terça-feira, 12 de junho de 2012

É assim que eles nos recepcionam: MP 568!!

Médicos servidores federais em todo o país paralisam as atividades hoje (12) em protesto contra a Medida Provisória (MP) nº 568, de 2012, que trata da remuneração e da jornada de trabalho dos profissionais de saúde.

O texto prevê que os médicos que atualmente mantêm jornada de 20 horas semanais no serviço público, ao ingressar na carreira, tenham que cumprir 40 horas semanais e receber o mesmo valor. A categoria alega que a MP representa uma redução de 50% na remuneração

Para a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a medida provisória interfere na remuneração e desfigura a jornada de trabalho dos profissionais de saúde. A estimativa da entidade é que, em todo o país, 42 mil médicos ativos e inativos do Ministério da Saúde sejam atingidos pelas novas regras, além de 7 mil do Ministério da Educação.

Também hoje, uma comissão mista do Congresso Nacional deve votar a admissibilidade da MP 568. O objetivo da categoria é, por meio da paralisação, pressionar o Parlamento e abrir caminho para a primeira greve geral de médicos servidores federais no país que acontece no dia 28 de junho.

Os protestos, de acordo com a Fenam, serão organizados pelos sindicatos de cada região.

Em resposta ao protesto o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado. Com o aval da Presidência da República, o parlamentar apresentará emenda ao texto. “O Ministério do Planejamento reconhece que teve um erro na medida provisória. Nós vamos corrigir o erro”, disse a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ao deixar o Congresso após reunião com Eduardo Braga.


Segundo o Secretário da FENAM,Waldir Cardoso, a paralisação de hoje não representa apenas a defesa dos direitos dos profissionais de saúde, mas da população em geral, uma vez que a Fenam considera a redução de 50% do salário dos médicos “um atentado ao interesse da sociedade e do Sistema Único de Saúde [SUS]”.

Enquanto eles [Ministério da Saúde] querem reduzir  os salários da classe trabalhadora com a intenção de pagar aos juros dos banqueiros, eles investem 880 milhões em UPAs, serviços que servem mais para apreciação das estruturas do que para cumprir sua finalidade social, descredibilizando os trabalhadores e os pacientes. Além disso, é de se esperar uma ampliação nas vagas dos cursos de medicina, mas fica a reflexão: como eles querem que trabalhemos, simplesmente por amor a profissão, porque eles não fazem a mesma coisa?

william silva vieira

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