos dificuldade de fazer obras de impacto no país, quando nos unimos, quando ultrapassamos quaisquer pensamentos que não sejam o bem público, nós conseguimos fazer", disse Dilma.

Em ato falho, a presidente se referiu ao prefeito do São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), como governador.

Alckmin também enalteceu o que chamou de características republicanas da presidente.

Os dois evitam a imprensa após cerimônia.

INCÔMODO

Reportagem da Folha publicada no sábado mostrou que a relação de Dilma com o tucanato está causando incômodo entre integrantes do partido.

O evento de hoje foi a segunda vez em menos de um mês que Dilma vai ao Palácio dos Bandeirantes.

No dia 18 de agosto, a sede do governo paulista foi palco da assinatura do pacto dos Estados do Sudeste do plano Brasil sem Miséria, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Reunidos na semana passada, deputados petistas reclamaram de Alckmin ser o maior beneficiário político dos investimentos federais no Estado, em prejuízo dos projetos eleitorais do PT.

A avaliação é que, no cenário nacional, Dilma colhe os dividendos. Já em São Paulo, é o PSDB que se beneficia politicamente da relação.

fonte: Folha.com

Hospital da Restauração assina convênio com órgão da OMS para neurocirurgia


Pelo menos nossos motoqueiros não estão morrendo em vão.

A cerimônia de abertura do “14th Interim Meeting of the World Federation of Neurosurgical Societies” (WFNS - órgão ligado a OMS em Genebra) e do “15º Congresso de Atualização da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia”, promovido pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, contou com a participação do Governador Eduardo Campos e do vice João Lira Neto, além do secretário de saúde Antônio Figueira e do secretário de Governo, Maurício Rands.

Mais de 80 países, representados através de mais de 1.100 médicos neurocirurgiões que participam do evento, assistiram, ontem à noite, no Summerville Beach Resort Hotel, em Porto de Galinhas (PE), a assinatura e oficialização do convênio entre o Governo de Pernambuco e a WFNS, o que torna o Hospital da Restauração referência do setor no mundo.

“O Brasil já é o terceiro centro de neurocirurgia do mundo. Ver o trabalho do Serviço Único de Saúde (SUS) sendo reconhecido pelo seu trabalho por um órgão internacional é muito importante”, enfatiza o Governador Eduardo Campos.

No início da reunião, Almir Rouche cantou o Hino Nacional do Brasil. Em seguida, Dr. Hildo Azevedo, Presidente da Comissão Organizadora dos dois congressos e primeiro latino americano a fazer parte da organização nesses 55 anos de atuação do evento, por sua vez, durante discurso, falou da importância de trazer o evento para Pernambuco e agradeceu a presença dos especialistas.

Peter Black, Presidente da WFNS, disse que era com satisfação que trazia o evento para o Brasil mais uma vez (o encontro já aconteceu em São Paulo, no ano de 1977) e para finalizar a cerimônia, Almir Rouche cantou o Hino de Pernambuco.

O evento, que sempre acontece na língua inglesa e envolve 115 países, é o mais importante do mundo para a Neurocirurgia. Segundo o Dr. Hildo, existem cerca de 40.000 neurocirurgiões no mundo.

NEUROCIRURGIA NO BRASIL – O país é um dos principais centros de neurocirurgia do planeta, ocupando, no ranking, o lugar da 3ª sociedade mais importante do tema no mundo. Por este motivo, é o primeiro encontro em Neurocirurgia mundial do Norte-nordeste, transformando Pernambuco na capital da especialidade no ano de 2011.

PERNAMBUCO – O Hospital da Restauração, referência no assunto, é o primeiro hospital a operar em Neurocirurgia do Brasil, tem a melhor UTI de Pernambuco e o maior número de leitos da América do Sul na especialidade. Tornou-se um centro internacional de treinamento em neurocirurgia para a América Latina. O investimento no setor ajudou o HR a saltar de 1.500 cirurgias para 2.500 por ano, e tem como uma das metas principais, alcançar a casa de 3.000 operações.

