segunda-feira, 30 de abril de 2012

Meu Maio


A todos
Que saíram às ruas
De corpo-máquina cansado,
A todos
Que imploram feriado
Às costas que a terra extenua –
Primeiro de Maio!
Meu mundo, em primaveras,
Derrete a neve com sol gaio.
Sou operário –
Este é o meu maio!
Sou camponês - Este é o meu mês.
Sou ferro –
Eis o maio que eu quero!
Sou terra –
O maio é minha era!

                   
 
Vladimir Maiakovski

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Governo lança Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho


O governo federal lançou nesta sexta-feira (27), em solenidade em Brasília, o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho, que tem por objetivo assegurar melhores condições no ambiente e nas relações de trabalho.

A cerimônia integra a programação do Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho, que é comemorado neste sábado (28). No ato, também foram acendidas velas em homenagem aos trabalhadores que faleceram em função de acidentes de trabalho. 

Em 2010, de acordo com o Ministério da Previdência, foram registrados 701.496 acidentes de trabalho no Brasil, enquanto que, em 2009, foram 733.365. O número de mortes, por sua vez, passou de 2.560 para 2.712 de 2009 para 2010.

Segundo dados oficiais, o Brasil é o quarto colocado mundial em número de acidentes fatais do trabalho. De acordo com o governo, é registrada, no país, cerca de uma morte a cada 3,5 horas de jornada diária e são gastos mais de R$ 14 bilhões por ano com acidentes de trabalho.

"Temos praticamente 18 mihões de pessoas a mais inseridas no mercado de trabalho nos últimos nove anos. Só no governo da presidente Dilma, estamos perto de chegar na marca dos três milhões de empregos. É importante a preocupação que a gente cresça o número de pessoas empregadas e reduza cada vez mais a quantidade de acidentes de trabalho. O maior ativo das empresas são os recursos humanos e temos de cuidar dele cada vez mais", disse o ministro do Trabalho, Paulo Roberto Pinto.

Plano Nacional de Segurança do Trabalho

Entre os objetivos do novo plano estão a harmonização da legislação trabalhista, sanitária e previdenciária relacionadas à saúde e segurança do trabalho; a integração das ações governamentais para o setor; a adoção de medidas especiais para atividades com alto risco de doença e acidentes e a criação de uma agenda integrada de estudos em saúde e segurança do trabalho. Segundo o governo, foram definidas tarefas de curto, médio e longo prazo, além de um conjunto de ações de caráter permanente. 

A elaboração do plano ficou a cargo de uma Comissão Tripartite com representantes do governo, trabalhadores e empregadores. "O aspecto intersetorial do plano é reforçado pela padronização dos critérios quanto à caracterização de riscos e agravos relacionados aos processos de trabalho e construção de banco de dados relativo aos indicadores de gestão. Isso significa que os três ministérios irão compartilhar informações para fomentar as práticas pertinentes à área", informou o Ministério do Trabalho.

De acordo com o governo federal, a educação continuada é uma das diretrizes a serem seguidas, com a inclusão de conhecimentos básicos em prevenção de acidentes e da Saúde e Segurança no Trabalho no currículo do ensino fundamental e médio da rede pública e privada. O plano também buscará revisar as referências curriculares para a formação de profissionais em saúde e segurança no trabalho, de nível técnico, superior e pós-graduação, acrescentou o Ministério do Trabalho.

Situação do trabalho no Brasil

Segundo o diretor da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Dari Beck Filho, mais de 700 mil pessoas adoecem no trabalho no nosso país, sendo que 2.800 trabalhadores, na média dos últimos anos, acabam morrendo. 

"Temos clareza da real situação das condições de trabalho. Temos situações que lembrariam do século XVIII ou XIX, em termos de condições de trabalho. Ainda temos pessoas em condições análogas à escravidão. Hoje, damos um pequeno passado para caminhar para ter um país mais justo e igualitário. O país tem crescimento econômico pujante, redução do desemprego, mas tem que ter desenvolvimento social", disse Dari Filho.

