quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ilhas Malvinas: 30 anos com um intruso em sua porta!!

Durante toda a sua história as Ilhas Malvina serviram mais como interesses mercantilistas do que interesses sociais. Não é à toa que na Ilha não se conta com nenhum oftalmologista, apesar de um oftalmologista ir para a ilha fazer cirurgia de catarata e exames oculares em intervalos irregulares (uma vez durante anos), e apenas dois dentistas. O King Edward VII Memorial Hospital (KEMH) é o único hospital da capital.
As Ilhas Malvinas (em inglês Falkland Islands) são territórios britânicos ultramarinos no Atlântico Sul, constituídos por duas ilhas principais e um número elevado de ilhas menores, situadas ao largo da costa da América do Sul, mais ou menos à latitude de Río Gallegos. Sua capital é a aldeia de Stanley.
Em 1820, a Argentina, após a independência da Espanha, envia um mercenário dos EUA para reocupar as ilhas em nome do novo governo independente. Mas a ocupação das ilhas, na prática, só começou em 1827, quando a Argentina enviou colonos. Em 2 de janeiro de 1833, veio a fragata britânica HMS Clio, comandada pelo capitão John James Onslow, que informou aos argentinos que o Império Britânico iria retomar a posse das ilhas. O Capitão José Maria Pinedo, considerando que não havia condições para resistência, embarcou seus homens e voltou para a Argentina.
A soberania sobre as ilhas é reclamada pela Argentina. Em 1982, argentinos e britânicos travaram a Guerra das Malvinas pela posse do território. Apesar da vitória militar britânica no conflito, o governo argentino mantém a reivindicação de soberania até hoje. A perda da guerra contra o Reino Unido pela posse das ilhas levou ao colapso da ditadura militar argentina em 1983. Os argentinos ainda exigem o reconhecimento da soberania, apesar da negação e silêncio do Reino Unido. A ilha é oficialmente considerada propriedade soberana do trono britânico e sua majestade a Rainha Elizabeth.
Em 2001, o primeiro-ministro britânico Tony Blair foi o primeiro a visitar a Argentina desde a guerra. No 22º aniversário da guerra, o Presidente Néstor Kirchner da Argentina em seu pronunciamento insistiu que as ilhas seriam parte do território argentino. Kirchner fez das ilhas uma de suas prioridades em 2003, e em junho desse mesmo ano o assunto foi levado para o comitê das Nações Unidas. Os moradores das Ilhas Malvinas são em sua maioria britânicos, e desejam manter os laços com o Reino Unido.
Em 2009 o Reino Unido começou a explorar petróleo na região, gerando reação da Argentina e dos países sul-americanos como Venezuela e Brasil. O governo argentino argumentou que a passagem de navios e a exploração em plataformas viola seu território, fato negado pelo governo britânico. Há um clima geopolítico pesado sobre o tema, nas possíveis consequências de uma nova guerra e no envolvimento de países aliados ao governo de Cristina Kirchner. O Reino Unido ignora o assunto, numa estratégia de esperar aonde tais desdobramentos chegarão e afirma a soberania do seu território com constantes exercícios militares e intercâmbio de civis britânicos na região.
A economia da Ilha é baseada na pesca e a agricultura. Existem também relevantes criações de ovelhas (totalizando 600 000), extração de petróleo e gás natural. Os kelpers, como são chamados os moradores da ilha, possuem a renda per capita mais elevada da América Latina: US$ 25 mil/ano. O transporte mantém a dinâmica das rodovias com 348 km de estradas nas Ilhas Malvinas, das que 83 km são pavimentados e a Ilha possui apenas dois serviços de táxi em Port Stanley, meio de transporte que pode ser usado para andar na cidade ou nas áreas em redor. Existem dois portos nas Ilhas Malvinas: Port Stanley e Fox Bay.
Vários países declararam apoio à Argentina nessa disputa pelas Ilhas Malvinas, dentre os quais Venezuela e Cuba, além de alguns intelectuais. A Assembleia Nacional de Cuba declarou "solidariedade" à Argentina na questão da soberania das Ilhas Malvinas e disse que o arquipélago "é e vai continuar sendo argentino". As Ilhas Malvinas são da Argentina e o caminho para sua retomada é a pressão política, que favoreça a adoção de uma solução pacífica para o conflito com a Grã-Bretanha, afirmou nesta segunda-feira (2) o senador Roberto Requião (PMDB-PR), em discurso acompanhado pelo embaixador argentino, Luiz Maria Kreckler. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ratificou hoje seu "apoio incondicional" à Argentina pela reivindicação de soberania pelas Ilhas Malvinas, ao completar 30 anos do conflito bélico que travou com a Grã-Bretanha. Vários ganhadores do Prêmio Nobel da Paz e aliados latino-americanos da Argentina acusam o Reino Unido de militarizar a disputa. As forças argentinas se renderam em 14 de junho, após batalhas que custaram à vida de 649 argentinos e 255 britânicos, além de três moradores que morreram por fogo amigo britânico. As informações são da Associated Press.

A importância de defender as Ilhas Malvinas na mão da Argentina deriva do fato de fortalecer mais ainda a América Latina sem colônias e independente. Hoje nós sabemos que além das Ilhas Malvinas há também outras colônias europeias, como as Antilhas Francesas e Holandesas, além de algumas explorações nos países caribenhos. Nenhum desses países possui sua autonomia, com uma saúde e educação precária e só servindo de exploração capital para tais países europeus. É desta forma que vamos combater as iniquidades sociais e garantir um direito de liberdade para a população latinocaribenha, garantindo um sonho de Simon Bolivar e, aqui no Brasil, do General Abreu e Lima de vê a América LatinoCaribenha forte.

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