quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O Direito de Não Votar.

Fala-se muito que o direito maior do cidadão é o voto. Mas a participação popular nos espaços políticos passa a se tornar tão importante quanto o direito de votar para a sua cidadania. Mas os confrontos sociais e a obrigatoriedade de registros pelo Título de eleitor são uns dos principais inibidores de seu direito. E a garantia dele seria o respeito de sua liberdade de forma onde pudesse escolher primeiro seu desejo de votar e depois em quem votar, como se é feito em outros países desenvolvidos.

Vamos distiguir a democracia representativa e a participativa. A Democracia Representativa acontece quando é dado o direito dos cidadãos escolherem seus representantes, a principal forma é o voto, mas isso o desresponsabiliza das ações do Estado. Já a Democracia Participativa acontece quando o cidadão oculpa seus espaços políticos, isso o responsabiliza de qualquer ato praticado pelo governo, já que ele o compõe.

O confronto entre o dominador e o dominado passa a ser vistos nas relações sociais, onde as idéias daqueles passam a ser absorvidas por estes. Nas escolas e em qualquer outros espaços educativos passam a ensinar essas ideias. Isso faz com que ocorra uma perda de sua autonômia, para a construão de seus ideiais. Mas também seus espaços passam a ser desrespeitados pelas autoridades, sendo intensificado sua restrição aos espaços políticos e culturais. Se tornando mais e mais vulnerável aos princípios da burguêsia.

Uma outra forma que existe para impossibilitar o direito de cidadânia, é a obrigatoriedade de registros pelo Título de eleitor. Se o cidadão não vota ele não passa a ter acesso aos espaços onde lhe compete em direito, como p. ex., emprego, cursos técnicos e superiores, fato esse que muitas vezes se "jogam" na criminalidade e no tráfico de drogas para garantir sua alimentação. Também isso faz com que o indivíduo, cansado da politicagem praticada, ofereça seu voto por um "pedaço de papel".

Seria importante que todos pudessem escolher sobre sua liberdade. Mas infelismente não é assim. Garantir o direito de não-votar passa a ser irrelevante para uma Nação que se diz democrática e popular. Se quisermos resolver isso, temos que nos manifestar por um direito igual de todos entre nós, caso contrário nossa prática não se passará de teorias fabulosas, onde o encanto da prosa perderá sua convicção.


                                                                                  william silva vieira

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