Para Clovis Veloso de Queiroz Neto, coordenador de Segurança e Saúde no Trabalho na Confederação Nacional da Indústria (CNI), há muitos problemas no país com a segurança do trabalho. Acrescentou, entretanto, que está havendo uma melhora do cenário.

"Precisamos sensibilizar empresários, governo e trabalhadores em prol da diminuição dos acidentes do trabalho", declarou ele, acrescentando que as entidades patronais têm buscado este objetivo. Segundo Queiroz Neto, o número de acidentes de trabalho somou 659 mil em 2007, subindo para 701 mil em 2010. Porém, em 2007, o país tinha 37 mihões de trabalhadores, passando para 44 milhões em 2010. Em termos relativos, disse ele, houve uma queda de 10%. 

De acordo com a diretora da Organização Internacional do Trabalho, Lais Abramo, não se pode falar em trabalho decente sem foco central na saúde e na segurança do trabalho. "Nada melhor do que uma celebração do 28 de abril do que o ato que está sendo realizado aqui hoje. Mais uma vez o Brasil, com esse plano, vem mostrando que realmente está fazendo um esforço muito grande para transformar tudo isso em realidade", declarou ela.

fonte: Globo

Pedido de vista adia votação do Plano Nacional de Educação em comissão especial da Câmara


O deputado Angelo Vanhoni (PT-PR) apresentou hoje (24) a versão final do relatório do Plano Nacional de Educação (PNE), mas as discussões a respeito do texto ficaram para maio. Vários parlamentares que compõem a comissão especial fizeram um pedido de vista conjunto ao projeto que estabelece as 20 metas na área da educação que o país deverá atingir no prazo de dez anos. O objetivo do pedido é ganhar mais tempo para negociar com o governo um aumento na meta de investimento.
Desde que o projeto de lei que cria o PNE chegou à Câmara dos Deputados, no fim de 2010, o financiamento tem sido o ponto mais polêmico. O governo propôs ampliar o investimento público em educação dos atuais 5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 7%, no prazo de dez anos. O relatório apresentado por Vanhoni hoje manteve a meta de investimento já anunciada no ano passado, de 7,5% do PIB. Mas parlamentares e movimentos da sociedade civil cobram uma meta mais ousada, de 10% do PIB para a educação.
Neste mês, os parlamentares da comissão se reuniram com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para tentar aumentar os recursos previstos no plano, mas não houve avanço na negociação. O deputado Izalci (PR-DF), um dos autores do pedido de vista, considera necessário mais tempo para o diálogo com a área econômica. “O que nós pretendemos, de fato, é chegar nos 10% do PIB. Eu sinto que o governo tem condições de assumir esse compromisso em função do pré-sal, da política de redução dos juros”, acredita.
A avaliação de parte dos deputados da comissão é que o ministro Mantega “desconhecia” o PNE e, por isso, a necessidade de mais tempo para avançar na meta de financiamento. “O ministro foi muito gentil e cordial, mas mostrou um desconhecimento do PNE. Educação continua sendo prioridade só nos palanques políticos. Esse país não consegue pagar o piso dos professores e tem criança estudando em escola de lata. Não podemos acreditar que a gente não precisa de mais dinheiro”, criticou a deputada Dorinha Seabra (DEM-TO).
O deputado Izalci disse que já está colhendo assinaturas para levar o PNE à votação no plenário. Pelo regimento, a matéria só precisa ser votada na comissão especial, mas, se houver um requerimento com pelo menos 53 assinaturas, o projeto também será apreciado em plenário. “No plenário, nós vamos para votação nominal e, aí, eu quero ver [os deputados votarem contra a meta de 10% do PIB]”, disse Izalci.
A próxima reunião da comissão ficou marcada para 8 de maio. Vanhoni continua defendendo que o patamar de investimento previsto em seu relatório é suficiente para cumprir as metas de ampliação de vagas e melhoria da qualidade do ensino em todas as etapas da educação, da creche à pós-graduação. “Eu insisto que é importante aprovarmos o PNE aqui nessa comissão antes do término deste semestre para que [o PNE] seja tema de debate no processo eleitoral. A aprovação vai fazer com que a comunidade educacional se mobilize para que todos os partidos se comprometam em relação às metas do PNE”, defendeu.
Leia baixo um texto de Ivam Valente e Roberto Romano "PNE: PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
Fonte: Agencia Brasil

1º de maio: marcha soberana contra a exploração capitalista


No dia internacional dos trabalhadores, manifestantes de todo o país vão se mobilizar contra a ganância financeira, levantando bandeiras como "menos juros, mais desenvolvimento, empregos e salários". A data foi oficialmente instituída em 1891, durante o Congresso da Segunda Internacional de Bruxelas.