“O serviço público pode ser melhorado. Tenho muitos planos e esse encontro em Pernambuco vai ajudar a melhorar ainda mais o serviço no estado. O congresso vai sedimentar nossa posição, colaborando no investimento de novos gestores. O projeto, que começou há 35 anos, hoje é uma realidade”, ressalta Dr. Hildo, quando fala da importância do evento para o estado, não só do ponto de vista científico, como também da perspectiva político-administrativa e turística.

Dr. Hildo Azevedo, também Chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital da Restauração, tem como objetivo, preparar neurocirurgiões para atuar em países como Guiné-Bissau, Porto Príncipe (Haiti), Cabo Verde e Timor-Leste, contribuindo para desenvolvimento desses povos. Entre os demais projetos do mais importante centro médico em Neurocirurgia do estado, está o de fornecer materiais da especialidade para algumas nações da África – continente que não tem Neurocirurgiões em 12 países.

Desmanches na Tucanada: Parceria com Dilma eleva aprovação popular de Alckmin



Informa Renata Lo Prete na sua coluna hoje na Folha de S.Paulo:


''Pesquisas à disposição do Palácio dos Bandeirantes indicam que a troca de amabilidades com Dilma Rousseff faz bem à imagem de Geraldo Alckmin. Na semana passada, quando um subordinado lhe propôs uma agenda pública no dia 13, Dilma explicou por que não podia: 'Tenho um evento com o meu governador de São Paulo'.


Tró-ló-ló Em meio às gentilezas recíprocas na cerimônia de ontem, Sebastião Almeida (PT) cobrou do governador a extensão do metrô até Guarulhos. Pego de surpresa, o tucano prometeu conversar. 'Mas precisamos sair da conversa, que se arrasta desde 1985, para a ação', rebateu o prefeito.''

2014: Heloisa deixa PSOL e entra no partido de Marina


Sem espaço no PSOL, a ex-senadora Heloísa Helena decidiu embarcar no projeto de Marina Silva, que deixou o PV em julho e estuda criar um partido para se candidatar à Presidência de novo em 2014. Elas ensaiaram a união ano passado, quando Heloísa quis ser vice de Marina, mas os socialistas vetaram a ideia para lançar a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio. A alagoana renunciou à presidência do PSOL depois da eleição, e agora autorizou a amiga a usar seu nome no movimento suprapartidário que deve dar origem a uma sigla sob sua liderança.

A aliança seria formalizada ontem, em ato promovido por Marina em Brasília, mas Heloísa não pôde ir por problemas de saúde -ela se recupera de um possível AVC (acidente vascular cerebral). "É um momento muito especial", disse à Folha de S.Paulo, de Maceió. "Espero estar com Marina na construção deste processo, que poderá culminar, como acho que certamente acontecerá, numa organização partidária para 2014."


fonte: Blog do Magno Martins

PT municipal reforça Costa para as eleições

Em meio às especulações sobre uma possível desfiliação do ex-prefeito e deputado federal João Paulo, a executiva municipal do PT do Recife reuniu, ontem, os seus membros para demarcar uma posição: reforçar o apoio político da direção ao projeto de reeleição do prefeito João da Costa. A maioria da executiva municipal está ao lado do atual prefeito e uma parte dela, inclusive, ocupa cargos na PCR. Quando essa questão foi colocada, algumas lideranças lembraram que, em 2008, João Paulo não promoveu nenhum debate em torno do nome de João da Costa, simplesmente o apresentou como o seu sucessor. E mesmo com a resistência de setores do PT, a campanha foi realizada. Por isso, essas mesmas lideranças criticaram João Paulo por "expor" o atual prefeito após o rompimento dos dois. Isso, segundo a cúpula, "fragiliza" o debate eleitoral.

O PT do Recife assegurou que o comando da sucessão em 2012 está "nas mãos" de João da Costa, independentemente de qualquer posição de João Paulo. O prazo para a troca de sigla expira no dia 6 de outubro. Os membros da executiva avaliaram que o prefeito, mesmo com as críticas que vem recebendo da opinião pública sobre as ações de sua administração, reúne "todas as condições" para renovar o mandato em 2012. Eles apostam no perfil técnico de Costa, no conhecimento que ele acumulou, ao longo dos últimos dez anos, para resolver os problemas da cidade. E que isso será percebido pela população.

Coincidência ou não, o PT do Recife realizou a primeira reunião oficial para discutir a sucessão municipal um dia após o prefeito ter sido recebido entre vaias e aplausos pelos agentes comunitários de saúde do município, em um evento promovido pela PCR. Até entre os próprios servidores públicos João da Costa está encontrando dificuldade para construir uma agenda positiva. O vereador Múcio Magalhães, que é ligado a João Paulo, participou da reunião da executiva, mas não polemizou.

O debate dos petistas, ontem, não ficou focado apenas na eleição majoritária. Conversaram também sobre a composição da chapa proporcional. Formaram uma comissão para listar os pré-candidatos que estarão ao lado dos atuais vereadores, postulantes naturais à reeleição. Integram esse grupo o presidente do PT do Recife, Oscar Paes Barreto, e os vereadores Osmar Ricardo (líder do PT na Câmara) e Luiz Eustáquio (líder do governo). Eles conversam com o prefeito sobre essa composição até o fim de semana, uma vez que o próximo encontro do PT do Recife será na segunda (19). Nos bastidores, alguns nomes novos já despontam para a eleição de vereador, como o da mulher do senador Humberto Costa, Luciana Félix (presidente da Fundação de Cultura do Recife), e o da filha do deputado federal Fernando Ferro, Flávia Ferro.

Primeiro, o PT quer discutir a sua chapa. Depois, abrirá o debate para a possibilidade de disputar com uma chapinha ou integrando um chapão. Nesse último caso, terá que se coligar com outras legendas. Em 2008, o PT se uniu ao PSB, PCdoB e PTB. A formatação, no entanto, vai depender da composição da frente de partidos que dará suporte à majoritária.

fonte: Blog do Jamildo.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Para todos aqueles que bebem: Feliz Dia da cachaça.

O dia 13 de setembro é considerado o "Dia da Cachaça" em referência ao dia 13 de setembro de 1661 quando a coroa portuguesa autorizou a produção da cachaça no Brasil, após muita pressão de algumas capitanias.
Trâmita, no congresso, uma lei que tenta oficializar esta data no Brasil. Enquanto o dia não entra para o calendário oficial, alguns estabelecimentos já aderiram à celebração com um festival para homenagear o destilado.

RECEITAS DE CAIPIRINHAS:

Caipirinha perfeita

Para o xarope de açúcar:
- 1kg de açúcar
- 1/2 litro de água fervida

Modo de preparo:
Ferva a água e adicione o açúcar. Misture bem, coloque em uma embalagem ou garrafa e leve à geladeira.

Para a caipirinha:
-1 limão Tahiti
-50ml de cachaça de boa qualidade
-Gelo picado

Modo de preparo:
Corte o limão ao meio e em seguida fatie em quatro gomos. Coloque os gomos em um copo longo e acrescente 20 ml, aproximadamente duas colheres de sopa, de xarope de açúcar. Com um pilão, macere os gomos até extrair todo o suco. Acrescente gelo quebrado e uma dose de cachaça. Com uma colher longa, misture todo o conteúdo até que fique bem homogêneo. Decore com dois gomos de limão e sirva em seguida.

Caipirinha de limão-siciliano e rapadura

Ingredientes:
- 1 limão Tahiti
- 1 limão-siciliano
- duas colheres de sopa de rapadura ralada
- 50 ml de cachaça de boa qualidade

Modo de preparo:
Para começar, raspe a rapadura em filetes. Corte o limão tahiti ao meio e depois em quatro gomos. Coloque os gomos em um copo longo, acrescente 1 colher de sopa de suco de limão siciliano e duas colheres de sopa de raspas da rapadura. Com um pilão, macere até extrair todo o suco, acrescente gelo quebrado e uma dose de cachaça de boa qualidade. Com uma colher longa, misture os ingredientes e por fim decore com pedaços de rapadura e um gomo de limão siciliano.