Desde a 2ª Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 2010, o movimento dos trabalhadores aderiu ao 1º de maio unificado, dia de mobilizações e reivindicações em todo país sob a coordenação conjunta das cinco centrais sindicais. Foi o primeiro grande passo do movimento sindical brasileiro na direção de uma unidade cada vez mais firme e decidida para obter mais conquistas para a classe trabalhadora.


Em 2012, o cenário delicado enfrentado por alguns setores da economia (principalmente a indústria) e a influência negativa da crise econômica mundial, torna essa unidade cada vez mais estratégica. “É nossa obrigação debater e trazer todo o movimento sindical para enfrentar essa situação, especialmente no que diz respeito à indústria nacional”, disse o presidente da CTB, Wagner Gomes.

Mas a comemoração do 1º de Maio vai além destes objetivos imediatos e necessários. É uma data para reafirmar os princípios classistas da luta por uma sociedade mais justa. “Nossas bandeiras históricas têm que ser levantadas neste dia tão importante para a classe trabalhadora”, defende João Batista Lemos, dirigente da CTB e vice-presidente da Federação Sindical Mundial (FSM).

Entre as bandeiras imediatas da luta dos trabalhadores estão o combate à precarização do trabalho e a defesa de uma política macroeconômica mais ousada para favorecer o desenvolvimento do país, a criação empregos e a distribuição de renda, fortalecer a soberania nacional e a importância da defesa do meio ambiente.

É neste sentido que João Batista Lemos destaca também a necessidade de politizar as comemorações do 1º de Maio, colocando no centro delas o objetivo de longo prazo da luta dos trabalhadores: a superação do capitalismo e o início da transição para o socialismo. É uma luta difícil mas que avança, em especial na América Latina; os povos buscam seus modelos próprios para alcançar este objetivo, respeitando as particularidades e a história de cada país. Luta que tem um objetivo grandioso: lutar para derrotar o capitalismo e a exploração do homem pelo homem e iniciar uma nova etapa civilizatória para a humanidade, mais justa e igualitária.

História operária 
A comemoração do Dia Internacional do Trabalhador lembra e homenageia a história da luta da classe operária contra a exploração capitalista. Foi em Chicago (EUA) que a repressão sangrenta contra uma greve iniciada justamente nesse dia, em 1886, deixou um rastro de sangue e violência. E também de heroísmo proletário. Os trabalhadores exigiam melhores salários sob a bandeira principal da redução da jornada de trabalho da média de 13 horas diárias para 8 horas. 

Data socialista
Muitos foram mortos e feridos pela polícia e pelos capangas das indústrias, que reprimiam a greve. Milhares foram presos, com as sedes de sindicatos incendiadas e destruídas pela repressão. Entre os líderes da greve (os “oito de Chicago”) cinco foram condenados à morte. August Spies, Albert Parsons, Georg Engel e Adolph Fisher foram enforcados. Louis Lingg, também condenado à morte, suicidou-se. A pena de Sam Fieldem e Michel Shwab foi a prisão perpétua e a de Oscar Neeb, quinze anos de prisão. 

Cinco anos depois, em 1891, o Congresso da Segunda Internacional de Bruxelas aprovou o 1° de maio como o Dia Internacional dos Trabalhadores.

No Brasil, é comemorado desde 1895, também na luta por melhores salários e pela jornada 8 horas diárias. Santos (SP) foi a cidade pioneira. Em 1925 a data virou feriado nacional.
É uma data classista, de festa que comemora os trabalhadores, e de luta por suas bandeiras e para expor ao mundo seu objetivo final, o fim da exploração capitalista.



fonte: Vermelho

Karl Marx: Teórico e Prático das Lutas dos Trabalhadores

Estudioso profundo 
Acima de tudo um racionalista 
Criou o materialismo histórico 
Mostrou a dialética cientificista 
O que move a História 
É sempre uma revolução progressista. 