Chile: estudantes têm exigências para negociar

Os estudantes chilenos entregaram uma contraproposta ao Ministério da Educação.

Os estudantes querem negociar com o governo uma reforma do ensino, objeto de quatro meses de massivos protestos, violentamente reprimidos pelo governo.
Os estudantes querem que as autoridades congelem os projetos de lei enviados ao Congresso, por considerá-los uma ação unilateral; que as discussões sejam públicas; a educação seja gratuita para pelo menos 60% dos estudantes sem condições de pagar os estudos. Eles também reivindicam a manutenção das bolsas de estudo e dos créditos estudantis.
Após reunião dos estudantes com o presidente Sebastián Piñera, no último dia 5, o Ministério da Educação propôs criar três grupos de trabalho para apresentar uma solução até o fim do mês.
Ao mesmo tempo, ameaçou cortar as bolsas de estudo e os créditos estudantis, caso os alunos não voltem às aulas e não terminem o primeiro semestre acadêmico em 7 de outubro.
Os estudantes protestam contra a inexistência de ensino público gratuito no Chile, onde existem mensalidades em universidades públicas e privadas.
Há bolsas só para quem tem baixa renda e boas notas e com juros elevados, o que faz os recém-formados iniciarem as carreiras profissionais com dívidas que demoram dez anos para serem pagas.


fonte: UJS

PCdoB defenderá reforma democrática em encontro com Lula

Para emplacar a reforma política a qualquer custo, o ex-presidente da República Luíz Inácio Lula da Silva decidiu entrar nas negociações com a base aliada para que o anteprojeto de lei, na Câmara, seja discutido e aprovado quarta-feira (21). Entre os pontos polêmicos do texto, estão lista mista e doações de pessoas físicas, empresas privadas e públicas, em detrimento do financiamento público exclusivo. Para o PCdoB, é preciso manter as posições históricas do partido.



“Trata-se de uma tentativa de aprovar a reforma abrandando os pontos polêmicos. O relator está tentando fazer uma espécie de proposta híbrida para ver se ela se torna mais palatável e, portanto, fechar uma unidade entre os partidos”, declarou Renato Rabelo, presidente do PCdoB.

Na sexta-feira (16), Rabelo e os presidentes do PDT e PSB se reúnem com Lula, às 9h30, no hotel Sofitel, em São Paulo, para discutir o tema. O PSB não confirmou presença até a publicação desta. Ontem, o ex-presidente da República se encontrou com lideranças petistas de onde saiu com a missão de convencer as legendas governistas a apoiar o anteprojeto. O PMDB também deverá ser procurado.

Para Renato Rabelo, é preciso haver um entendimento entre a base do governo. No entanto, a legenda não abrirá mão de suas posições sobre o financiamento público exclusivo, votação a partir de lista preordenada (fechada) e manutenção das coligações proporcionais. “Defendemos o financiamento de campanha com recursos públicos para reduzir a influência do poder econômico no processo eleitoral. Se não for assim, a emenda sairá pior que o soneto”, afirmou Rabelo.

Já com relação ao voto em lista, o partido acredita que é preciso mudar a atual forma de votar, de lista aberta, onde o eleitor opta pelo nome de sua preferência, para a lista preordenada, onde o partido organiza a ordem em que seus candidatos serão eleitos, independentemente do número de votos recebidos. A lista preordenada também é importante na divisão dos recursos públicos. Com ela, eles serão divididos igualmente entre os que estão na relação preestabelecida. “A lista preordenada ajuda a fortalecer o sistema e os partidos”, afirmou o líder comunista.

No entanto, no texto do anteprojeto, de autoria do deputado federal Henrique Fontana (PT-RS), relator da Comissão Especial da Reforma Política, da Câmara, consta a forma mista de votação. Ou seja, o eleitor passaria a votar duas vezes para vereador, deputado federal e deputado estadual: uma na legenda e outra no candidato de sua preferência. “Isso pode gerar ainda mais confusão e tornar o resultado distante da vontade dos eleitores", explicou Rabelo. Isso porque o eleitor poderia votar na lista de um partido e, também, escolher um candidato filiado a outro partido.