Foi líder estudantil 
Combatente socialista 
“A ignorância jamais levará ninguém a lugar nenhum” 
Falava o jovem cientista 
Outra sociedade é possível 
Dentro de uma filosofia humanista. 

A primeira sociedade 
Foi à primitiva sociedade comunista 
Todos eram donos dos meios de produção 
Dentro de um sistema igualitarista 
Com os avanços das forças produtivas 
Gerou-se a sociedade escravista. 

O escravismo desapareceu 
Pois, era um modo de produção de exploração classista 
Esse sistema deu o lugar 
A sociedade feudalista 
Os senhores feudais deram lugar 
Pra um mundo burguês rentista. 

Com a Revolução Industrial 
Nasceu a imposição do mundo capitalista 
Com a Revolução Francesa 
Nasceu a idéia iluminista 
Marx estudou toda história 
Para fundamentar o ideário social internacionalista.

Junto com seus companheiros 
Fundaram a liga dos comunistas 
Para combater o capitalismo 
Só uma organização mundial classista 
“Proletários de todos os países, uni-vos” 
Contra a burguesia fascista. 

Era um homem articulado 
Unia de Bakunin aos líderes esquerdistas 
A nossa desunião 
Só interessa ao capital egoísta 
Façamos a revolução 
Contra a sociedade burguesa exclusivista. 

Apaixonado pela luta dos trabalhadores 
Criou o manifesto comunista 
Uma grande obra literária 
Estudada pelo mundo dos trabalhadores mudancista 
Hoje é tão estudado 
Como as escrituras sagradas adventista. 

Foi com Frederic Engels 
Seu amigo inseparável 
Que criaram o socialismo cientifico 
Essa ciência inestimável 
Pelos trabalhadores é apreciada 
Pela burguesia é inaceitável.

Marx foi teórico e prático 
Teorizou a idéia comunista 
Estava nos sindicatos 
Em sua época foi vanguardista 
Um homem do povo 
Criou O Capital, maior obra dos economistas. 

Um homem que passou fome 
Dedicado a causa socialista 
Com sua família 
Enfrentou a Europa capitalista 
O seu legado é majestoso 
Velho, guerreiro realista! 

O pensamento Marxista 
Não é um dogma pra ser venerado 
Como ciência:
Deve ser estudo 
E a luz da realidade 
Deve ser aplicado.

Quando afirmamos que somos Marxista 
Nos julgam de ultrapassados 
Que o Marxismo morreu 
E nossas ideias pertencem ao passado 
Porém, esquece a ideologia capitalista
Que o que o velho afirmou no mundo atual está comprovado.

Assim como encontramos no Marxismo 
A nossa riqueza material 
Também encontramos nele 
A nossa força espiritual 
As duas coisas andam juntas 
Formando um belo e inseparável casal.

Era 1883, 
Morria o grande Marx artista 
De todas as artes 
Da dialética a política modernista 
Saudações revolucionárias! 
Defender esse ideário tem que ser otimista



fonte: Vermelho

STF decide por unanimidade que sistema de cotas é constitucional


O STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quinta-feira por unanimidade que o sistema de cotas raciais em universidades é constitucional. O presidente do STF, Carlos Ayres Britto, iniciou seu voto --o último dos ministros-- por volta das 19h30, antecipando que acompanha o voto do relator Ricardo Lewandowski.


O julgamento, que terminou por volta das 20h, tratou de uma ação proposta pelo DEM contra o sistema de cotas da UnB (Universidade de Brasília), que reserva 20% das vagas para autodeclarados negros e pardos.

Ayres Britto disse durante o voto que os erros de uma geração podem ser revistos pela geração seguinte e é isto que está sendo feito.

Em um voto de quase duas horas, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou ontem (25) que o sistema de cotas em universidades cria um tratamento desigual com o objetivo de promover, no futuro, a igualdade.

Para ele, a UnB cumpre os requisitos, pois definiu, em 2004, quando o sistema foi implantado, que ele seria revisto em dez anos. "A política de ação afirmativa deve durar o tempo necessário para corrigir as distorções."

Luiz Fux foi o segundo voto a favor das cotas raciais. Segundo Fux, não se trata de discriminação reservar algumas vagas para determinado grupo de pessoas. "É uma classificação racial benigna, que não se compara com a discriminação, pois visa fins sociais louváveis", disse.

A ministra Rosa Weber também seguiu o voto do relator. Para ela, o sistema de cotas visa dar aos negros o acesso à universidade brasileira e, assim, equilibrar as oportunidades sociais.

O quarto voto favorável foi da Ministra Cármen Lúcia, que citou duas histórias pessoais sobre marcas deixadas pela desigualdade na infância.

Em seu voto, o ministro Joaquim Barbosa citou julgamento da Suprema Corte americana que validou o sistema de cotas para negros nos Estados Unidos, ao dizer que o principal argumento que levou àquela decisão foi o seguinte: "Os EUA eram e continuam a ser um país líder no mundo livre, mas seria insustentável manter-se como livre, mantendo uma situação interna como aquela".

Peluso criticou argumentos de que a reserva de vagas fere o princípio da meritocracia. "O mérito é sim um critério justo, mas é justo apenas em relação aos candidatos que tiveram oportunidades idênticas ou pelos menos assemelhadas", disse. "O que as pessoas são e o que elas fazem dependem das oportunidades e das experiências que ela teve para se constituir como pessoa."

O ministro Gilmar Mendes também votou pela constitucionalidade das cotas em universidades, mas fez críticas ao modelo adotado pela UnB. Ele argumentou que tal sistema, que reserva 20% das vagas para autodeclarados negros e pardos, pode gerar "distorções e perversões".

Celso de Mello disse, durante seu voto, que ações afirmativas estão em conformidade com Constituição e com Declarações Internacionais subscritas pelo Brasil.

Marco Aurélio Mello também seguiu o relator e votou pela constitucionalidade do sistema de cotas. Dias Toffoli não participou do julgamento por ter dado um parecer no processo quando era da Advocacia-Geral da União.

fonte: Folha

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Advertência Nacional aos Planos de Saúde


Nesta quarta-feira (25) houve uma paralisação nacional aos planos de saúde. Diante disso é importante vê o que se passa dentro dos interesses capitais dos planos de saúde.

O Sistema de Saúde Suplementar (SSS) ou Planos de Saúde, existem com a finalidade de garantir uma saúde adequada para aqueles que pagam, ou seja, sua função deveria ser unicamente social. Mas com o fortalecimento do capital privado nesses planos, sua principal função passou a ser lucrativa e mercantilista.

Dentre algumas reclamações pelos médicos estão às restrições de atendimentos para com aqueles que apresentam diversos fatores de risco, como diabetes, hipertensão, obesidade, etc, já que suas manutenções gerariam mais gastos. Interferindo assim no atendimento, seríamos os ventrílocos dos capitalistas e estaríamos contra a formação uma medicina mais humana.

Lógico, não estou aqui para afirmar que as SSS é um lixo, mas precisamos fazer ela funcionar diante da Constituição. Não estou pregando o Sistema Socialista ou Capitalista, até por que garantir uma saúde humanizada e universal é constitucional. Como ex, cito a Saúde da França, Canadá e Cuba em comparação aos EUA, como mostra o filme de Michel Moore, “Sicko”.  Enquanto que os dois primeiros são Sistemas Capitalistas o terceiro é um Sistema Socialista e todos mantém a mesma dinâmica de saúde sem precisar dos planos, já nos EUA os planos dão exemplo de funcionamento aos daqui, baseando-se nas mesmas propostas capitalistas.