Ainda de acordo com o anteprojeto, o financiamento de campanha será público, mas continuaria sendo feito também por pessoas físicas e empresas do setor privado. Todos em um único fundo. Na divisão dos recursos, a maior fatia (80%) seria dividida em partes proporcionais ao tamanho de cada bancada, na eleição anterior, como ocorre atualmente com o fundo partidário.

Coligações

O presidente Renato Rabelo também declarou ser contrário ao fim das coligações proporcionais. Para ele, o fim das coligações proporcionais só interessa aos grandes partidos, que querem diminuir as bancadas dos pequenos e médios partidos políticos no Congresso Nacional. “É uma ferramenta saudável, democrática, onde os partidos que agem de maneira correta, e que têm interesses em comum, se aliam”, defendeu o presidente do PCdoB.


fonte: Vermelho

O Racha no PT: Eleições 2012Filho de João Paulo bate em João da Costa, desanca o PT e sinaliza que ele não tem mais o que fazer no partido

Seria interessante se pudessemos pensar o caso local de João Paulo, articulando-o com o momento da política global. Vivemos um momento - da crise europeia à primavera árabe – de redifinição dos canais de mediação política . Parece que estamos chegando a um estágio de esgotamento do atual modelo de representação política. No Brasil, esse momento está chegando, sem talvez atingir por ora a mesma força que teve em outros lugares. Talvez seja na cidade do Recife onde podemos ver com mais nitidez essa dinâmica, em decorrência de um intenso sentimento coletivo de desamparo diante do desgoverno de João da Costa. Desacreditadas com a política institucional, as pessoas estão se organizando para mostrar o seu descontentamento de várias maneiras. A vontade de falar mal do prefeito João da Costa é hoje o grande dínamo da socialização recifense.

Mas as pessoas não estão interessadas em saber do partido do prefeito, pois a maioria absoluta dos recifenses ainda votaria em João Paulo, independente do partido em que estivesse. Ora, ainda que se mantivesse no PT, o mesmo partido do impopularíssimo João da Costa, João Paulo ganharia a eleição de 2012. Em certo sentido, a população sabe que os partidos hoje em dia não passam de facções cartoriais manipuladas pelos interesses das oligarquias. E o que são hoje certas alas do PT senão neo-oligarquias? O drama de João Paulo é que ele foi educado politicamente numa tradição de esquerda que entendia o partido como setor de vanguarda da sociedade, que munido de disciplina revolucionária e organicidade ideológica, atingiria os seus objetivos. O mundo é outro, a esquerda é outra, e são os próprios petistas de Pernambuco que transformaram o partido naquilo que ele é hoje: um lugar sem nenhuma organicidade ideológica e cheio de interesses particulares. Como João da Costa pode ter feito uma administração com prioridades sociais e políticas tão diferentes daquelas de João Paulo, sendo os dois do mesmo partido? Isso mostra a falta de organicidade do partido, sem dúvida.

É importante enfatizar o novo momento da história global em que estamos vivendo, no qual certos rótulos já não dizem tantas coisas, e os partidos parecem se apequenar diante do papel que teriam que desempenhar diante do mundo complexo em que vivemos. Não se trata de dizer que esquerda e direita não existem. Não é isso.

Mas de dizer que nem sempre um partido “teoricamente” de esquerda, e “teoricamente” popular, vai ser um partido cuja gestão vai se pautar por práticas de fato populares e de esquerda. João Paulo pode abraçar uma ideia de partido já ultrapassada e se achar pertencente a um projeto “nacional”, ou pode de fato usar o grande descontentamento diante da política e a mobilização social que há hoje em dia em torno desse descontentamento para reafirmar um projeto popular e de esquerda – que marcou sua gestão – ainda que fora do partido que tradicionalmente empunhava tais ideias como bandeira.

Temos tempos interessantes à nossa frente.

fonte: Blog do Jamildo