Quero abordar a importância dessa luta médica contra os planos de saúde nacional. Combater os interesses privados é uma obrigação médica para quem quer valorizar a medicina. Simplesmente não queremos uma só um aumento de salário, até porque ninguém pode nos comprar. Queremos uma medicina baseada na valorização de nosso profissional através do respeito e na qualificação de atendimento aos pacientes, estes são mais do que pagadores de planos de saúde, são cidadãos brasileiros e que merece respeito independente de sua pessoa.
william silva vieira

CPI, governo e centrais: todos pela PEC do Trabalho Escravo

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Escravo decidiu, em sua reunião desta quarta-feira (24), se unir às centrais sindicais e à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República na manifestação marcada para o próximo dia 8 de maio pela aprovação da PEC do Trabalho Escravo, prevista para ser votada nesse dia. A manifestação faz parte da programação do Dia do Trabalhador – 1º de maio.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC ) do Trabalho Escravo prevê o confisco de terras onde forem encontrados trabalhadores em situação análoga ao trabalho escravo. Após o confisco, as terras deverão ser destinadas à reforma agrária. Votada em primeiro turno em 2004, a PEC está pronta para ser votada em segundo turno.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o trabalho escravo realizou ontem mais uma audiência pública na Câmara dos Deputados. Foi a segunda audiência pública promovida pela CPI, que ainda fará outras atividades similares antes de realizar diligências em áreas com incidência de trabalho escravo.

Parlamentares ligados à bancada ruralista que participam da CPI têm insistido na estratégia de questionar a legalidade e a legitimidade das ações de fiscalização promovidas pelo Ministério Público do Trabalho, com apoio de outros órgãos públicos e de entidades da sociedade civil.

O presidente da CPI, deputado Cláudio Puty (PT-PA), avalia que esses questionamentos são normais no início dos trabalhos, mas rechaçou a tese defendida por alguns que negam a existência de trabalho escravo no Brasil. “Estamos iniciando o trabalho com um debate conceitual, e muitos parlamentares não conhecem o histórico do Brasil em relação ao combate ao trabalho escravo. Mas existe uma jurisprudência internacional e há mecanismos legais claros no Código Penal brasileiro que caracterizam o que é o trabalho análogo à escravidão”, afirmou o deputado.

Alegações marginais

Puty também rebateu a ideia de que o problema é a fiscalização excessiva e disse que a comissão iniciará em breve o trabalho de campo e as oitivas de empresas flagradas no uso de mão de obra escrava. “Os alegados excessos da fiscalização são absolutamente marginais, e a CPI está começando a encontrar o foco. Após essa fase de debates, vamos realizar visitas aos estados e convocar empresários acusados de trabalho escravo”, informou o presidente.

Roberto de Figueiredo Caldas, jurista brasileiro candidato à Corte Interamericana de Direitos Humanos, foi um dos expositores da audiência pública. Ele disse que o trabalho escravo constitui “um crime contra a humanidade”.

Caldas também acredita que a aprovação da PEC que expropria terras onde for constatada a ocorrência dessa prática pode contribuir muito para inibi-la. “É preciso mostrar para o Brasil e para o mundo que a nossa sociedade não tolera a escravidão. Portanto, é imprescindível a aprovação, em segundo turno, da PEC”, afirmou o jurista.

fonte: Vermelho

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Renato Rabelo: a revolução é obra de milhões



Em sua intervenção final no seminário PCdoB 90 anos: história, legado, lições e alternativa socialista, o presidente nacional do PCdoB tira lições de nove décadas para a construção e a ação de um partido atualizado e capaz de enfrentar as contradições contemporâneas.


Por José Carlos Ruy, da Redação do 
Vermelho



Renato Rabelo
Renato Rabelo: um partido necessário e viável para o atual período histórico
As comemorações dos 90 anos do Partido Comunista do Brasil promovidas pela direção nacional foram encerradas em ponto alto no sábado (21) em São Paulo com a última etapa do seminário PCdoB 90m anos: história, legado, lições e alternativa socialista, iniciado na sexta-feira (20) com uma programação que envolveu, na parte da manhã, a exposição das condições contemporâneas da luta pela construção do socialismo na China, Vietnã, Cuba e Venezuela e, à tarde, pela exposição, pelo presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, sobre as Lições dos 90 anos de lutas do PCdoB (veja aqui).Considerando o seminário como “pleno de êxito”, Renato Rebelo dedicou-se a fazer uma avaliação, de caráter teórico e analítico, das conquistas acumuladas nestes 90 anos de existência continua do Partido Comunista do Brasil, e dos desafios da luta pelo socialismo na atualidade. “Qual o novo período histórico que nós vivemos e qual o Partido necessário, viável, para - neste período histórico - alcançar novas conquistas na luta pelo socialismo”.

Para ser mais preciso, na “nova luta pelo socialismo”, como Renato Rebelo vem insistindo já a algum tempo. Ele parte de um diagnóstico circunstanciado da situação que o movimento comunista vive, no mundo, nestes duas décadas posteriores à derrocada do socialismo na União Soviética e no Leste Europeu. Aquela foi uma derrota estratégica, insiste ele. Mas a fase pior está passando, afirma. A fase mais aguda daquela derrota vai dando lugar, diz, a um novo período histórico, “abrindo possibilidades ao acúmulo revolucionário”. 

Novo período histórico que pode ser caracterizado pelo aprofundamento da crise do capitalismo que o mundo vive nestes anos; pela mudança gradativa que ocorre a nível do poder mundial; no Brasil, pelo novo ciclo histórico aberto com a eleição de Luís Inácio Lula da Silva em 2002 e as mudanças iniciadas no quadro político, econômico e social no país; na América Latina, pela integração soberana e autônoma que o continente vive, principalmente na América do Sul, e pelas mudanças que indicam o fortalecimento da soberania continental face ao poderio do imperialismo dos EUA.

O mundo vive hoje condições de mudanças históricas de grande envergadura.. Há um grande acúmulo na base material moderna, disse, que leva a humanidade ao limiar de novas situações. É um desenvolvimento que se traduz no acúmulo de forças produtivas que só poderão ser liberadas com a superação no modo de produção capitalista. Deste ponto de vista, em sua explanação, Renato Rebelo identifica uma situação de contradição entre as novas forças produtivas e as relações de produção que só poderá ser resolvida, em benefício do conjunto da humanidade, num novo sistema que supere as limitações impostas pelo capitalismo. Cita, como exemplo, a conquista de uma nova base energética com potencial de superar a predominante atualmente, com base no petróleo e nos combustíveis sólidos. E conclui: o modo de produção está, do ponto de vista objetivo, superado historicamente, embora ainda prevaleça em virtude das condições subjetivas moldadas pela política e pela ideologia burguesa que persistem e dominam. Trata-se de uma nova situação que coloca os povos e as nações diante de uma encruzilhada de rumos, e o que prevalecerá depende da luta ideológica e política cujo centro é a definição de uma nova alternativa necessária e viável capaz de superar o sistema capitalista.

Nesta situação, pensa o dirigente comunista, ou surgem novas formas de ação política capazes de impulsionar as forças sociais e políticas interessadas na mudança revolucionária, ou o sistema capitalista pode ainda prevalecer por um longo período histórico marcado por outras crises e pela barbárie. E cita, entre a busca de novas alternativas, os exemplos das nações - como China, Vietnã, Cuba e, agora, Venezuela - que mantém a perspectiva socialista.

No Brasil, disse, o PCdoB procurou elaborar seu programa - que resultou das propostas formuladas anteriormente -, o Programa aprovado pelo 12º Congresso do Partido, em 2009, onde aponta a alternativa a ser seguida na nova luta pelo socialismo nas condições contemporâneas do Brasil. É um programa, disse, que veio exatamente para atender às perspectivas, tendências e desafios contemporâneos. Ali, o PCdoB propõe um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento que se apresenta como o caminho ao objetivo estratégico, a conquista da abertura da transição ao socialismo. Este será o terceiro salto civilizacional da história nacional. Os dois anteriores foram representados pela conquista da independência, pelo fim da escravidão, pela passagem à República e, o segundo, pela revolução de 1930 que aprofundou as condições de industrialização e desenvolvimento moderno do país. E, acentua, a conquista deste terceiro salto civilizatório não será possível nos marcos do capitalismo, mas implica na abertura da transição para um sistema superior, o socialismo.

Neste sentido, o PCdoB - como portador deste programa mais avançado e como instrumento de organização da vanguarda do povo para enfrentar os novos desafios e alcançar novas conquistas - é imprescindível para este novo tempo e a nova luta pelo socialismo. Para enfrentar estas tarefas é necessário um partido de pensamento avançado e revolucionário, com uma tática combativa, ampla e flexível.

Assim, Renato Rabelo referiu-se aos guias básicos para forjar este novo Partido, a partir do balanço da experiência de 90 anos, e ancorado nela. Guias descritas e apresentadas de forma aprofundada no documento PCdoB: 90 anos em defesa do Brasil, da democracia e do socialismo, aprovado pelo Comitê Central do Partido em 1º de Abril de 2012 e lançado em livro durante o seminário realizado neste fim de semana.

Sucintamente, as guias se referem à luta incessante pela existência de um partido comunista de feição e prática revolucionária - contemporâneo, forte, independente e influente, como garantia para as vitórias; ao desenvolvimento e enriquecimento teórico e ideológico - baseado na ciência social mais avançada, o marxismo, e construído na prática social, como condição essencial para a definição de uma política justa e coerente, de um programa e prática de alcance revolucionário; à garantia da relação dialética e intrínseca entre a formação do Partido, da sua direção, e a conquista das massas trabalhadoras e populares, intervindo nos grandes acontecimentos políticos, como modo determinante para o Partido cumprir sua tarefa revolucionária; um Partido capaz de cumprir sua missão revolucionária deve ser forjado em firme unidade de ação baseada em uma política justa, comprovada no curso dos acontecimentos políticos, e elaborada no aprofundamento do método democrático e participativo, no estímulo à criatividade e à livre expressão das opiniões individuais, na atividade prática mobilizadora, sob a condução de um único centro dirigente; finalmente, na convicção de quem constrói o reúne os meios e as condições para montar e organizar o Partido são seus quadros e, uma vez definida a linha política, eles se tornam fator decisivo para a aplicação das decisões assumidas. 

A síntese destas nove décadas de existência do Partido Comunista do Brasil, concluiu Renato Rabelo, pode ser resumida no reconhecimento de que, com um rumo nítido, com a bandeira da revolução e do socialismo, é preciso ousar seguir um caminho próprio, combativo, amplo e criativo, que responda aos novos fenômenos, porque a revolução é obra de milhões de seres humanos.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

‘Presente’ de despedida do Ricardo Teixeira deve durar até 2018



Sim. Ricardo Teixeira deixou a CBF, mas antes de se retirar por completo, o cartola fez seu último negócio a frente da entidade. Ele vendeu os direitos de transmissão das eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 e da Copa de 2014  da seleção masculina  e da feminina  para a empresa de marketing do seu compadre, Kleber Leite.

A informação foi publicada na Folha de S.Paulo desta quinta-feira e dá conta que a negociação ocorreu um pouco antes do cartola deixar o cargo, conforme o balancete da CBF obtido pelo jornal.

A CBF recebeu R$ 4, 025 milhões referentes a 'antecipação pela cessão de direitos comerciais e outras pela Klefer Ltda pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. A mesma empresa pagou R$ 1, 335 milhão como adiantamento pelas duas versões da Copa do Mundo de 2014 (edição masculina) e 2015 (edição feminina).

Kleber Leite  se notabilizou por ser um dos ex-presidentes mais controversos do Flamengo e por ser o candidato de Teixeira à presidência do Clube dos 13 quando foi derrotado por Fábio Koff.  A Klefer organizou os últimos amistosos da seleção no Brasil e o Superclássico das Américas contra a Argentina.

fonte: Yahoo

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Um pouco de História: O que os índios e a batalha dos guararapes tiveram a haver?

Em nossa história, o homem branco só serviu para massacrar nossas tribos indígenas, restando poucas delas. Mas durante a Batalha dos Guararapes, eles foram forçados a lutar pelos direitos dos homens brancos restando aos índios mortes. No final quem ganhou o mérito da batalha dos guararapes foi o exército brasileiro que durante a ditadura tentou calar a sociedade, entre eles os índios, os quais pediam suas terras, perdidas desde a época colonial.